A menina que roubava livros

>>  segunda-feira, 19 de outubro de 2009


“Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler."


A menina que roubava livros de Markus Zusak é uma história linda, triste e com um toque de humor, contada através de uma narrativa fascinante e muito poética. Um dos melhores livros dos últimos anos; tem frases marcantes e personagens únicos.O livro tem vários aspectos marcantes: a narradora é a Morte, o cenário é a II Guerra Mundial, um casal alemão, uma filha adotiva, um judeu no porão...

Desde o início da vida de Liesel Meminger na rua Himmel, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. 


E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.


No meio de tantas tristezas e desilusões, o que da a Liesel uma motivação de vida são os livros, no meio dos quais ela consegue fugir de tudo que a persegue e a entristece. Ela passa a ter um papel importante durante os momentos de bombardeios quando todos se escondiam nos abrigos: ela se torna a "sacudidora de palavras" - uma alusão aos tremores decorrentes dos bombardeios e que fazia com que a menina, mesmo com seus medos de criança conseguisse acalmar as outras pessoas. Até um dia em que ela escreveu o seu próprio livro...



"A Alemanha nazista.
Uma menina com um irmão morto.

Um livro preto com letras prateadas.
Neve.

Dois pais de criação.

A mulher com punhos de ferro.

O enrolador de cigarros.

Um judeu escondido no porão.

Palavras...
... e bombas."

"Ele era o maluco que se pintava de preto e derrotava o mundo inteiro. Ela era a roubadora de livros que não tinha palavras. Mas acredite, as palavras estavam a caminho, e, quando chegassem, ela as seguraria com as mãos feito nuvens, e as torceria como chuva."

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