Inocência mortal - J. D. Robb

ROBB, J. D. Inocência mortal. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2016. 476p. (Mortal, v.24). Título original: Innocent in Death.

"A senhora, tenente, muitas vezes é grossa, certamente rude, e não tem quase noção alguma de como se comportar, em público, no papel de esposa de um homem com a posição de Roarke. Mas faria qualquer coisa, não importa o risco pessoal que isso envolva, para mantê-lo livre de todos os males. Ela nunca conseguirá amá-lo. A senhora, por sua vez, jamais conseguirá fazer outra coisa que não seja isso." p.138

Nem parece que cheguei ao 24º da série Mortal! Primeiro porque continua muitooo atrasada hehe, segundo porque continuo amando cada livro como se fosse o primeiro. Incrível como a qualidade da série não cai, e a linha de continuidade é perfeita. Enfim, confiram o que achei de Inocência Mortal da J. D. Robb.

Quando um pacato professor de história, de uma das escolas particulares mais caras de NY é assassinado, cabe a tenente Eve Dallas a liderança de mais um caso complicado. Craig Foster era recém casado, ele e a esposa estavam apaixonados, não tinha inimigos e era um ótimo professor. Eles levavam uma vida tranquila, o jovem estava cursando o mestrado e não parecia haver nenhum motivo para o crime. Mas ele foi envenenado, um crime premeditado, um assassino inteligente e com sangue frio está à solta. 

Ao mesmo tempo que tenta se concentrar na difícil tarefa, um problema surge do passado de seu marido, Roarke. Uma mulher por quem ele foi apaixonado no passado, surge de volta em sua vida, Magdelana Purcell. Ela é rica, belíssima e está disposta a tudo para seduzir Roarke novamente. Usando todo seu charme e artimanhas, ela se aproxima dele para retomar a "amizade" do passado. Eve percebe em Roarke um olhar diferente, e o ciúme que sente é devastador. Mesmo confiando que ele não irá traí-la, Eve  sabe que a mulher é um problema, e se sente insegura com seu casamento e o amor de Roarke por ela. 

A briga com o marido, dificulta sua dedicação ao caso atual, mas Eve precisará pôr de lado sua raiva, seu ciúme e sua mágoa, quando a investigação ganha contornos aterradores depois da ocorrência um segundo assassinato na escola. Ela tem uma teoria, algo assustador e quase inacreditável sobre a identidade do assassino. Quando todos duvidam dela, Eve precisa provar que está certa antes que mais alguém perca a vida. 

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Ah, como eu amo esse casal! A história deles é tão linda e é um casal que eu amo tanto, que confesso para vocês que fiquei com mais ciúmes da sirigaita ex do Roarke... do que a própria Eve hahaha. Mortal pode ser gigante, pode ser que nunca lancem todos os livros aqui no Brasil (o que espero que não aconteça, Bertrand), mas eu amo cada um desses livros! 

Dizendo isso, esse está entre meus tops favoritos da série, mas só porque achei a parte policial fraca. O romance está perfeito como sempre, adoro os dois, a história deles e como todos os amigos e coadjuvantes se encaixam nisso tudo. Peabody, parceira de Eve, segue namorando feliz com  McNab, Mavis e o marido com a bebê recém nascida, Mira apoiando Eve tanto nos casos do trabalho como na sua vida pessoal. E Summerset indignado com a tal Magdelana, mulherzinha insuportável, e dando razão para Eve em tudo, amo esses dois! Roarke e Eve têm uma química infinita, eles sempre me deixam já com vontade de ler o próximo livro. 

Sobre a parte policial, temos um professor morto por envenenamento. E a grande falta de motivo foi um dos pontos X do livro. Até o final você não sabe o  porquê da morte de Craig, e morri de dó dele e da esposa, porque ele era realmente uma ótima pessoa. E depois outra pessoa é morta na escola, com um método diferente. E eu o tempo todo suspeitei do culpado e no final eu acertei. Eu achei bem óbvia essa parte, mas mesmo assim o final foi muito bem elaborado.  [ALERTA DE SPOILERS] No final a culpada era uma das alunas, Rayleen Straffo, filha de um famoso advogado de defesa, e pasmem, ela tem apenas 10 anos! E eu desconfiei dela rsrs. A menina era inteligente demais, metódica demais e parecia falsa demais hehe. Ela matou por nada, praticamente, uma verdadeira sociopata. E desde que a mãe contou que o irmãozinho dela morreu em um acidente aos 3 anos, eu suspeitei que a irmã tinha empurrado ele. Credo, bem bizarro, mas interessante. O título entregou um pouco também o culpado se pararmos para pensar rs. E o final de Magdelana foi ótimo! Com Roarke a expulsando da cidade e de tudo que pertencesse a ele (metade do universo kkk) e Eve dando um soco na cara dos dois hahaha, como eu ri disso. [FIM DOS SPOILERS].

Eu amo a série e sempre vou indicar. Ela precisa ser lida na ordem, leiam! 

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Série Mortal 

In: http://www.jdrobb.com 

1. Nudez Mortal (Naked in Death)
2. Glória Mortal (Glory in Death) 
3. Eternidade Mortal (Immortal in Death) 
4. Êxtase Mortal (Rapture in Death) 
5. Cerimônia Mortal (Ceremony in Death) 
6. Vingança Mortal (Vengeance in Death) 
7. Natal Mortal (Holiday in Death) 
8. Conspiração Mortal (Conspiracy in Death) 
9. Lealdade Mortal (Loyalty in Death) 
10. Testemunha Mortal (Witness in Death) 
11. Julgamento Mortal (Judgment in Death) 
12. Traição Mortal (Betrayal in Death) 
13. Sedução Mortal (Seduction in Death) 
14. Reencontro Mortal (Reunion in Death) 
15. Pureza Mortal (Purity in Death) 
16. Retrato Mortal (Portrait in Death) 
17. Imitação Mortal (Imitation in Death) 
18. Dilema mortal (Divided in Death) 
19. Visão mortal (Visions in Death) 
20. Sobrevivência mortal (Survivor in Death).  
21. Origem mortal (Origin in Death) 
22. Recordação mortal (Memory in Death) 
23. Nascimento Mortal (Born in Death) 
24. Inocência mortal (Innocent in Death) 
25. Criação mortal (Creation in Death)   
26. Estranheza mortal (Strangers in Death)  
27. Salvação mortal (Salvation in Death)  
28. Promessa mortal (Promises in Death) 
29. Ligação mortal (Kindred in Death)
30. Fantasia mortal (Fantasy in Death) 
31. Prazer mortal (Indulgence in Death)
32. Corrupção mortal (Treachery in Death)
33. Viagem mortal (New York to Dallas)
34. Celebridade mortal (Celebrity in Death)
35. Ilusão mortal (Delusion in Death)
36. Cálculo mortal (Calculated in Death)
37. Celebração mortal (Thankless in Death)
38. Esconderijo mortal (Concealed in Death)
39. Festive in Death (Os demais ainda não lançados no Brasil) 
40. Obsession in Death 
41. Devoted in death 
42. Brotherhood in death 
43. Apprentice in death 
44. Echoes in death 
45. Secrets in death 
46. Dark in death 
47. Leverage in death
48. Connections in death
49. Vendetta in death
50. Golden in death
51. Shadows in death
52. Faithless in death
53. Forgotten in death 
54. Abandoned in death (dizem que terminou!! huhu)
55. Desperation in death  (era mentira kkk)
56. Encore in death
57. Payback in death
58. Random in death
59. Passions in death (previsto para 2024)
60. Bonded in death (previsto para 2025).

Avaliação (1 a 5):

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Morra por mim - Luke Jennings

JENNINGS, Luke. Morra por mim. Rio de Janeiro: Editora Suma das Letras, 2022. 216p. (Killing Eve, v.3). Título original: Die for me.

"Niko me amava, e eu sempre me sentira segura em seus braços, mas os jogos que Villanelle fazia eram diabolicamente viciantes. Foi só com o assassinato de Simon que acordei para o alcance infinito de sua psicopatia. Eu a odiei depois disso, e sua intenção era exatamente essa. Ela queria me mostrar o seu pior lado, para ver se eu recuaria. E é claro que só passei a persegui-la com mais afinco ainda, o que a deixou encantada. Mas ela nunca fez qualquer distinção entre ódio e desejo, entre perseguição e cortejo, e, no fim das contas, eu também não." p.12

A trilogia Killing Eve chega ao seu final com Morra por mim. Depois do sucesso da série de TV, fiquei curiosa para ler os livros. Confiram o que achei do final! 

Contém spoilers se você não leu os livros anteriores.

Eve Polastri tinha sido enganada pelo seu chefe no MI6, Richard, que trabalhava para "Os Doze". E ela seria a próxima vítima de Villanelle. Mas ao invés de matá-la, apaixonada por Eve, ou o mais apaixonada que uma psicopata possa ser, ela sugere a Eve para fingirem a sua morte e fugirem juntas. E assim elas fazem. 

Elas embarcam clandestinamente em um navio rumo à Rússia. Em um contêiner cheio de roupas elas perdem a noção dos dias e noites. Morrendo de frio e com quase nada para beber ou comer, a situação é precária. Mas mesmo assim, as duas se entregam romanticamente, uma experiência nova para Eve, que nunca esteve com outra mulher antes. 

Chegando em São Petersburgo, elas descobrem que têm novos desafios pela frente. Precisam de novos passaportes, documentos e um lugar para ficar. Mas precisam principalmente entender em que pé está o relacionamento entre eles.  Eve sofre com as mudanças constantes e o humor sombrio da parceira. Villanelle tenta se adaptar, mas ela nunca gostou de alguém antes e nem sabe se é capaz de amar.

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Pela primeira vez na história desse blog hehe, eu confesso que gostei mais da série de TV do que dos livros! A ideia é interessante, diferente, as protagonistas são mulheres bem interessantes, mas os livros ficaram corridos e mal desenvolvidos. O livro 2 foi o que mais gostei, aqui correram muito com a história. 

Eve e Villanelle são um casal, no mínimo, incomum. Uma ex-policial e uma assassina profissional... e não só isso, uma psicopata, uma mulher incapaz de entender todos os sentimentos e emoções da parceira. E que não sabe como reagir na maior parte do tempo. Suas reações são de raiva, afastamento e confronto. Eve tenta se adaptar a solidão que sente com o comportamento de Villanelle, completamente apaixonada, ela perdoa e segue em frente. 

A relação das duas se constrói de forma bem rasa, eu não conseguia visualizar a Eve que tinha uma obsessão por Villanelle no livro anterior e queria capturá-la, para esta Eve completamente apaixonada. E com todos os problemas de convivência que elas tinham, eu não conseguia conceber isso como um romance, com um final feliz. A forma como ela deixa todo o passado de lado e nem pensa no que aconteceu com o marido, também não gostei.   

O final foi interessante, cheio de ação e muita confusão, mas bem corrido e mal explicado. Eu não comprei a construção daquele final, mas por outro lado gostei do que aconteceu rs. [ALERTA DE SPOILER] Nem lembro mais como termina a série de TV, mas no final do livro, Eve e Villanelle estão ajudando "Os doze" no assassinato dos presidentes da Rússia e dos EUA em Moscou. O plano aparentemente dá errado, a assassina que está com Eve (uma ex-namorada de Oxana, que agora atende como Charlie) é morta. E ela não sabe onde está Villanelle. Eve passou uma mensagem secreta para a polícia Rússia e foi levada junto com eles para o teatro, onde tudo iria acontecer. Lá eles descobrem que Villanelle conseguiu matar os dois presidentes e fugiu. Elas correm para encontrá-la e Villanelle é baleada e morta, na frente de Eve. Eu não acreditei nisso e realmente era armação. No final, Villanelle reencontra Eve, e as duas com novas identidades, passam a viver uma vida pacata e tranquila na Rússia. A polícia também estava no comprô para o assassinato, e eles forjam a morte de Villanelle para resolver o caso. [FIM DOS SPOILERS. Achei tudo muito forçado e com bastante furos, mas pelos outros livros, também não tinha grandes expectativas. 

Quem leu me conte se curtiu, não é das que indico não rs. 

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Trilogia Killing Eve:

Codinome Villanelle (Codiname Villanelle)

Não existe amanhã (No tomorrow)

Morra por mim (Die for me).

Avaliação (1 a 5): 2.5

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Cartas na mesa - Agatha Christie

CHRISTIE, Agatha. Cartas na mesa. Rio de Janeiro: Editora L&PM Pocket, 2011. 240p. Título original: Cards on the Table.

"- Referências passageiras e inocentes sobre venenos, oportunidades de um médico, acidentes domésticos e acidentes de tiro. Não me surpreenderia que, ao pronunciar aquelas palavras, ele tenha assinado sua sentença de morte." p. 66

Cartas na mesa é o 31º livro do Projeto Agatha Christie. Estamos lendo 1 livro por mês da Rainha do Crime e eu estou adorando essa ideia, os livros anteriores você encontra AQUI. Aqui temos mais um livro de Hercule Poirot, mas com uma construção diferente, confiram o que achei! 

O Sr. Shaitana é um homem excêntrico, muito rico e temido por muitos. Ele não tem amigos de verdade, mas suas festas interessantes, sempre atrai convidados diferentes. Hercule Poirot encontra com este homem por acaso, que lhe faz um convite para jantar. Ao mesmo tempo, lhe conta que ele possui objetos de alguns assassinatos, cujos assassinos nunca foram pegos. Alega que existem assassinatos perfeitos, aqueles em que os culpados nunca foram pegos, nunca foram nem suspeitos de um crime. Intrigado, Poirot comparece ao evento. 

Lá ele reencontra um velho conhecido, Superintendente Battle, investigador da Scotland Yard, além de Ariadne Oliver, uma famosa escritora de romances policiais, e o Coronel Race, que também já desvendou crimes no passado. São 4 investigadores, os outros convidados, pelo que Poirot pode imaginar... são 4 assassinos!

Um médico, o Dr. Roberts, é conhecido em Londres e parece ter uma carreira conceituada e sem manchas em seu passado. Mrs. Lorrimer é uma viúva também conhecida, uma apaixonada jogadora de bridge muito inteligente. O Major Despard é conhecido pelas suas viagens pelo mundo, um homem aparentemente correto e esperto. E por último, temos Anne Meredith, uma jovem de 25 anos que perdeu os pais muito nova, e depois de passar por alguns empregos, vive com a melhor amiga, Rhoda Dawes.

O jantar corre bem, até que o Sr. Shaitana é encontrado em sua poltrona perto da lareira, assassinado com um punhal no peito. Os 8 convidados estavam jogando bridge em salas separadas. Os quatro investigadores na sala vizinha, enquanto os quatro, agora suspeitos, estavam na mesma sala do homem morto. Ninguém viu nada, mas somente um deles poderia ter matado. Cabe a Poirot e aos outros três descobrir quem matou. Partindo do pressuposto que todos eles já tinham matado antes, e escapado impunes.

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Só não gostei mais porque achei o final bem corrido, mas a premissa do livro é bem diferente e interessante. Por mais que o leitor simpatize (ou não) com os 4 suspeitos: Mrs. Lorrimer, Dr. Roberts, Major Despard e Anne Meredith, sabe que todos eles já mataram antes. E que qualquer um deles pode ter matado de novo.

Vamos conhecendo aos poucos todos os suspeitos melhor, enquanto os quatro investigadores tomam suas medidas para investigar o passado de todos eles. Battle com seu jeito gentil e meio desajeitado, mas que esconde um olhar perspicaz e competente. Poirot com seus conhecidos métodos diferentes, com perguntas que parecem não fazer o menor sentido para os outros. A Sra. Oliver parece desajeitada, esquecida e muito confusa, mas consegue extrair informações como ninguém. Race tem menos destaque, mas está investigando Despard, que viajou muito, então precisa se afastar para conseguir descobrir o passado do homem. 

É engraçado que à medida que vão investigando, todos eles começam a parecer culpados, e quando vamos conhecendo todos melhor, todos eles parecem inocentes em algum momento. Eu achei a rede bem interessante, mas considerando tudo apostei em um culpado e acertei no final. 

O final foi interessante porque parece que o assassino é tal pessoa e de repente não é mais. Mas achei o final em si meio corrido, a forma como o suspeito acabou confessando não me convenceu. Mas isso ocorre em vários livros da autora, todo mundo confessa rs.  [ALERTA DE SPOILERS] No final era o médico mesmo, eu suspeite dele porque o morto nem gritou, e tinha que ter alguma perícia para enfiar uma faca em alguém e matar rápido, sem muito sangue hehe. E também porque ele era o mais frio e calculista. Cheguei a suspeitar de Meredith também, mas logo pensei que ela era mais uma oportunista do que planejadora, não parecia muito o crime para uma mulher. E ela no final era a pior deles, não matou esse homem, mas matou 3 pessoas e quase matou a melhor amiga. Ela morre afogada no final. [FIM DOS SPOILERS]

Quem leu me conte se curtiu. Eu adoro a Agatha e sempre gosto da maioria dos livros! Leiam!

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Série Hercule Poirot

1. O Misterioso Caso de Styles (The Mysterious Affair at Styles), 1920
2. Assassinato no campo de Golfe (The Murder onthe Links), 1923
3. Poirot Investiga (Poirot Investigates), 1924
4. O Assassinato de Roger Ackroyd (The Murder of Roger Ackroyd), 1926
5. Os Quatro Grandes (The Big Four), 1927
6. O Mistério do Trem Azul (The Mystery of the Blue Train), 1928
7. Café Preto (Black Coffee), 1930
8. A Casa do Penhasco (Peril at End House), 1932
9. Treze à Mesa (Lord Edgware Dies), 1933
10. Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express), 1934
11. Tragédia em Três Atos (Three Act Tragedy), 1935
12. Morte nas Nuvens (Death in the Clouds), 1935
13. Os Crimes ABC (The A.B.C. Murders), 1936
14. Morte na Mesopotâmia (Murder in Mesopotamia), 1936
15. Cartas na Mesa (Cards on the Table), 1936
16. Assassinato no Beco (Murder in the Mews), 1937
17. Poirot Perde uma Cliente (Dumb Witness/Poirot Loses a Client), 1937
18. Morte no Nilo (Death on the Nile), 1937
19. Encontro com a Morte (Appointment with Death), 1938
20. O Natal de Poirot (Hercule Poirot’s Christmas), 1938
21. The Regatta Mystery and Other Stories, 1939 (Não lançado no Brasil)
22. Cipreste Triste (Sad Cypress), 1940
23. Uma Dose Mortal (One, Two, Buckle My Shoe), 1940
24. Morte na Praia (Evil Under the Sun), 1941
25. Os Cinco Porquinhos (Five Little Pigs), 1942
26. A Mansão Hollow (The Hollow), 1946
27. Os Trabalhos de Hércules (The Labours of Hercules), 1947
28. Testemunha de Acusação e Outras Histórias (The Witness for the Prosecution and Other Stories), 1948
29. Seguindo a Correnteza (Taken at the Flood), 1948
30. Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias (Three Blind Mice and Other Stories), 1950
31. Poirot Sempre Espera e Outras Histórias (The Under Dog and Other Stories), 1951
32. A Morte da Sra. McGinty (Mrs McGuinty’s Dead), 1952
33. Depois do Funeral (After the Funeral), 1953
34. Morte na Rua Hickory (Hickory Dickory Dock), 1955
35. A Extravagância do Morto (Dead Man’s Folly), 1956
36. Um Gato entre os Pombos (Cat Among the Pigeons), 1959
37. A Aventura do Pudim de Natal (The Adventure of the Christmas Pudding), 1960
38. Double Sin and Other Stories, 1961 (Não lançado no Brasil)
39. Os Relógios (The Clocks), 1963
40. A Terceira Moça (Third Girl), 1966
41. A Noite das Bruxas (Hallowe’en Party), 1969
42. Os elefantes não esquecem (Elephants Can Remember), 1972
43. Os Primeiros Casos de Poirot (Poirot’s Early Cases), 1974
44. Cai o Pano (Curtain), 1975

Avaliação (1 a 5):  3.5

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Em Fogo Lento - Paula Hawkins

HAWKINS, Paula. Em fogo lento. Rio de Janeiro: Editora Record, 2021. 336p. Título original: A slow fire burning.

"- Parece impossível, não parece? Pensar nisso agora, daqui - ela apontou para o cômodo feio ao redor-, que nós éramos todos tão felizes. Parece inimaginável. Toda aquela felicidade, destruída." p.221

Paula Hawkins ficou conhecida com o thriller, A garota no trem, que foi um sucesso de crítica e vendas. Eu não gostei tanto, mas algo na escrita da autora me intrigou, e li também Em águas sombrias. E agora, depois do seu terceiro livro e como fã de thrillers, posso dizer que não amo seus livros, mas continuo intrigada com seu estilo. Confiram o que achei de Em fogo lento.

Daniel Sutherland era um rapaz solteiro, bonito, um desenhista talentoso que morava em um barco, em um canal em Londres. Daniel é encontrado no barco, morto a facadas. 

Laura Kilbride é uma moça que passou por momentos difíceis, e tem alguns problemas em decorrência de um acidente na infância. Ela foi atropelada em sua bicicleta, além das muitas fraturas físicas, teve uma lesão na cabeça. Já adulta tem alguns problemas comportamentais, surtos incontroláveis de raiva, emoções descontroladas e pouca habilidade social. Filha única de pais divorciados, vive sozinha em péssimas condições financeiras. Laura passou a noite com Daniel, brigou com ele e é vista andando ensanguentada pelo canal. Suas péssimas habilidades em conversar, não ajudam em nada com a polícia. E mesmo alegando ter deixado Daniel bem vivo no barco, acaba se tornando a principal suspeita. 

Miriam Lewis é uma senhora solitária, que vive em um barco ao lado de onde estava o barco de Daniel. Ela é organizada, observadora e tem um certo interesse no assunto. É ela quem encontra o corpo, quem conta à polícia sobre Laura e sobre a visita de uma outra mulher, mais velha. Miriam também tem um passado traumático, na adolescência foi sequestrada com a melhor amiga quando pegaram uma carona, ela consegue fugir, mas a amiga não sobrevive. Ela escreve um livro contando sua história, e tem certeza que um autor famoso e reconhecido, roubou suas palavras e lançou um livro famoso. 

Carla Myerson é casada com Theo, embora oficialmente eles tenham se divorciado. Carla é irmã da falecida Angela, mãe de Daniel. Ela e a irmã tiveram o relacionamento destruído, depois do filhinho de Carla e Theo morrer em um acidente, quando estava sob os cuidados de Angela, que vive alcoolizada. O casamento nunca se recuperou, assim como nenhum dos dois. Carla tenta se reaproximar da irmã aos longos dos anos, e acaba ficando mais próxima do sobrinho. Eles parecem esconder algo. Theo, seu marido, é um autor  conhecido, que perdeu sua inspiração após a perda do filho. Apesar de tudo, Carla é a mulher de sua vida. 

Irene é uma senhora viúva, que vive sozinha. Sua casa é ao lado da casa da falecida Angela, elas se tornaram amigas.  Laura conhece Irene por acaso, e passa a ajudá-la com as compras de supermercado semanais e outras pequenas tarefas. Irene percebe que como idosa, é deixada de lado pela maioria das pessoas. Mas ela está lúcida, escuta e ouve muito bem. 

A tragédia fazia parte da vida dessas pessoas e algumas delas, podiam ser levadas, em um momento de loucura, à atitudes extremas e insanas. 

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E esse não foi diferente dos outros livros da Hawkins, um thriller que começa morno, onde quase todos os personagens são infelizes, perturbados e não despertam muita empatia no leitor. E ao mesmo tempo é intrigante, diferente e prende a atenção. Continuo não amando, confesso, mas continuo querendo ler todos hehe. 

A autora adora construir personagens perturbados, infelizes e na maioria das vezes, pessoas não muito boas. A exceção aqui foi Irene, uma senhora fofa, que dava vontade de proteger o tempo todo de todos os outros personagens. Irene é viúva, não teve filhos, e hoje tem algumas dificuldades de locomoção e acaba ficando sozinha em casa. Ela e Laura ficam próximas depois que Laura a ajuda na rua, mas Laura é uma moça que não parece ser muito confiável. Sem dinheiro, sem apoio dos pais, ela está sempre sem dinheiro e passando inúmeras dificuldades, uma delas, uma acusação de assassinato. E temos o casal destruído pela tragédia, Carla e Theo, nenhum dos dois despertou muita simpatia, mesmo dando para entender o comportamento deles, depois da perda do filho. E Miriam é outra personagem dúbia, ela tem também um passado traumático e não parece ser uma boa pessoa.  Em outros momentos, ela tenta ajudar, como faz com Laura. 

Daniel é outra incógnita. Ele é morto logo no início, então não ganha narrativa. Nós só sabemos sobre ele através do olhar dos outros personagens. Então até o final você não sabe do quê ele é culpado ou inocente. Ele cresceu solitário e perturbado, sendo criado apenas pela mãe alcoólatra. E era um mistério. Até o final do livro você não sabe se ele era um sociopata, ou um rapaz incompreendido. Eu voto na sociopatia, mas a autora deixa algumas questões propositais em aberto, para que o leitor tenha a sua própria opinião. A mesma coisa acontece com o caráter de Laura e Miriam, muita coisa fica no ar no final. 

O final foi interessante, eu acertei o "quem matou", mas o que parece óbvio aqui, gera muitas controvérsias. Eu gostei da forma como a autora construiu o final e até das questões em aberto, algo que normalmente não gosto em livro algum. [ALERTA DE SPOILERS] Desde o início eu não achava que Laura fosse culpada, ela era muito mais uma pessoa sem noção e com problemas sociais, do que alguém maldoso ou cruel. E eu desconfiei desde o começo que Daniel tinha matado o priminho, e que não tinha sido um acidente. E por isso desconfiava de Carla, já que ela esteve no barco. E imaginei que Theo sabia e só queria protegê-la. Aí vem o final e realmente ela matou, mas Theo queria proteger outro segredo, algo que eu nem acho que era verdade. Agora, não temos uma resposta para a inocência ou não de Daniel. Ele era um sociopata? A atitude dele com Paula, que humilha a moça por uma deficiência na perna depois de dormir com ela, me fez acreditar que sim. Mas Carla baseia tudo em um quadrinhos que ele desenhou, mas isso foi verdade ou apenas a mente de uma pessoa perturbada? Ele realmente tinha um interesse sexual na tia ou foi apenas um desenho? Várias perguntas em aberto que ao final levam a uma única questão: Ele merecia morrer? Ou era apenas um homem solitário que fez escolhas ruins e foi injustiçado?[FIM DOS SPOILERS]

Como todos os livros da autora, cheio de idas e vindas, uma linha temporal confusa e um final sem grandes surpresas. E como todos os livros dela, personagens que me intrigam e uma história que foge do comum. Leiam!

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Avaliação (1 a 5): 3.5

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Boneco de neve - Jo Nesbø

NESBØ, Jo. Boneco de neve. 10ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2017. 420p. (Harry Hole, v.7). Título original: (The snowman).

"Um pensamento esvoaçou em sua cabeça; ele podia fazer uma prece. Mas ele sabia que Deus havia se decidido, que o destino estava esgotado, que o ingresso dele precisaria ser adquirido no mercado negro. Mas, de qualquer modo, a alma dele seria de pouca serventia sem ela." p. 401

E hoje vamos de mais Harry Hole, uma das minhas séries policiais favoritas. Personagens complexos, tramas bem elaboradas e enredos excelentes, essa é imperdível na estante! Confiram o que achei do 7º volume com Boneco de neve do Jo Nesbo.

A resenha não contém spoilers dos livros anteriores. Mas fala sobre a vida pessoal do protagonista e muitos livros estão interligados. Sugiro que os livros sejam lidos NA ORDEM.

Nos dias frios de novembro, caí a primeira neve em Oslo. E com eles os tão famosos bonecos de neve... Mas pela primeira vez eles são diferentes, os olhos estão voltados para dentro, eles observam a casa, e não a rua. Os bonecos estranhos ficam ainda mais sinistros, quando a polícia faz a ligação entre o boneco misterioso, e o desaparecimento da mãe da família em questão. 

O inspetor Harry Hole recebe uma carta misteriosa, do autointitulado "Boneco de Neve". Ele mostra a carta ao seu chefe, ainda sem saber a que poderia estar ligado. Quando Birte Becker desaparece misteriosamente, e um boneco de neve aparece no jardim, sem ter sido feito por nenhum dos moradores, Harry dá o alerta. Ele monta uma equipe de investigação, consegue conectar o caso a outros casos antigos similares e começa a sua caçada. Um serial killer está à solta, eles não possuem nenhum corpo, nenhuma pista. Apenas algumas similaridades: Todas as mulheres eram casadas e tinham filhos, todas desaparecem sem pista, um boneco de neve é encontrado no jardim. 

A equipe de Harry agora é formada por Magnus Skarre, Bjorn Holm, da perícia, e Katrina Bratt, uma oficial transferida para o setor de homicídios. Eles possuem poucas pistas e muitos enigmas. À medida que a investigação avança, Harry fica obcecado e tem certeza que caça um serial killer, o segundo na sua carreira. 

Enquanto isso, sua vida pessoal continua instável. Seu relacionamento com Rakel terminou, e ela agora está noiva de um médico, Mathias Lund-Helgesen. Já o filho dela, Oleg, continua muito apegado a Harry, e ele sempre procura fazer algumas atividades com ele. Harry não admite nem para si mesmo, mas está arrasado com a perda, se exercitando demais e muito abaixo do peso. O alcoolismo está controlado, por enquanto, mas só o que o mantém longe da bebida é uma boa investigação. 

Como sempre, ele se envolve de corpo e alma com a investigação, que vai ficando cada vez mais pessoal. Harry sabe que está perto, mas como sempre, sua vida corre perigo. 

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Esse é um dos melhores livros da série até agora, que leitura fantástica! Amei tudo nesse enredo, a tensão crescente, o perigo constante e os desdobramentos surpreendentes. É sim um dos melhores, e acredito que por isso ele tenha sido escolhido para a adaptação cinematográfica, mas aparentemente, o filme de 2017, dirigido por Tomas Alfredson foi um fracasso! E não estranho, nem assisti e imagino que tenha ficado raso e pouco desenvolvido. As séries precisam ser lidas na ordem por um motivo. :D 

Os personagens do Jo Nesbo são muito complexos, Harry é um protagonista cheio de camadas e tudo isso foi se desenvolvendo ao longo dos livros. Ele é alcoólatra, solitário, mantém distância de todos e prefere a solidão. Harry já perdeu dois parceiros até então, assassinados. Já perdeu a mulher que amava, tudo isso você vai sendo construído ao longo dos livros. Suas dores, suas decepções. Ele só tem uma irmã, que foi abusada quando era mais nova e é neurodivergente. Harry vai acumulando culpas ao longo da vida.  

Seu distanciamento com a nova equipe não é para menos, ele evita se aproximar deles, de fazer amizades próximas. No fundo ele acredita, que se suas ações gerarem consequências, elas serão apenas dele.  Sem raízes, sem ter proximidade com ninguém. Claro que isso nunca funciona, e perder Rakel e Oleg, que ele considera um filho, é parte disso. 

Falando sobre a parte policial, este foi um dos criminosos mais interessantes da série. Livros de serial killers costumam ser melhores, e o autor não decepcionou. Eu acertei o motivo das vítimas serem escolhidas logo no início (mulheres casadas, que traíram seus maridos e cujos filhos não são dos maridos), mas mudei de suspeito ao longo da investigação. Acertei no final quem era a pessoa, mas já estava tão no final que nem considero um mérito hehe. 

[ALERTA DE SPOILERS SOBRE O FINAL] Bem no meio da investigação descobrem que Katrina era filha de um policial que foi assassinado e caçava o boneco de neve, esse policial chega a ser suspeito, até encontrarem o corpo dela. E aí ela se torna suspeita, pois descobrem que ela enviou a carta do boneco de neve para Harry. Eu não suspeitei dela, achei o tempo todo que ela queria achar quem matou o pai, ou concluir a última investigação dele, e realmente era isso. O médico cirurgião plástico que foi suspeito por boa parte do livro, também não achei que seria o culpado. Eu sempre achei que Rakel seria uma vítima, por ela ter um filho e estar noiva, tendo um caso com Harry. E no final além disso Oleg não era filho do pai biológico que acreditava ter, então o assassino realmente tenta matá-la, mas Harry salva os dois, perdendo dois dedos no processo. E no final o assassino era o médico noivo dela, demorei para desconfiar dele, parecia o legítimo bom moço. E mesmo com tudo isso, ele sabe que Rakel não vai voltar para ele.  [FIM DOS SPOILERS]

O final trouxe uma das melhores cenas de ação da série e eu terminei de queixo caído, e claro, já doida para ler os próximos. Para os fãs de ficção policial esta série é imperdível, leiam!

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Série Harry Hole do Jo Nesbø:

1. O Morcego (The bat)
2. Baratas (Cockroaches)
3. Garganta vermelha  (The redbreast)
4. A casa da dor (Nemesis)
5. A estrela do diabo (The devil’s star)
6. O redentor (Frelseren)
7. Boneco de neve (The snowman)
8. O leopardo (The leopard)
9. Fantasma (Plantom)
10. Policia (Police)
11. A sede (The thirst)
12. Faca (Knife)
13. Killing Moon (ainda não lançado no Brasil)

Avaliação (1 a 5): 

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Morte na Mesopotâmia – Agatha Christie

CHRISTIE, Agatha. Morte na Mesopotâmia. Rio de Janeiro: Editora HarperCollins Brasil, 2021. 240p. Título original: Murder in Mesopotamia. 

"- Eu conto piadas, mademoiselle - falou -, e dou risadas. Mas há coisas que não são piada. Há coisas que minha profissão me ensinou. E uma dessas coisas, a mais terrível delas, é esta: matar é um hábito." p. 130

Morte na Mesopotâmia é o 30º livro do Projeto Agatha Christie. Estamos lendo 1 livro por mês da Rainha do Crime e eu estou adorando essa ideia, os livros anteriores você encontra AQUI. Não tinha autora melhor para esta ideia, a Agatha diversifica muito; é interessante acompanhar o quanto a autora foge da fórmula comum. Aqui temos Hercule Poirot de volta, mas com o livro sendo narrado por uma nova protagonista. Confiram o que achei!

A enfermeira Amy Leatheran estava trabalhando com uma família em Bagdá, mas logo seu contrato se encerraria e ela voltaria à Londres. Ela então é procurada pelo Dr. Leidner, chefe de uma escavação em Hassanieh, no Iraque. Ele faz uma proposta de trabalho para ir para o local cuidar de sua esposa, Louise Leidner, que aparentava estar muito nervosa e assustada, sem motivo aparente. 

Chegando ao alojamento onde todos da escavação estavam vivendo, Amy conhece todos os membros e começa a imaginar qual o motivo do medo constante de Louise. Ela gosta da Sra. Leidner imediatamente, bela e muito interessante, é uma mulher que chama muito a atenção. Mas outros moradores da casa parecem odiá-la, embora tentem disfarçar. 

Louise conta para Amy que já foi casada antes, com um soldado alemão que foi assassinado por traição. Até que ela começa a receber cartas assustadoras, aparentemente do marido morto, ameaçando sua vida por estar com outra pessoa. Ela não sabe se ele sobreviveu de alguma forma, ou se seu irmão mais novo, uma criança na época, poderia estar fazendo isso.  

Algumas pessoas acreditam que tudo não passa de invenção ou imaginação de Louise, outros acham que ela escreveu as cartas, apenas para chamar a atenção. Tudo muda, quando alguém é realmente assassinado! 

No meio do nada, eles chamam a polícia local. E para sorte (ou azar) deles, Hercule Poirot estava por perto, e viaja para o local para investigar o crime. 

"Não sei o que eu havia imaginado, algo como Sherlock Holmes, alto e esguio com um rosto esperto e arguto. É claro, eu sabia que ele era um estrangeiro, mas eu não esperava que ele fosse ser tão estrangeiro assim, se é que você me entende. Dava vontade de rir só de olhar! Ele era como algo saído dos palcos ou de um filme. Para começo de conversa, não tinha mais do que 1,60 metro, acho eu - um homenzinho peculiar, roliço, um tanto velho, com um bigode enorme e uma cabeça em forma de ovo. Ele parecia um cabeleireiro em comédias." p.91

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O que sempre me admira a cada livro do projeto que leio, é a versatilidade da Agatha, ela sempre se reinventa! Temos sim uma trama policial, a investigação de um assassinato, mas são muitas maneiras diferentes de se contar esta história. Aqui temos uma enfermeira como narradora, que conta suas memórias de algo acontecido no passado, e Poirot mesmo demora bastante a aparecer na trama. 

Eu me diverti muito com Amy e sua narrativa intimista e descontraída. Era como se ela tivesse contando um caso, com muitos detalhes sobre as pessoas envolvidas e um cenário muito bem ambientado. Eu achei engraçado como ela desdenhava e esperava pouco de Poirot o tempo inteiro. E suas descrições dele me fizeram rir, já que Poirot é um homem muito vaidoso e se tem na mais alta conta. Para ela, era um detetive risível e com poucas chances de sucesso. 

Achei o desenvolvimento um pouco lento, algumas passagens me deixaram um pouco entediada. Talvez por só mostrar as entrevistas de Poirot, e não sua linha de pensamento, como estamos acostumados nos livros com Hastings. A morte não me surpreendeu, já estava esperando isso. E durante o livro tive alguns suspeitos, mas acabei indo em direção a pessoa certa. No final eu acertei o culpado, mas não comprei a ideia de alguns dos desdobramentos. [ALERTA DE SPOILER] Eu desconfiei do marido, a gente sempre desconfia do cônjuge hehe. Até por Louise ser muito bonita e atrair muitos homens. E eu acertei, ele a matou por ciúme. Até aí tudo bem, mas o que não acreditei é que o Dr. Leidner, era na verdade o primeiro marido dela, que sobreviveu e adotou um novo nome e personalidade. Mesmo se passando muitos anos, ela não reconhecer nada do marido, nem de fisionomia, nem da personalidade ou até mesmo na cama... isso para mim ficou muito forçado. [FIM DOS SPOILERS]

Eu estou adorando ler um livro  da autora por mês, e logo volto com a próxima aventura, leiam!

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Série Hercule Poirot

1. O Misterioso Caso de Styles (The Mysterious Affair at Styles), 1920
2. Assassinato no campo de Golfe (The Murder onthe Links), 1923
3. Poirot Investiga (Poirot Investigates), 1924
4. O Assassinato de Roger Ackroyd (The Murder of Roger Ackroyd), 1926
5. Os Quatro Grandes (The Big Four), 1927
6. O Mistério do Trem Azul (The Mystery of the Blue Train), 1928
7. Café Preto (Black Coffee), 1930
8. A Casa do Penhasco (Peril at End House), 1932
9. Treze à Mesa (Lord Edgware Dies), 1933
10. Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express), 1934
11. Tragédia em Três Atos (Three Act Tragedy), 1935
12. Morte nas Nuvens (Death in the Clouds), 1935
13. Os Crimes ABC (The A.B.C. Murders), 1936
14. Morte na Mesopotâmia (Murder in Mesopotamia), 1936
15. Cartas na Mesa (Cards on the Table), 1936
16. Assassinato no Beco (Murder in the Mews), 1937
17. Poirot Perde uma Cliente (Dumb Witness/Poirot Loses a Client), 1937
18. Morte no Nilo (Death on the Nile), 1937
19. Encontro com a Morte (Appointment with Death), 1938
20. O Natal de Poirot (Hercule Poirot’s Christmas), 1938
21. The Regatta Mystery and Other Stories, 1939 (Não lançado no Brasil)
22. Cipreste Triste (Sad Cypress), 1940
23. Uma Dose Mortal (One, Two, Buckle My Shoe), 1940
24. Morte na Praia (Evil Under the Sun), 1941
25. Os Cinco Porquinhos (Five Little Pigs), 1942
26. A Mansão Hollow (The Hollow), 1946
27. Os Trabalhos de Hércules (The Labours of Hercules), 1947
28. Testemunha de Acusação e Outras Histórias (The Witness for the Prosecution and Other Stories), 1948
29. Seguindo a Correnteza (Taken at the Flood), 1948
30. Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias (Three Blind Mice and Other Stories), 1950
31. Poirot Sempre Espera e Outras Histórias (The Under Dog and Other Stories), 1951
32. A Morte da Sra. McGinty (Mrs McGuinty’s Dead), 1952
33. Depois do Funeral (After the Funeral), 1953
34. Morte na Rua Hickory (Hickory Dickory Dock), 1955
35. A Extravagância do Morto (Dead Man’s Folly), 1956
36. Um Gato entre os Pombos (Cat Among the Pigeons), 1959
37. A Aventura do Pudim de Natal (The Adventure of the Christmas Pudding), 1960
38. Double Sin and Other Stories, 1961 (Não lançado no Brasil)
39. Os Relógios (The Clocks), 1963
40. A Terceira Moça (Third Girl), 1966
41. A Noite das Bruxas (Hallowe’en Party), 1969
42. Os elefantes não esquecem (Elephants Can Remember), 1972
43. Os Primeiros Casos de Poirot (Poirot’s Early Cases), 1974
44. Cai o Pano (Curtain), 1975

Avaliação (1 a 5): 

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