Caçadora de unicórnios - Diana Peterfreund

>>  terça-feira, 29 de outubro de 2013

PETERFREUND, Diana. Caçadora de Unicórnios. Rio de Janeiro: Editora Galera Record, 2013. 360p. (Ordem da Leoa, v.1). Título original: Rampant.

“Eu estava arrasada, cansada, totalmente louca. Os unicórnios eram reais; eu já aceitava isso. Eu era caçadora, imune ao veneno, dotada de habilidades especiais como parte de uma piada cósmica e genética. Até isso eu aceitava. Tinha revirado os olhos quando ouvi aquela conversa sobre incêndios em templos e a deusa Diana e a maravilhosa carreira de um jovem príncipe macedônio e seu cavalo de guerra, um animal de confiança dotado de um chifre, mas engoli a historia. Eu tinha visto os efeitos do Remédio em primeira mão. Tinha visto um zhi se subjugar a uma caçadora e depois atacar uma pessoa comum. Eu aceitava também a Ordem da Leoa e sua magia.” p. 239

Eu conheci e gostei muito da escrita da autora lendo Sociedade Secreta; quando vi seu novo lançamento no Brasil, não resisti - mesmo falando que não iria começar séries novas aff. Enfim, era da Diana, eram unicórnios DO MAL, como assim?! Eu precisava ler! E hoje vou contar para vocês o que achei do primeiro volume da série Ordem da Leoa com Caçadora de unicórnios da Diana Peterfreund.

Astrid Llewelyn, 16 anos, já deveria ter se acostumado com as excêntricas historias fantásticas que sua mãe insistia em contar desde que ela era criança. A mãe é considerada uma doida pela família e pela universidade onde estudou, mas como é uma louca inofensiva, não foi considerado um problema cuidar de sua única filha. Astrid  tem lá suas dúvidas, não aguenta mais ouvir as historias loucas da mãe.

Os unicórnios não são fofinhos e nem voam. São cruéis, carnívoros, venenosos. A historia da virgem é verdade, de maneira completamente diferente. Segundo a mãe as duas fazem parte de uma longa linhagem de caçadora de unicórnios, descendentes de Alexandre, O Grande. Astrid não dava a menor bola para as historias, até que deixam de ser apenas historias.

A adolescente normal que estava saindo com um garoto popular e tendo dificuldades em conter seus avanços sexuais, descobre que este era o menor de seus problemas. Seu namorado foi atacado por um unicórnio! Na floresta do lado da casa onde ela trabalhava como babá. Se não bastasse, a mãe chega correndo, cura o rapaz com um remédio esquisito e agora a escola inteira sabe que ela é tão doida quanto a mãe.

Claro que isso é só o início, a mãe de Astrid fica contentíssima com o ressurgimento dos unicórnios – que todos julgavam extintos – e envia a filha para um caustro, em Roma. Um antigo centro para caçadoras que seria reativado. No entanto, depois de tanto tempo, a Ordem da Leoa não é mais o que era antigamente. Um lugar estranho, com paredes cheias de troféus de caça e um patrocinador estranho. Algumas adolescentes que foram, de repente, tiradas de seu mundo para virarem caçadoras e que ainda estão tentando assimilar a ideia. 

Já na Itália ela reencontra sua prima, também futura caçadora, Phil, e resolvem fazer mais do que ficar enclausuradas naquele lugar sombrio. Elas logo conhecem dois rapazes, Seth e Giovanni. Considerando que as caçadoras precisam ser virgens, dois rapazes bonitos podem por tudo a perder.

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Interessante. A mitologia desenvolvida pela autora é diferente de tudo o que já lemos sobre unicórnios, ela nos conta como as caçadoras são descendentes de Alexandre, O grande, e só elas podem matar os temíveis unicórnios assassinos. O veneno dos unicórnios é mortal para qualquer um exceto elas. As caçadoras são dotadas de poderes para caça-los, como uma grande facilidade em manusear armas, e uma série de talentos como velocidade, audição, olfato e força aguçados, que se revelam sempre que sentem o cheiro de um unicórnio por perto. Os unicórnios são divididos em cinco raças, sendo que uma delas, os zhi,  são bichinhos fofos e fiéis as caçadoras, mas mortais para o resto do mundo.

Faltou credibilidade. Este é o ponto, eu gostei da historia, da aventura, dos personagens, mas o cerne do enredo não me convenceu. Ok, existem unicórnios do mal extintos há séculos e agora eles estão de volta. Algumas adolescentes que na grande maioria nunca ouviram falar de nada disso, com pais que sabiam ou não da herança genética delas, mas que enviam prontamente suas filhas crianças ou adolescentes para Roma, onde irão caçar bichos assassinos que estão matando muita gente pelas cidades. Se a tal ordem já existisse secretamente e tal, eu entenderia, mas reativam tudo do nada e ninguém se preocupa em deixar as meninas por lá. Da para acreditar nisso? Nem pensa "ah, fala sério, unicórnios?".

E ninguém consegue matá-los, só elas, que são imunes ao veneno. Porém estamos no tempo atual, sei lá, granadas, bombas, metralhadoras, um monte de coisa podia estraçalhar os bichos sem que soldados tivessem que chegar perto, afinal elas acabam matando eles com flechadas e cortando a cabeça no final.   E tem a historia toda de só as virgens conseguir chegar perto deles e tal, mas sei lá, a questão sexual foi tratada de forma muito leviana para o meu gosto.

Eu acho que o segundo livro pode ser melhor, mas este ficou muito aquém do que eu esperava. Tem que ser muito pouco critica para amar este livro, se é o seu caso, caro leitor, aproveite e se divirta com a leitura. Porque tirando tudo em que eu não acreditei, eu gostei de ter lido hehe. Os personagens são legais, a aventura delas por Roma com os garotos é divertida, a narrativa é muito boa, afinal eu já sabia que a Diana escreve bem.  O final é interessante e deixa uma boa ideia do que esperar da sequencia. Vamos ver o que virá em seguida. ^^

Série Ordem da Leoa da Diana Peterfreund
  1. Caçadora de unicórnios (Rampant)
  2. Alma da fera (Ascendant)
Avaliação (1 a 5):

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