Viaje com as séries #84 - Série x Livro - Witches of East End

>>  segunda-feira, 18 de novembro de 2013



Recentemente o livro da Melissa de La Cruz originou a série de TV Witches of East End. Fiquei mega curiosa em conhecer a história que levou à criação da série e empolgada quando soube que a Editora iD havia lançado o título aqui no Brasil. Como a editora é parceira do meu blog, fiz o pedido e recebi o exemplar. Agora comento com vocês como foi essa aventura no mundo das Beauchamps e a comparação com a série de TV. 




 Durante a leitura do livro me senti envolvida em um mundo inteiro de seres sobrenaturais, muitas histórias paralelas e tudo completamente diferente do que venho acompanhando na TV. Assim como na série, Joanna, Ingrid e Freya são feiticeiras antigas. Mas no livro, mãe e filhas foram proibidas há anos de praticar feitiçaria pelo temido Conselho e assim elas viveram até que não conseguiram mais. A magia era parte delas e sem ela, as mulheres Beauchamps se sentiam incompletas. Na série, apenas Joanna sabe sobre os poderes e as garotas não fazem ideia do que são capazes (isso porque já viveram várias vidas. Elas morreram e nasceram de novo durante os séculos). Até que sua tia Wendy chega na cidade e vira o mundo delas do avesso com a verdade sobre quem são e sobre um grande perigo envolvendo a mãe.

As garotas em uma de suas vidas passadas.
A Joanna do livro é mais velha, de cabelos brancos e não me lembrou a atriz Julia Ormond, que apesar de parecer mesmo ser mãe das meninas, não é tão velha, mas por outro lado, é igualmente poderosa em ambas as histórias. Ingrid também é igual, não na aparência, mas na profissão e no jeito mais calado, na dela, como dizem. Freya é a sensualidade em pessoa (ou feiticeira), no livro ela é capaz de criar bebidas que mudam as vidas amorosas das pessoas e também pode sentir na aura das pessoas seus desejos e realizações sexuais. Na TV ela ainda não mostrou nada disso, quem sabe eles desenvolvam esse poder nela. Freya é barwoman e noiva de Bran (no livro) e Dash (na série). O cara é lindo e parece perfeito, mas tem um irmão, Killian, que é capaz de mexer e acabar com as estruturas das garotas, principalmente de Freya. Tanto na história original quanto na adaptação, Freya cai em tentação em sua própria festa de noivado e cede aos encantos do futuro cunhado. Na série não ficou claro, pareceu que eles apenas se beijaram, mas no livro o negócio foi mais longe, bem mais longe.

O cunhado, Freya e o noivo

Uma grande sacada dos roteiristas foi incluir Wendy, irmã de Joanna, na história. No primeiro livro da série ela não aparece e nem mesmo é mencionada, já na adaptação ela é o centro das atenções, a personagem que mexe com as coisas e dá mais objetividade para a história. Ela é linda, bem-humorada e cheia de vida. Adoro Wendy.

Wendy linda!

Ao mesmo tempo, o casal de caseiros e o filho, que são presença constante na vida das Beauchamps no livro, não existem na série. Meu palpite para a série ter andado para um lado tão diferente é que, apesar de ser um livro bom, achei que Melissa misturou muita coisa, quis abraçar o mundo em apenas um exemplar. Algumas coisas ficaram confusas e sem explicação, mas eu sei que tem continuação e espero que essas respostas sejam dadas lá. Como, por exemplo, a aparição de uma Blue Blood (vampira da outra série de livros da autora) na trama, que acabou dando em nada, a não ser um vislumbre de um personagem em Nova York, que não faria falta na história (mas pode ser que seja importante no próximo livro, quem sabe). A autora ainda incluiu zumbis e deuses da mitologia nórdica na história. Parece que uma das características da Melissa é sempre colocar “alguém” importante atrás dos personagens normais. E acho que por isso a série não tomou o mesmo caminho, muita coisa para abraçar. 

A capa do livro é fofa.
Outra diferença da série para o livro é que no livro elas voam, de vassoura e tudo, têm caldeirão, são caracterizadas como as bruxas que conhecemos de livros infantis, não a aparência, mas os “utensílios”, digamos assim. Na série, Freya chega a perguntar se elas voam e Wendy meio que ri da cara dela, o mesmo ocorre quando ela pergunta sobre vampiros. Então já sabemos que os Blue Bloods não darão as caras por lá.

Voltando a falar de Bran/Dash, creio que os produtores não darão o mesmo rumo do livro na série, até onde pude perceber não caberá nela. Vamos acompanhar. Foram exibidos oito episódios, de 13 encomendados, estou bem intrigada em saber como será a season finale. Visto que a não ser uma pequena história ou outra ter sido adaptada, creio que a série deve seguir seu próprio caminho, apenas baseada mesmo nos livros. A iD lançará em breve o segundo livro, estou curiosa para saber o que será abordado.


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