Harry Potter e a criança amaldiçoada - John Tiffany e Jack Thorne.

>>  segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

TIFFANY, John. THORNE, Jack. Harry Potter e a criança amaldiçoada. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2016. 342p. Título original: Harry Potter and the cursed child: parts one and two.

“HERMIONE
Sim, Draco, Voldemort morreu, mas todas essas coisas nos levam a pensar que existe uma possibilidade de que Voldemort... ou algum vestígio de Voldemort... tenha voltado.” p.63

Eu pensei muito se queria ou não ler esse livro. Para falar a verdade, pensei até antes de reconhecer a existência dele. E depois de ler, ainda não sei se eu deveria ter lido... Vamos combinar, ele não é e nunca vai ser “o oitavo livro da saga”, é até heresia afirmar isso. Vamos chamar de spin-off, de fanfic, de qualquer coisa, menos de continuação de Harry Potter. Dito isso, preciso dizer que não é de todo ruim. É uma sensação gostosa de saudosismo e nostalgia reencontrar velhos amigos e tão amados personagens. Já estou concluindo e nem comecei a resenha... Então senta que lá vem história! Hoje vou falar de Harry Potter e a criança amaldiçoada do John Tiffany e Jack Thorne.

Contém spoilers se vocês não leram os livros da saga! 

22 anos se passaram.... (e não 19, quem escreveu essa contracapa??)
Harry Potter agora é um homem adulto, casado com Gina Weasley e pai de três filhos: o primogênito Tiago, Alvo Severo e Lilian. Ele é um ocupado funcionário do Ministério da Magia, que ao lado da Ministra da Magia, Hermione Granger, tenta se livrar dos últimos artefatos das trevas, além de observar outras criaturas mágicas.

Quando Alvo entra para Hogwarts ele é escolhido para a Sonserina, ao contrário dos irmãos, ambos vão para a Grifinória. Com o passar dos anos, Alvo vai se afastando cada vez mais do pai, cheio de rancor pela fama de Harry. Alvo não é um bruxo prodígio, e não consegue lidar com o peso do nome que carrega. Seu melhor amigo é ninguém menos do que Escórpio Malfoy, enquanto seus pais, continuam se odiando.

Quando Amos Diggory procura Harry com uma ideia absurda – usar um vira-tempo encontrado pelo Ministério para voltar ao passado e salvar a vida de Cedrico – Harry recusa imediatamente a ideia maluca. Porém, Alvo pensa que o pai é um #$#%%$ e resolve ele mesmo resolver o problema.

Quando um vira-tempo é usado para voltar décadas no passado, e algo é alterado. Tudo muda!

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Como é difícil falar sobre esse “livro”! Primeiro porque é um roteiro de peça e embora eu ficasse mentalizando durante a leitura “é um roteiro, é um roteiro, vai ser raso mesmo”, um lado meu ficava arrasado. Primeiro porque se a J. K. Rowling resolvesse escrever um oitavo livro, 22 anos depois, e pegasse esse mesmo ponto de partida... ela iria arrasar!! A ideia é muito legal (mesmo com todas as discussões sobre o vira-tempo e suas contradições, nem vou entrar nesse mérito). Depois porque é tudo muito corrido, tudo muito estranho. Faltou tudo e mais um pouco!

Mas... um lado meu quase fez a dancinha da alegria! Gente, só quem ama Harry Potter eternamente vai entender. É lindo rever todo mundo. Ver Harry no futuro, casado e feliz, pai de três filhos. Ver Hermione e Rony (meu casal favorito) tão fofos e Rony tão divertido. Ver o futuro, um futuro feliz para eles. Rever vários personagens legais. E com a tal da volta ao passado, revemos até muita gente que morreu depois e isso... foi de arrepiar.

Assim, várias coisas não têm noção nenhuma rs. Rony é um bobo alegre e só, Hermione em uma realidade alternativa muda totalmente e aquilo não era ela, a coisa toda onde se baseia o personagem do mal sendo A FILHA DE VOLDEMORT! Volta amanhã né!! Com a Belatriz ainda gente! Quando? Como? Afff. Fiquei muito tempo tentando apagar a imagem mental do Voldemort pegando alguém kkkk.

Os novos protagonistas são outro porém. Escórpio é um fofo, inteligente, boa pessoa, bom amigo. Alvo é um ridículo. Rebelde sem causa (até porque é tudo corrido e não dá para saber de onde surge esse ódio todo que ele sente do pai). É tipo ahh meu pai deu a capa da invisibilidade para o Tiago, odeio ele. Bem blá. Então tive que lidar com uma realidade onde eu adorava o filho do Malfoy e odiava o filho do Harry... oi?

Seguindo em frente. Os antigos personagens são ótimos. Como eu disse é muito legal rever todo mundo que conhecemos! Tudo bem que esqueceram Hagrid no churrasco. Outro que não apareceu e nem foi citado HORA NENHUMA , o que me deixou com raiva, foi Ted, filho do Lupin. Como assim gente? No epílogo ele aparece com o Tiago o tempo todo, falando que Harry era um padrinho ótimo e tal. E aqui começa do mesmo ponto, do epílogo, e o menino escafedeu-se aff. Gina é uma mosca morta, mas nem posso culpar a peça, ela sempre foi sem sal rs. Agora o problema mesmo foram os novos personagens, eles não são construídos, são jogados. Você não sabe porque a filha da Hermione, Rosa, é uma malinha. Não sabe porque Alvo é chato assim, ou porque Tiago nem aparece em hora alguma para ajudar o irmão (ou esfregar a cara dele em um muro de chapisco, como diria a Lu). Ai mesmo sendo uma peça... (eu sei que é uma peça gente!) achei muito mal construída.  Os diálogos são estranhos, eu não conseguia imaginar eles falando daquela maneira... Harry é bem babaca tem hora, ele desafia a Minerva!! Em que mundo estamos? :P

Essa resenha tá de uma bipolaridade sem fim. Eu gostei de ter um HP em mãos - por mais maluco que seja-, gostei de rever Harry e cia *.*. Adorei a ideia em si, de se algo no passado fosse mudado, tudo seria diferente (não é assim que funciona o vira-tempo, mas é assim que funciona viagens no tempo em geral). E achei a ideia muito legal mesmo. Então estou aqui no limbo, ame ou odeie, eis a questão! Dei 3, mas é porque é HP e não consigo dar nota ruim...não sei se vale a pena ou não, leiam por sua conta e risco. :D

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