A Rainha Branca - Philippa Gregory

>>  quarta-feira, 19 de abril de 2017

GREGORY, Philippa. A Rainha Branca. Rio de Janeiro: Editora Record, 2012. 434p. (A Guerra dos Primos, v.1). Título original: The White Queen.

Sinopse: Irmãos e primos lutam entre si para conquistar o trono da Inglaterra neste fascinante relato da Guerra das Duas Rosas, o conflito que opôs a Casa de Lancaster, cujo símbolo é uma rosa vermelha, à Casa de York, representada pela rosa branca. Em meio à guerra, a viúva Elizabeth Woodville desperta a atenção do jovem rei Eduardo IV, e os dois se casam em segredo.
Rainha em um país instável, Elizabeth se vê enredada nas intrigas da corte, ao mesmo tempo em que luta pelo êxito de sua família e precisa enfrentar inimigos poderosos, como os irmãos do rei. A Rainha Branca é o primeiro volume da série A Guerra dos Primos, que relata a ascensão da dinastia Tudor ao poder.

Se tem uma coisa de que gosto nesse mundo, é história. Gosto tanto que fiz faculdade de história, 5 anos nos corredores da Fafich e hoje posso me considerar uma historiadora. Então quando encontro livros que misturam meus dois amores – literatura e história – já tenho uma inclinação a gostar.

Foi o rótulo de “romance histórico” que me fez começar esse livro. Na verdade, tentei algumas vezes me envolver em livros da categoria (Noah Gordon, Ken Follet, e Outlander, por exemplo), mas nunca me apaixonei.  Depois de ler este livro, percebo que realmente tenho um problema com o gênero.

O livro gira em torno da Rainha Elizabeth, e todas as lendas que giram em torno dela. Viúva, Feiticeira, Casamenteira, Guerreira, Mãe e, especialmente os Príncipes da Torre. É contado em primeira pessoa, pela própria Elizabeth, e esse para mim foi o grande problema.

O livro parece um diário, mas não o diário de uma rainha. Parece o diário de uma adolescente, que os maiores problemas são “minha mãe me enche o saco”, “meu pai é bravo”, “ele gosta de mim”, “ele não gosta de mim”, “ela é uma invejosa”, “ele é estúpido” e “vou fazer uma promessa para ganhar um presente”. Lanço um desafio agora: me tragam uma situação da vida da protagonista por ela relatada que eu não consiga transformar em um enredo de “Confissões de Adolescente” ou “Malhação”, e eu retifico meus comentários. Isso empobreceu demais o livro, e fez a leitura marrenta, difícil, sofrida. Eu contava as páginas até o final do livro, por que eu não estava ali para ter descrições superficiais de relacionamento com figuras históricas. Eu queria ter uma reconstrução do cenário, da corte, dos pedaços da sociedade, e da tão sangrenta e complicada Guerra dos Rosas.

Na verdade, pensando bem, eu queria um livro descritivo. Mas não descritivo de sentimentos, mas sim de uma época e de uma rainha que marcou tanto a história da Inglaterra que até personagem Shakesperiano virou.

A impressão que pelo menos para mim ficou foi tão ruim que decidi abandonar de vez a categoria romances históricos. Acho que para mim tem que ter o pé mais na história e menos na literatura, se é para falar de personagens reais e fatos reais. Caso contrário, a Julia Quinn me satisfaz bastante e não me deixa frustrada, consegue o divertimento que buscamos e tem o romance que queremos.

Admito que a autora tem muito talento e imaginação, e que ela faz uma boa reconstrução. Só não gostei da maneira com que ela conduziu o processo. Por isso, decidi que esse será o primeiro e o último da autora, pelo menos por um bom tempo.

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Série A guerra dos primos da Philippa Gregory:
  1. A rainha branca (The White Queen)
  2. A rainha vermelha (The red queen)
  3. A senhora das águas (The lady of the rivers)
  4. A filha do fazedor de reis (The kingmaker's daughter)
  5. The white princess (os demais não lançados no Brasil)
  6. The king's curse.

Avaliação (1 a 5): 0.5  

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