A pequena caixa de Gwendy - Stephen King e Richard Chizmar

>>  quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

KING, Stephen; CHIZMAR, Richard. A pequena caixa de Gwendy. Rio de Janeiro: Suma das Letras, 2018. 168 p. Título original: Gwendy’s Button Box.

Apesar de não ter lido muitos livros de Stephen King, ele é um autor que gosto bastante. E tive uma experiência razoável lendo Belas adormecidas, livro que ele escreveu em parceria com o filho. Então, quando fiquei sabendo da parceria do autor com Richard Chizmar em A pequena caixa de Gwendy, quis conferir. E olhem só minhas impressões sobre essa história.

Gwendy vive na pequena cidade de Castle Rock e tem 12 anos. Está feliz quando, por mais um dia, conseguiu subir a escadaria ao lado do penhasco que existe na cidade e, ao olhar para baixo, consegue ver os próprios tênis, algo que não conseguia fazer até o último dia de aula, quando ainda era muito gorda para isso.

Ao terminar a subida, esbaforida, um homem a intercepta e tenta puxar papo. Ela não quer papo com desconhecido. Ele se apresenta: Richard Farris. Ele conversa com ela, tenta ser simpático e, quando ela cede um pouco, ele lhe faz uma proposta. Entrega a ela uma pequena caixa de madeira que tem algumas coisas peculiares dentro. O que Gwendy precisa fazer? Tomar conta da caixa até que ele volte para buscá-la. E ela deve tomar cuidado. A caixa oferece alguns presentes, mas também pode destruir algo ou alguma coisa de forma irreversível.

Ela aceita relutantemente o encargo, e, depois de entregar a caixa, Sr. Farris vai embora e Gwendy não tem mais notícia dele.

Ela se beneficia dos presentes que a caixa dá ao longo dos anos, e coisas vão lhe acontecendo ao longo do caminho, boas e ruins, e que, por vezes, a fazem repensar se deveria mesmo ter aceitado a caixa, enquanto, por vezes, ela torce para que o Sr. Farris nunca voltasse para buscá-la.

Mas que poderes realmente a caixa tinha? Será que não seria imaginação de Gwendy? E a caixa, será que cobraria alguma coisa em troca? E o Sr. Farris? Afinal, quem seria ele?

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É muito difícil falar do livro sem que a mão coce para revelar mais, mas juro que vou tentar me conter.

Bom, o livro é narrado em terceira pessoa, e a verdade é que eu devorei a história. Um livro de 168 páginas que não perde para aqueles tijolos a que estamos acostumados.

A protagonista Gwendy se mostrou inteligente, sagaz em determinados momentos. Em outros, ela se mostrou egoísta, mimada e curiosa, muito curiosa. Mas quem não ficaria curioso para saber o que cada “coisa” da caixa poderia provocar, o que poderia acontecer? Eu ficaria.

Os pais de Gwendy aparecem pouco, mas são bons pais.

Os demais personagens secundários, exceto Frankie Stone e Harry, são pouco importantes, assim como os pais de Gwendy. Já Frankie é tão tosco, escroto e cruel que, meu Deus, que desespero que me deu em determinados momentos da aparição dele. E Harry, bem... não quero comentar sobre ele. Leiam!

Fiquei hipnotizada pela história e tão curiosa quanto Gwendy em relação à caixa.

Fiquei ansiosa para saber o que aconteceria, a que horas tudo começaria a dar errado (porque, né? É King!).

Tanto durante a leitura quanto depois, principalmente em situações específicas, me peguei pensando que eu gostaria de ter uma caixa como a de Gwendy. Quem ler, entenderá o porquê. Tenho certeza de que, depois de ler essa história, você também pode querer considerar tê-la.

 O final foi um pouco diferente do que eu esperava, mas não foi ruim.

A mensagem que o livro traz acerca das escolhas que fazemos e a alusão ao poder do pensamento são muito interessantes, e curti muito.

E a edição, minha gente! Capa dura, com ilustrações maravilhosas, o layout das páginas, lindo. Um verdadeiro espetáculo à parte. A Cia das Letras arrasou!

No mais, indico para todo mundo que curte King e livros de suspense que não são muito pesados. Não muito. E para quem gosta de belas edições, também. Por que não?


Adicione ao seu Skoob!


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