A princesa prometida - William Goldman

>>  quarta-feira, 26 de dezembro de 2018



GOLDMAN, William. A princesa prometida. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018. 416 p. Título original: The Princess Bride.


Confesso que nunca tinha ouvido falar nesse livro até ver praticamente todas as booktubers que acompanho falando super bem sobre ele. Aí fiquei curiosa para conhecer a história. Depois acabei descobrindo que havia sido adaptado para o cinema na década de oitenta, o que só me deixou com ainda mais vontade e ler! Agora conto para vocês minhas impressões sobre A princesa prometida.



Buttercup é uma moça linda que vive com os pais em uma fazenda e gosta muito de cavalgar. Gosta também de ficar dando ordens para Westley, ajudante da fazenda que se limita sempre a responder “Como quiser”, fazendo tudo o que a moça ordena.

E, assim, ela vai vivendo sua vida até o dia em que se toca que Westley, na verdade, é o grande amor de sua vida e que os dois precisam ficar juntos. Ele então, após receber, enfim, a declaração de amor que tanto esperava, decide viajar rumo à América e ganhar dinheiro para dar uma vida digna à sua amada.

Mas algo terrível acontece durante a viagem, e Buttercup jura que nunca mais amará ninguém.

De outro lado, temos o príncipe Humperdinck, que desde que ficou sabendo que seu pai, o Rei, estaria à beira da morte, percebeu que deveria se casar com urgência. E a melhor candidata seria aquela deslumbrante moça que jurou nunca mais amar alguém, e que precisaria apenas procriar e dar um herdeiro ao príncipe.

E assim começam os preparativos para o grande dia: o casamento do príncipe Humperdinck e de Buttercup. Contudo, até o dia do casamento, muita coisa vai acontecer. Ambos vão viver muitas aventuras, principalmente para mostrar que um casamento sem amor não deveria sequer ser cogitado.



A narrativa do livro acontece de uma forma muito diferente de tudo que já li! Primeiro, temos o autor, William Goldman, em uma introdução, contando como chegou à suposta ideia de escrever a história. Na verdade, ele afirma que o livro foi escrito por um suposto S. Morgenstern e que, por ser muito longa a história e por ter o autor se perdido em várias passagens desnecessárias, o livro acabou se prolongando demais.

Assim, William acaba por fazer uma espécie de resumo da edição original. Para se mostrar mais próxima do leitor, a edição é permeada por passagens ou interrupções, por assim dizer, com comentários do que o autor sentiu naquele momento da história, ou para explicar por qual razão determinada passagem foi excluída do livro.

Só esse jeito de contar a história já é em si uma obra à parte e, no fim das contas, o que o autor fez foi, de certa forma, se transformar em um personagem dentro da história, e de uma forma tão criativa que me fez querer que ele contasse mais sobre si mesmo.

Imagine que você está lendo uma história e tendo determinada impressão e pensamentos sobre o livro. Imagine agora se você pudesse escrever essas impressões e dividi-las com outros leitores. É assim que o autor se “intromete” na história. Enquanto ele a reconta, faz comentários pessoais.

Em relação aos personagens, eu curti muito quase todos, exceto o príncipe e o Conde, seu braço direito. Esses eu quis matar, na verdade.

Os demais personagens, inclusive Inigo, Fezzik e Vizzini, os ladrões seqüestradores, causam empatia no leitor. Passei a torcer por eles também.
Mas meu personagem favorito nesta história, sem dúvida, foi Westley. O rei das tiradas inteligentes e de todo o empenho, força e coragem para correr atrás da mulher amada. Quem nunca desejou um amor assim?

O desfecho do livro, ainda que pareça clichê, traz aquele lembrete: não há garantias de que os personagens viveram felizes para sempre, afinal, o casamento pode não ter dado certo, um deles pode ter morrido antes, ou eles podem ter brigado muito.

Após o fim da história, o autor ainda nos apresenta um esclarecimento sobre O bebê de Buttercup, alguns personagens e duas notas sobre as edições de 25 e 50 anos da história.

Quanto à estética da edição, o livro tem capa dura, emborrachada, com as divisórias da história em estilo mais antigo e de outra cor, algumas em folha cinza, outras em preta. Não tem como não se apaixonar por essa edição.

Depois de concluir a leitura, indico que assistam também ao filme, que é antigo e uma graça, bem ao estilo Sessão da Tarde, que acompanhou a infância/juventude de muitos de nós!


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Avaliação (1 a 5): 










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