Your name - Makoto Shinkai

>>  sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

SHINKAI, Makoto. Your name. Campinas: Editora Verus, 2018. 186 p. Título original: Your name.


Sempre achei filmes de animação e mangás muito legais. Apesar de não ser uma leitora assídua do estilo, toda vez que tenho a oportunidade, leio as histórias. A ilustração e a forma como é contada sempre me encantaram. Depois de muito tempo sem ler nada assim, recebi Your name e imediatamente passei essa obra na frente de todas as outras leituras, para matar minha curiosidade tanto em relação ao livro quanto em relação ao filme, que, aparentemente, teria dado origem ao livro, e não o contrário, como estamos acostumados a ver. Então, vamos dividir impressões?


Mitsuha e Taki vivem em lugares diferentes e não se conhecem. Mitsuha é de uma cidade do interior do Japão, localizada nas montanhas, e vive com a irmã mais nova e a avó.  Ela tem dois melhores amigos e vive seus dias esperando a chance de sair de onde mora para ir viver em Tóquio. Taki, por sua vez, vive em Tóquio com o pai e trabalha em um restaurante. Ele nutre um amor por uma das funcionárias do lugar e tem também dois melhores amigos.

Certo dia, sem nenhuma razão aparente, Taki acorda no corpo de Mitsuha e ela, no corpo dele. De início, os dois imaginam estar sonhando, mas sempre no dia seguinte todo mundo comenta como ambos estavam diferentes no dia anterior. Então, eles percebem que, na verdade, não é um sonho e que, se deixarem marcas ou alguma recordação para o outro, as lembranças virão mais facilmente sobre o que aconteceu no dia em que trocaram de corpos. O que eles não imaginam é que a razão para que isso aconteça vai muito além de um simples sonho ou de um incidente inexplicável. Suas vidas estão, na verdade, ligadas pelo destino.


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Uma das últimas leituras de 2018.

No início, tinha certeza de que ia achar a história tola e bobinha. Ledo engano.

Narrado alternadamente em primeira pessoa por Taki e Mitsuha (e, às vezes, não tão alternadamente assim), o livro vai tomando um caminho, uma proporção que eu não esperava. A leitura é muito fluida e, apesar de o livro ter sido baseado no anime, não fiquei com aquela sensação de livro-roteiro, isto é, como se fosse uma descrição das cenas. Graças a Deus, o livro vai um pouco além disso.

Taki, o adolescente, menino, imaturo no início, me fazia achar que não era sério o suficiente e que não me conquistaria. Quanto a Mitsuha, no começo da história, achei que ela não fosse sequer me causar aquela empatia que faz o leitor torcer para que a protagonista fique bem e que tudo dê certo. Ambos me surpreenderam, e me vi roendo unha, torcendo para que se encontrassem de novo, para que se lembrassem um do outro, para que tivessem um final feliz. Terminei a história passando vergonha chorando dentro do ônibus (#quemnunca).

Tentei por várias vezes descrever para vocês o que faz com que eles troquem de corpos (não é como Todo dia, para quem leu o livro, ok?). No fim das contas, concluí que a complexidade é muito alta e que é melhor que você, amigo leitor que lê esta resenha, faça sua própria leitura da história e tire suas conclusões.

Sei apenas que fiquei muito encantada com todos os personagens (menos o pai da Mitsuha, mas exceções sempre existem, né?), e me deu vontade de conhecer o Japão. A narrativa descrevendo os lugares e as cidades me encantou.

Sobre o desfecho, não há mais muito que dizer, além do mico que já contei que paguei. Na verdade, pra mim, mico paga quem não lê e fica rindo das emoções de quem lê, mas enfim.

Eu, que já tinha uma sensação de que ia gostar da história, acabei me surpreendendo positivamente e gostando ainda mais.

Assim que terminei a leitura, fui assistir ao filme, e não há grandes diferenças, realmente, mas elas existem. Então, assim como o autor diz no final do livro, encarem ambas como obras complementares uma à outra. Sinto decepcioná-los, mas melhor eu contar antes do que vocês descobrirem por si próprios: o anime não está mais disponível na Netflix. Aparentemente, o contrato não foi renovado. Uma pena.

Agora fiquei com vontade de conhecer também a versão mangá. Quem sabe?

Leiam e se encantem!

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Avaliação (1 a 5): 4,5






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