As mil partes do meu coração - Colleen Hoover

>>  sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

HOOVER, Colleen. As mil partes do meu coração. Rio de Janeiro: Editora Galera Record, 2018. 336p. Título original: Whithout merit.

“Sento-me na cama e fecho os olhos bem apertado. Tenho vontade de vomitar; nem mesmo sei exatamente por quê. Acho que é por tudo. Por Luck, Sagan, Utah, Honor, meu pai, Victoria, minha mãe.
Essa família é o horror que todos dessa cidade acreditam. Talvez ainda pior. Estou enojada. Farta dos segredos e das mentiras. Cansada de ser a pessoa que guarda todos os segredos deles!” p.177

Como fã da Colleen Hoover eu leio todos os seus livros, sem exceção. Porém, esse é jovem adulto e eu prefiro os new adult dela. Além disso, vi alguns comentários de quem tinha lido e não gostado, e acabou parado na minha fila. Mas finalmente li, e hoje conto para vocês o que achei de As mil partes do meu coração.

A família Voss é bem incomum. Eles moram em uma cidade pequena, em uma igreja que transformaram em casa. O lugar é enorme e estranho. O porão foi transformado em apartamento e é onde vive a mãe, Victoria Voss.  Na casa vive o resto da família, o pai, a nova esposa do pai, Victoria Finney-Voss e os filhos: Utah, o mais velho, as gêmeas Merit e Honor, 17 anos, e o filho do pai com a nova esposa, Moby Voss, de 4 anos.

A loucura da casa fica completa quando o novo namorado da irmã, Sagan, aparentemente se muda para lá. E Luck, irmão da Victoria, chega à cidade. Merit tem um queda por Sagan depois de beijá-lo. Mas isso foi porque ele a confundiu com sua irmã gêmea e ninguém pode saber disso.

Merit guarda segredos e decepções. Ela coleciona troféus que não ganhou, um para cada dia horrível que viveu. Junto com troféus ela guarda segredos. De todos da sua família. E começa a sentir que ninguém se importa, que não faria diferença se ela não estivesse mais lá.

Mas antes de partir, ela pretende revelar todas as verdades da família, obrigando-os a encarar o que aconteceu.

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O tema explorado no livro é muito importante, principalmente na adolescência: depressão e suicídio. Porém, foi o livro que menos gostei da autora. Achei lento, chato, não gostei dos personagens e a protagonista é muito chata, achei tudo bem sem graça. E não achei também que o tema cerne do livro, a depressão, foi suficientemente bem explorado, deixou a desejar.

De legal tem a maluquice toda da família Voss. Imaginem? A mãe vive no porão e não sai e lá, todos cuidam dela. O pai mora na casa com a nova esposa e os filhos. E a madrasta, além de ter o mesmo nome da mãe, ainda era a enfermeira que cuidou dela quando a mãe teve câncer! Dos filhos só salva a criança. Utah é sem graça, Honor é insuportável, Merit é infantil, chata e acha que o mundo gira em volta do seu umbigo.

Aí quase na página 200 o drama todo acontece e o final foi até bem legal. Muitos segredos revelados, muita conversa e muito perdão. Mas foram 200 páginas da Merit narrando seus dramas todos e tudo que acontece na família, deu preguiça demais.

O romance é praticamente inexistente. Ela gosta de Sagan, que namora sua irmã, mas é tudo meio platônico. Isso também só se resolve quase no final, então não diria que tem romance rs.

Eu esperava bem mais… Mesmo gostando muito do final, não curou a birra toda que tive durante a leitura, protagonista imatura me irrita demais. Quem leu me conte o que achou!

Pessoalmente não indico, todos os outros livros da autora são melhores rs. Mas não é mal escrito e trabalha temas importantes para os adolescentes, então vai de gosto mesmo...

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Avaliação (1 a 5): 2.5

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