Abril despedaçado - Ismail Kadaré

>>  quarta-feira, 26 de janeiro de 2022



KADARÉ, Ismail. Abril despedaçado. São Paulo: Companhia das letras, 2007. 174 p. Título original: prilli i thyer.


Lembro que há muitos anos assisti ao filme Abril despedaçado, estrelado pelo ator Rodrigo Santoro, e amei! Mas, infelizmente, eu ter amado o filme e o fato de ele ser adaptação de um livro homônimo são as únicas coisas que ainda me lembro da história.


Em dezembro, ele foi escolhido para mim no Clube do Livro das Chocólatras e finalmente pude conhecer a história que inspirou o filme (embora continue sem lembrar de nada do filme, rs). Vem que te conto mais sobre Abril despedaçado.



Estamos na década de 1930, Gjorg Berisha vive com sua família no norte da Albânia em um lugar esquecido do mundo. Na Albânia, há um código de regras não escrito, conhecido como Kanun, que rege não só a vida, mas também a morte dos que ali vivem. O valor máximo do código é a honra e em nome dela famílias passam décadas se matando para "recuperar o sangue" perdido, em vingança pelo parente morto anteriormente. O Kanun ainda decide quem mata e quem morre a cada vez e não há como escapar. As famílias seguem à risca as regras do Kanun.


Agora é a vez de Gjorg se vingar pela morte de seu irmão e ele sabe que não tem como fugir. E depois de matar, sabe que será perseguido até que também seja morto. Sabe que seus dias estão contados e tem até mais ou menos o meio de abril para viver. Mas, como viver assim? Como viver sabendo que seus dias estão contados? Como seguir cegamente uma regra tão brutal? Leia e descubra!




O Kanun, assim como essas vinganças, ou "vendetas", como são chamadas no livro, existem (ou pelo menos existiam até pouco tempo) de verdade na Albânia. Fiquei muito interessada em ler o Kanun. Achei uma pena ser um conjunto de regras não escritas. E curioso o fato de o povo o seguir tão cegamente.



Apesar de saber que o destino de Gjorg já estava traçado, fiquei torcendo para que tudo mudasse e ele continuasse a viver.


A história conta com poucos personagens e fica basicamente acompanhando Gjorg em sua jornada, em seu suposto último mês de vida.


No início, fiquei vidrada na história e muito curiosa com a cultura da Albânia. Mas, em determinado momento, comecei a achar o livro um pouco morno. Em seguida, alguns personagens foram inseridos à história de uma forma meio aleatória, me parecendo que estavam ali apenas para render assunto, encher linguiça, digamos assim, e o livro poder se estender um pouco mais.


Até que, então, veio o final e me surpreendeu de uma forma que o livro acabou e fiquei lá na cama onde estava lendo, estatelada e de boca aberta, chocada com o que aconteceu.


Juro que voltei a página e depois avancei, li de novo, mas aparentemente era aquilo mesmo e tive que me conformar com o final. Ou não, já que ainda hoje, mais de um mês depois do fim da leitura, continuo ruminando ele na minha cabeça.


Se eu te deixei curioso(a) para saber que final foi esse e se você curte ler livros que apresentam outras culturas (fictícias ou não) eu sugiro que você leia esse livro!


PS: Ainda não assisti ao filme novamente, então sigo sem me lembrar do que acontece, kkk E se você quiser saber um pouquinho mais sobre o Kanun, essa informação da Wikipédia é legal!


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Avaliação (1 a 5): 4.5






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