Oito horas perfeitas - Lia Louis

>>  quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

 


LOUIS, Lia. Oito horas perfeitas. São Paulo: Editora Paralela,  2022. 304 p. Título original: Eight perfect hours.  


Estava um pouco empolgada demais quando comecei a leitura desse livro. Precisava de algo leve, engraçado, que acalentasse o coração. Então, comecei a leitura de Oito horas perfeitas. Se ele atendeu minhas expectativas acima, eu conto para vocês, agora!


Noelle havia acabado de participar de um evento de sua antiga escola e estava voltando para casa: desanimada, com saudades da melhor amiga, sem comida, sem carregador de celular e quase sem bateria. Tudo ia bem até que o trânsito foi fechado na estrada por causa de uma forte nevasca. Enquanto esperava ansiosamente que o trânsito abrisse,  o motorista do carro ao lado, Sam, acaba por puxar papo e, depois de hesitar (mas não muito), Noelle se vê dentro do carro do desconhecido Sam, um norte-americano que está de passagem pela Inglaterra, um carro onde encontra calor, um carregador de celular e comida. Um lugar onde ela vai passar as Oito horas mais perfeitas de sua vida. 

Contudo, após se despedir de Sam, que segue seu caminho até o aeroporto e sequer deixa seu número de telefone,  Noelle tem certeza de que nunca mais irá vê-lo.  Mas será que o destino vai mesmo encerrar a história dos dois por aí ou será que ele tem outros planos para os dois?



Eu me identifiquei com a Noelle em vários momentos e torci muito por ela. 

A mãe dela teve um AVC e depois disso ficou com verdadeiro pavor de ir à rua, ao médico e acabou ficando muito dependente de Noelle, que deixa de ir para a universidade, mudar de país com o namorado, fazer aquilo que realmente gosta, para trabalhar como faxineira, cortando um dobrado para ajudar no parco orçamento familiar. Nesse ponto, fica fácil julgar a personagem por abandonar a sua própria vida para cuidar de alguém. Eu não consegui julgar. Só queria que houvesse outra alternativa para ela e para a mãe e que todo mundo ficasse bem no final.

Ed, o ex-namorado de Noelle chegou a me dar coceira de tanta raiva do sujeito. Ele é tão absurdo, tão babaca, tão egoísta e tão mesquinho que chegou a doer. Tenho certeza que muita gente vai ter argumentos para defender o lado dele e tudo bem, só não concordo, rs.

Sam é um ótimo rapaz. Diz a coisa certa, na hora certa, é sensato. Apesar disso, fiquei um pouco incomodada com algumas atitudes dele. Quem ler, entenderá.  

Há um plot twist na história que fico pensando se era óbvio ou se eu que não prestei atenção,  mas quando aconteceu fiquei: "oh! Que doideira!" Achei que esse plot se encaixou perfeitamente com tudo, uma ponta solta muito bem amarrada.

O livro me conquistou de modo geral, mas um ponto que me deixou (e muito) irritada foi o fato de Noelle aceitar determinadas coisas e situações que não faziam o menor sentido, principalmente em relação ao Ed. Me deu vontade de dar uns tabefes nela para ver se acordava para a vida. 

Apesar disso, esse é um livro sobre amadurecimento, perda, destino, fé e acho que merece ser lido. No mínimo você vai tirar muita diversão dessa leitura e sair com o coração quentinho ao final dela.


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Avaliação (1 a 5): 3.5









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