A muralha - Dinah Silveira de Queiroz

>>  quarta-feira, 7 de junho de 2023

 


QUEIROZ, Dinah Silveira de. A muralha. São Paulo: Editora Instante, 2000. 414 p.


Literatura brasileira já atrai minha atenção normalmente. Se for adaptada para a TV ou cinema,  ganha um Plus da minha curiosidade. A muralha é um livro cujo título eu ouço falar desde que me entendo por gente, por causa da minissérie exibida pela TV Globo. Não assisti, mas tenho curiosidade de ler o livro e assistir à série desde então. E, apesar de ainda não ter começado a assistir para saber se será pura decepção ou pura alegria, nada me impede de dividir com vocês tudo o que passei lendo A muralha, certo? Então vamos lá!


Cristina é uma portuguesa que está chegando ao Brasil colônia para se casar com um primo a quem sua mão havia sido prometida. Eles não se conheciam, mas Cristina veio, assim como as moças que estão prontas para casar, com o coração cheio de sonhos e temores, vontades e receios. 

Ao chegar no Brasil, contudo, ela acaba por descobrir que os sentimentos ruins de seu coração talvez estejam mais certos do que os bons. 

O Brasil está vivendo o início da exploração do ouro nas Minas Gerais e, também por isso, o vem sendo mais desbravado pelas chamadas Bandeiras, em cada um de seus cantos, gerando a expansão do país e, também, uma maior exploração e escravização indígena. E é nesse cenário que se passa toda a história de Cristina e da família de Dom Braz Olinto, sua esposa e seus filhos. 



Quando comecei a ler, pensei que não fosse engatar tão bem a leitura, tinha cara de que seria densa, cansativa. Mas bastou algumas páginas para perceber que estava errada.

E o que aconteceu foi que, apesar de não ter devorado o livro, eu fui me apegando cada vez mais à família Olinto, aos personagens tão marcantes, como Isabel, Rosália, Margarida. Torci por cada uma delas, além da matriarca da família,  inesquecível. 

O contexto histórico da época, a exploração do ouro, a escravidão dos índios, os bandeirantes. A São Paulo de uma época em que ainda não era uma metrópole, mas já o prometia, me fez ficar ainda mais interessada e presa à leitura e com muita vontade de pesquisar mais sobre a época. 

A autora escreve de uma forma que me fez sentir até o cheiro da poeira da cidade, rs. Em vários trechos a vontade de chorar junto com o personagem foi grande, a vontade de matar alguém, também. E no final do livro eu constatei que foi uma excelente primeira experiência de leitura da escrita de Dinah Silveira de Queiroz.

Com toda certeza vou querer ler outras obras da autora,mas, enquanto não faço isso, indico fortemente que você leia A muralha!


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