Cadê o bofe que estava aqui?

>>  segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Minha amiga conheceu um cara legal. Trocaram beijos, telefones e tudo indicava que iam se encontrar de novo. No dia seguinte, ele ligou. "Quem disse que homens não ligam?", comemorou. Na semana seguinte, ele a chamou para sair. Topou na hora. Mais um encontro perfeito e ele fazia planos para os dois nas próximas semanas. Durante o dia, mandava torpedos: "Saudades linda, estou louco pra te encontrar". Foram algumas semanas assim. Até que um dia, ele sumiu. Então ela esperou algum sinal de vida. Ou de morte - afinal, era só o que poderia explicar o sumiço. Passaram três dias e nada. E depois mais três. Ela ligou pro celular dele. Fora de área. Mandou um torpedo. Sem resposta. Puff. Sumiu.

Já perdi as contas de quantas histórias como estas eu já ouvi. Nessas horas, convoca-se uma assembleia geral extraordinária com as amigas para esmiuçar cada detalhe daquelas semanas que pareciam perfeitas. "Naquele dia romântico do restaurante francês, não ficou alguma alface no dente?" "Tem certeza que você não falou sobre aquele sonho de casar na igrejinha da Boa Viagem?" "Nem em pensamento você convidou o bofe pro aniversário da sua tia lá em Virginópolis, né?"

Por que as mulheres logo pensam que tem algo errado com elas? O contrário também acontece, claro, tem sempre um Joaquim atras de uma Leah. Mas, por que a impressão que prevalece é sempre a de que são as mulheres que estão correndo atrás e os homens fugindo? 

Gata, pouco importa se é você, a alface, a tia ou algum tipo de fobia claustrofóbica do cara. Tem coisas que só um babaca faz por você. Não tenha medo de se jogar novamente. Sair de casa é preciso. Mesmo que você esteja na fossa. Às vezes você fica feliz no meio do caminho. Interiorize: cara de pau, coragem e um bom rimel fazem milagre.

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