Viagem Literária: Uma Viagem Adaptada: Filme x Livro #8

Filme lançado em 2011, baseado no romance homônimo de David Nicholls. Dirigido por Lone Scherfig. Gênero romance.

(Posters do filme)

É meio que impossível fazer um resumo do filme, até porque, não existe um ou dois acontecimentos que desencadeiam outros até o final da história (não sei se entenderam). São várias coisas, por vários motivos, que geram várias reações de um em um ano. Portanto, irei falar pouquíssimo da história, pois se contar mais, irei narrar uns três capítulos do livro e mil e setecentos spoilers.

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No dia 15 de julho de 1988, após a formatura, Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess) dormem juntos. Não necessariamente dormem, apenas dormem. Emma, que já tinha uma queda por ele, está feliz, mas ambos concordam que não passará de amizade. É apenas uma noite, e amanhã seguirão caminhos diferentes, cada um com sua vida.

Aquela simples noite foi capaz de criar um laço entre os dois, com isso, mantêm contato, seja por telefone, carta ou algo parecido. A cada ano, durante vinte anos, o filme mostra a situação de Emma e Dexter em 15 de julho. Normalmente estão juntos, e conversam sobre suas vidas e planos, viajam, saem...

É nesse intervalo de vinte anos que toda a história se desenrola, e nos deparamos com as mais diversas situações: ascensão, declínio, felicidade, tristeza, perdas, vitórias, amores e amizades.

“(...) Se eu pudesse te dar um presente para o resto da vida seria este. Confiança. Seria o presente da confiança. Ou isso ou uma vela perfumada.”

Emma e Dexter são personagens bem diferentes. Ela é aquela mulher sem muita confiança, que mesmo recebendo frequentes elogios, se acha feia. Já ele, é o rico e garanhão, que gosta de viajar e viver a vida como uma festa. Os dois foram bem narrados e caracterizados, mas ainda sim fiquei sem entender algumas atitudes do Dexter. Os personagens secundários fazem jus ao nome.

O livro é no mesmo formato que o filme, a narração acontece de ano em ano. O autor é detalhista e não tem pressa nenhuma de chegar ao final. Não tenho nada contra isso, mas achei algumas narrações bem desnecessárias. Em contrapartida, temos o humor de David Nicholls, que é ótimo, por isso gostei tanto de vários diálogos entre os dois. Um Dia é diferente dos livros de romance que encontramos por ai. O autor tem assunto e criatividade, e o mais impressionante: acontecem várias coisas! Porque sinceramente, os livros de romance que li até hoje...

Gostei do livro, mas achei o filme um pouco melhor. Os atores são ótimos, e a adaptação é bem fiel. Mas por que eu prefiro o filme ao livro? Não sei. A história, os personagens e os acontecimentos são os mesmos, porém o filme conseguiu mexer comigo, coisa que o livro não foi capaz. É claro que no livro tudo é mais intenso, os sentimentos são melhores explicados, mas mesmo assim fico com o filme.

A fotografia está ótima, assim como a trilha sonora e o figurino. O filme também tem seus erros, e a história é sim um pouco clichê, mas não é tão previsível – nem todo mundo conseguirá acertar o final. Eu, por exemplo, imaginava outra coisa. Ainda no filme, não gostei muito da fisionomia do Dexter, ele parece muito novo no começo.

A história é bonita, o livro possui coisas desnecessárias e o filme deixou um pouco a desejar. Caso tenha interesse, leia o livro primeiro. Conheço pessoas que assistiram ao filme e perderam toda a vontade de ler o livro, então para não correr o risco, livro primeiro. Outra coisa, se assistiu ao filme e quer ler o livro, não vá esperando muita coisa a mais não, que é basicamente isso mesmo.