Tamanho 42 não é gorda - Meg Cabot

>>  sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CABOT, Meg. Tamanho 42 não é gorda. Rio de Janeiro: Galera Record, 2010. 412p. (Heather Wells, v.1). Título original: Size 12 is not fat.

“- Não é verdade – Patty diz. – Você vai encontrar alguém. Só não pode ter medo de se arriscar.
Do que é que ela está falando? Eu não faço nada além de correr riscos. Estou tentando impedir que um psicopata mate mais uma vez. Já não basta? Preciso de uma aliança no dedo também?
Algumas pessoas nunca ficam satisfeitas.” p.151

Sou fã da Meg Cabot, mas ultimamente não tenho me encantado com seus livros, com exceção das séries que são minhas queridinhas - A mediadora que li há anos, Garotos e Desaparecidos –, tenho achado tudo muito repetitivo e meio bobo. Com o Clube das gêmeas finalmente tive a oportunidade de começar uma série antiga que eu tenho faz tempo na estante, Mistérios de Heather Wells que começa com Tamanho 42 não é gorda.

Heather Wells, 28 anos, foi famosa na adolescência, fez um sucesso enorme como cantora pop, conquistou o público jovem e fazia shows lotados nos Shoppings da cidade. Quando ela resolveu que não era isso o que queria da vida, que queria uma carreira como cantora seria, compor seus próprios trabalhos, foi demitida. O que não teria sido tão ruim se seu pai não estivesse na cadeia e sua mãe não tivesse fugido com seu empresário e todas suas economias para a Argentina. Pode ficar pior? Pode! Ela pegou o noivo, Jordan Cartwright – outro cantor pop famosinho - na cama com outra mulher  e deixou o apartamento onde moravam.

Agora é o fundo do poço? Tem mais, triste e deprimida Heather ganhou peso e agora usa tamanho 42. Não que se importe, não cansa de dizer a todos que “42 é o tamanho médio da mulher americana”. Depois de tudo o que passou, ela está feliz. Feliz com seu tamanho 42, feliz por deixar para trás o glamour e as apresentações no shopping e adorando seu novo emprego de inspetora do alojamento de estudantes da Faculdade de Nova York.

Ou estava, até que uma estudante é encontrada morta no poço do elevador. Os policiais tratam o caso como um acidente, acontece diariamente dos adolescentes praticarem surf de elevador, pulando de um teto para o outro dentro do poço. Mas Heather conhece as meninas adolescentes, e uma bem comportada como a caloura falecida, não era um tipo que faria surf de elevador. Ninguém está muito interessado em suas teorias, nem mesmo o detetive que é seu senhorio e ex cunhado, Cooper Cartwright.

Na sua busca pela verdade Heather irá descobrir que a vida de detetive, além de estar longe de ser glamourosa, é também muito perigosa.

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Fiquei totalmente em cima do muro com este livro, eu não sabia nem que nota dar quando terminei. Por um lado é um chick-lit inusitado, a mistura de comédia com investigação promete e Heather é divertida e sem noção como as protagonistas do estilo. As suas aventuras são hilárias e acontece muita coisa no decorrer do livro. Eu não ri alto, não gargalhei, mas achei engraçadinho.

Por outro lado, a parte policial é patética, é totalmente surreal e inacreditável; além disso a narrativa é um pouco repetitiva. Quem me acompanha por aqui sabe que eu amo ficção policial, e mesmo sabendo que eu deveria relevar a parte investigativa por ser um chick-lit, está além da minha capacidade, não consigo rs. É impossível duas meninas morrerem em um “acidente” no elevador no mesmo período e ninguém, além da protagonista, achar estranho. É impossível a pericia não achar nada, nem testemunhas e a polícia deixar por isso. É em NY, nos tempos atuais, não cola. É bem improvável ela descobrir tudo a partir de teorias loucas e com as pistas caindo no seu colo. O culpado e os motivos foram interessantes, apesar de totalmente previsíveis (eu sabia quem matou antes mesmo de saber o porquê), mas eu já estava tão de bico para tudo que não adiantou muito.

A parte das repetições também são comuns nos livros da Meg, mas neste achei cansativo. Ela repete centenas de vezes que “tamanho 42 é o tamanho padrão da mulher americana”, se comunica com expressões como “eu acho isso”, “eu odeio aquilo”, parece uma menina de 12 anos narrando. O início lento também ajudou na minha implicância com as repetições da protagonista.

Apesar disso, gostei da Heather. Gostei do seu jeito de ver a vida, sempre seguindo em frente. Perder a carreira, o noivo, a mãe, todo o dinheiro, nada derruba a mulher. Ela está lá em um emprego novo, querendo trabalhar para estudar gratuitamente na faculdade, sendo legal com todos e fazendo o melhor trabalho possível. Não reclama que foi traída, que está falida, que a mãe é uma vadia, nada. Até fala ainda com a mãe. Tudo bem que queria que ela chutasse o pau da barraca, mas gostei da atitude positiva. Este primeiro volume não deixa muito romance a vista, mais a possibilidade dele pode fazer com a que a continuação seja melhor.

Pretendo ler os outros livros porque já tenho até o 3 gostei da história e das situações em geral, mas tenho medo das partes policiais nos próximos volumes, já estou imaginando eu me contorcendo com tudo hehe.  Por enquanto, indico para quem gosta do gênero chick-lit, mas que é pouco exigente no quesito mistério. :P

Série Heather Wells da Meg Cabot
  1. Tamanho 42 não é gorda (Size 12 is not fat)
  2. Tamanho 44 também não é gorda (Size 14 is not fat either)
  3. Tamanho não importa (Big Boned)
  4. Tamanho 42 e pronta para arrasar (Size 12 and Ready to Rock)
  5. A noiva é tamanho 42 (The Bride wore size 12)
Avaliação (1 a 5):
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