Viagem Literária: Simplesmente o paraíso

QUINN, Julia. Simplesmente o paraíso. São Paulo: Editora Arqueiro, 2017. 272p. (Quarteto Smythe-Smith, v.1). Título original: Just like heaven.

“Assim, Marcus a observava de longe e havia silenciosamente espantado um ou dois pretendentes.

Ou três.

Talvez quatro.

Prometera a Daniel.

E Marcus Holroyd não quebrava suas promessas.” p. 29

Depois da minha queridinha série Os Bridgertons, Julia Quinn volta com uma espécie de spin-off, um quarteto que se inicia meio que paralela aos Bridgertons (porque nesse primeiro livro Colin ainda está solteiro). Enfim, um dos acontecimentos marcantes das festas da outra série, era o concerto anual das Smythe-Smith, todas péssimas musicistas, mas que se apresentavam anualmente. E agora, teremos a história delas. O primeiro livro conta a história de Honória em Simplesmente o paraíso.

Honoria Smythe-Smith é parte do quarteto Smythe-Smith, famoso por suas apresentações vergonhosas ao longos do anos. Mas Honoria acha tudo muito interessante, afinal, é uma tradição familiar e uma honra poder participar. As moças só se livram da tal apresentação, quando se casam. E vão sendo substituídas pelas primas mais novas. E Honoria sabe que nessa temporada, precisa conseguir um marido. Ela analisa friamente suas opções, e embora não esteja apaixonada por ele, Gregory Bridgerton seria uma opção viável.

Marcus Holroyd, 0 conde de Chatteris, é o melhor amigo do irmão mais velho de Honoria, Daniel. Daniel vive exilado na Itália, após um problema com jogos que culminou em um duelo... Marcus jurou ao amigo que cuidaria de sua irmã mais nova, e isso significa comparecer a eventos chatíssimos e espantar os pretendentes interesseiros ou pouco adequados.

Honoria e Marcus são grandes amigos. Afinal, Marcus passou a infância como parte da família. Porém, um acidente bobo culmina em uma doença grave, e os dois se aproximam muito, de uma forma como nunca haviam imaginado.

~~~~~~~

É quase um chick-lit de tantas cenas divertidas. Honoria e o quarteto são hilárias, elas sabem que são horríveis, mas precisam tocar mesmo assim. Aí tem as primas que preferem morrer a ter que tocar de novo, e as que acham o máximo, como Honoria e Daisy. Ela e Marcus também protagonizam cenas divertidas, principalmente, porque ambos são apenas amigos, então demoram a descobrir que sentem algo a mais um pelo outro.

Adorei a ambientação toda e os personagens. E o melhor é reencontrar alguns dos Bridgertons, apesar que nesse volume só aparecem rapidamente Colin e Gregory. Lady Danbury, sempre hilária, está presente e logo percebe que existe algo a mais entre o casal, e não deixa de interferir.

As cenas entre o casal são poucas, eles passam metade do livro como apenas amigos. Mesmo o leitor percebendo os pequenos sinais, demora para começar realmente um romance. E quando começa, é bem rápido. O final poderia ser maior, foi tudo bem corrido. Mas pelo menos tem um epílogo, como todos da autora, então dá para matar um pouco a curiosidade. Espero que eles apareçam bastante no livro 2, que irá contar a história de Daniel.

Essas capas são de babar! E o bom foi que a Editora Arqueiro fez diferente e já lançou logo o quarteto todo, louca para ler os próximos. Adoro romance de época e Julia é uma das minhas autoras preferidas do gênero. Então, claro que indico, leiam!

Adicione ao seu Skoob!

Quarteto Smythe-Smith da Julia Quinn