Viagem Literária: O golpe - Christopher Reich

REICH, Christopher. O golpe. Rio de Janeiro: Editora Arqueiro, 2019. 384p. (Simon Riske, v.1). Título original: The take.

“- Os ladrões de Paris eram desta sua velha tribo – prosseguiu Neill. – Sei disso porque eu mesmo os contratei. O problema é que não levaram apenas o dinheiro. Levaram também algo que nos pertence, ou melhor, que pertence ao governo americano. Algo de muito valor. Que eu gostaria que você trouxesse de volta. ” p.59

Eu só li um livro do autor há vários anos atrás. Não tinha mais ouvido falar dele, até este lançamento da Editora Arqueiro. Confira o que achei de O golpe do Christopher Reich.

Simon Riske teve um passado conturbado. Depois de uma infância protegida, sua realidade mudou completamente quando seu pai se matou e sua mãe se casou com um homem abusivo. Ele preferiu arriscar sua sorte nas ruas, se tornou golpista e assaltante. Um desses assaltos deu muito errado e ele acabou na prisão, e lá sua vida mudou. Agora, muitos anos depois, ele tem uma oficina onde reforma carros caros e trabalha como freelance em missões secretas. Ele trabalha para bancos, companhias de seguros e outros clientes que precisam recuperar bens com discrição.

Quando ele é procurado pelo governo americano, para recuperar um importante bem que foi roubado, Simon recusa imediatamente. É tudo muito secreto, parece perigoso e sem nenhuma segurança. Porém ele descobre que Tino Coluzzi foi o responsável pelo roubo em questão, em Paris. Um dos roubos mais audaciosos da atualidade. Ele roubou milhões em dinheiro de um príncipe saudita, e junto, uma maleta com a carta importante que eles querem recuperar. Uma carta que aparentemente pode derrubar governos e mudar a ordem mundial.

Simon foi traído por Coluzzi no passado e quer vingança, por isso ele aceita o trabalho. Ele precisa encontrar Coluzzi e recuperar a carta. Para isso ele contará com a ajuda de uma policial parisiense, mas precisará enfrentar uma espiã russa e muitos outros inimigos.

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Gostei da leitura, mas esperava bem mais. Eu curto esses thrillers de ação, repletos de suspense, adrenalina e muitas reviravoltas. Gostei também de Simon, o protagonista da série (até agora na verdade uma duologia), ele é um personagem complexo e interessante. Porém achei detalhista demais, o que acaba tornando o ritmo mais lento e cansativo.

São muitos personagens e a narrativa em terceira pessoa se alterna entre vários deles. Temos Simon, o nosso protagonista, que acaba aceitando o trabalho de encontrar a carta, mesmo com todos os receios. Temos Tino que roubou a carta e agora quer vender pela melhor oferta. Aí temos a policial de Paris, a espiã Russa, o chefe implacável dela, o funcionário do governo americano e muito mais. Como eu disse, gostei de Simon. Ele foi um bandido no passado, mas tem um jeito calmo, simpático e requintado que me conquistou.

O livro todo gira em torno da carta misteriosa, que promete ser uma bomba se for divulgada. Não mostra o conteúdo, não falam nada com certeza, mas parece ser uma carta entre um ex presidente americano e o presidente russo... achei sem graça toda vida rs. Parece aquele estilo do Dan Brown, sabem? Todo mundo correndo atrás de algo misterioso que ninguém sabe o que é, mas pode mudar o mundo e blablabla.

Tem aquele ritmo frenético de filme de ação, mas eu achei uma leitura mediana. Não é ruim, não é mal escrito, mas faltou algo para me conquistar. O autor tem no Brasil apenas mais alguns livros publicados: deles conheço a trilogia Jonathan Ransom, eu li apenas o primeiro na época, A farsa, mas acabei não continuando.

Quem leu me conte se curtiu! Eu achei a trama interessante, mas não é tanto o meu estilo não. Mas é daqueles livros que vai muito do leitor, se você curte esse tipo de thriller vá fundo!

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Série Simon Riske: