Ponti - Sharlene Teo

>>  quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

 TEO, Sharlene. Ponti.  Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2019. 272p. Título original: Ponti.

A primeira vez que ouvi falar de Ponti foi no lançamento pelo Clube Intrínsecos, o clube do livro da Editora Intrínseca. Se você nunca ouviu falar desse clube, acesse www.intrinsecos.com.br e conheça, e, claro, assine! Fiquei muito curiosa na época com a história e, quando foi lançado pela editora como edição normal, corri para pedir e, assim, poder conhecer essa história. O que será que achei dela? Vem que eu te conto!

Em 2003, Szu é uma adolescente rebelde, irritadiça, filha de uma atriz linda que é conhecida pelo nome artístico de Amisa Tan. Ela foi protagonista em um filme de terror chamado Ponti!

Em 1968, acompanhamos a vida de Amisa, ainda criança, antes de Ponti e antes de se tornar tão bela a ponto de isso ser ofensivo para outras mulheres (e, porque não, para a própria filha?!).

Já em 2020, acompanhamos Circe, uma mulher que está passando pelo atormentado momento do divórcio e de reviravoltas em sua vida e em seu trabalho. Surge uma oportunidade de refilmagem de um grande filme dos anos 70, Ponti! Essa oportunidade vai trazer mais lembranças para Circe do que ela gostaria, sobretudo lembranças de uma atriz e sua filha que fizeram parte da vida de Circe muito tempo atrás.

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Achei muito interessante a forma como a narrativa é feita. Cada uma das três personagens narra um capítulo em determinado ano. Gostei também da forma como presente e passado se conectam nessa história.

As personagens são bem exploradas pela autora e as emoções que cada uma nos passa ao longo da leitura são tão reais, que é impossível não pegar para si o que elas estão sentindo.

Um ponto positivo do livro é o lugar onde se passa a história. Em Cingapura. Fiquei muito curiosa pelo lugar e sua cultura, embora a autora não tenha se aprofundado tanto quanto eu gostaria no que diz respeito ao cenário.

Outro ponto positivo é a referência à cultura pop em 2003. Quem viveu a adolescência nessa época, como eu, vai curtir as referências e alusões. Quem me conhece e acompanha as minhas resenhas sabe que esse é um dos (vários) caminhos para a leitura me conquistar.

Mas o livro pecou feio em se fazer entender pelo leitor. No fim das contas, não entendi qual seria a razão de ser da história, o que foi bem frustrante.

Mais uma vez este ano, fiquei com uma sensação não tão positiva de quero mais, de que ficou faltando alguma coisa. Talvez por ser um livro curto, ou talvez não. Fato é que fiquei esperando mais do que o livro prometia e, infelizmente, isso não veio.

É verdade que esse é um livro que tem atraído avaliações negativas, e fico triste de a minha estar entre elas, já que, até o momento, todos os livros que vieram do Clube Intrínsecos ficaram lá em cima no meu conceito, tanto que um deles (Os prós e os contras de nunca esquecer) se tornou meu queridinho, TOP 1 de 2019. Mas não se pode ter tudo, certo?

Acho que foi um bom livro de estreia da autora, mas ela ainda tem o que aprimorar. Caso lance mais livros, eu gostaria de dar uma nova chance para ver se melhoro essa minha primeira impressão sobre o texto dela.

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