Dewey: Um Gato Entre Livros - Vicki Myron e Bret Witter

>>  sexta-feira, 22 de dezembro de 2023



MYRON, Vicki. WITTER, Bret. Dewey: Um gato entre livros. São Paulo: Editora Globo, 2008. Título original: Dewey: a small-town library cat who touched the world.

Esse é um dos livros mais antigos da minha estante, ele foi da Vozinha e lembro que ela amou quando leu. Eu "herdei" Dewey e acabei não lendo depois que ela faleceu, porque mexia muito comigo. Mas, finalmente ele teve uma oportunidade! Então confiram o que achei de Dewey: Um gato entre livros da Vicki Myron e Bret Witter. 

Esta é uma história real. Vamos conhecer a pequena Spencer, uma cidade no noroeste de Iowa, EUA. E é lá que fica a Biblioteca Municipal de Spencer. Um local muito frequentado pela comunidade e que apoiou a cidade e suas dificuldades ao longo dos anos. Mas, o que deixou a biblioteca famosa no mundo todo, foi a adoção de um gato: Dewey ReadMore Books, o gato da biblioteca. 

Dewey foi achado na caixa de devolução automática de livros, em uma manhã gelada de inverno, em 1988. Vicki, a Bibliotecária-chefe, o encontra quase congelado, tão pequeno e já tão confiante. Todos os funcionários cuidam dele, o aquecem, levam comida, cuidam de suas patinhas com queimaduras de frio. E Dewey se torna o gato da biblioteca local, algo que depois foi aprovado oficialmente pelo conselho da biblioteca. 

Dewey sempre foi um gato especial, ele era muito sociável, muito inteligente e parecia saber o que precisavam que ele fizesse. Ele escolhia um colo diferente para dormir todas as tardes, às vezes de pessoas que nem pareciam gostar de gatos. Tratava as crianças todas com carinho, alternando os colos para evitar ciúmes. Ele cuidava de todos, e parecia perceber quem precisava de um carinho a mais. Ele se tornou um símbolo de amizade e amor para a cidade. Seu jeito calmo, a forma como recebia Vicki na porta da biblioteca todas as manhãs e circulava entre as estantes começou a ganhar fama. 

Primeiro ele apareceu no jornal local, depois teve destaque em jornais e emissoras de rádio da região. E apareceu até em um documentário japonês. Com o tempo Dewey ficou famoso no mundo todo. Pessoas de vários lugares do país viajavam até a cidade só para conhecê-lo e tirar uma foto com Dewey. Ele nunca decepcionava suas visitas. Ele brincava, posava para as fotos, era carinhoso. 

Nos finais de semana e feriados, ele normalmente ia com Vicki para casa. Divorciada, ela criou a filha sozinha e Dewey era uma alegria para as duas. E também um ponto de união, quando a filha se tornou uma adolescente irritada, que quase não conversava com a mãe. Mas o que ele amava, era a biblioteca.  Foi lá que ele viveu por 18 anos, falecendo em 2006 e comovendo toda uma cidade. 

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Dewey é um livro imprescindível para todos os bibliotecários! Além disso é uma história linda, emocionante e que me levou às lágrimas em vários momentos. Como chorei no final! E, claro, para minha vergonha já comum, eu estava lendo no avião hehe. 

Falando primeiro sobre a biblioteca, achei muito interessante a forma como o assunto foi abordado no livro. Uma biblioteca municipal sendo mostrada como muito mais do que um acervo de livros e periódicos catalogados. Em uma época de recessão no Estado, a biblioteca tinha computadores para o público procurar empregos (algo ainda raro à época), ajudava as pessoas a fazer currículos, a procurar vagas. Ela tinha manuais e livros sobre os assuntos que poderiam se tornar uma fonte de renda naquela época. Tinha programação extra para as crianças (já que a maioria das mães precisou começar a trabalhar fora) e as crianças podiam ficar na biblioteca depois que terminasse a escola. Ela cita uma outra biblioteca da região, onde os itens mais emprestados eram formas de bolo em formatos diferentes! Como bibliotecária eu amei ver uma biblioteca tão integrada com as necessidades da comunidade, e onde praticamente toda a população frequentava. 

Agora, para quem ama gatos, é impossível não se apaixonar por Dewey. Como eu me emocionei ao longo de todo o livro com suas atitudes de puro amor, suas brincadeiras e até suas teimosias.  Sabia que o livro provavelmente terminaria com Dewey já idoso falecendo, mas isso não me impediu de chorar horrores quando aconteceu. Mesmo para quem não é assim tão fã dos gatos (não entendo, mas aceito hahaha). o livro mostra um lado incrível dos pets e seu amor incondicional pelas pessoas. 

Eu curti a narrativa, mas achei bastante descritiva em alguns momentos. As partes sobre a crise na região, os problemas da cidade e tal, foram todos descritos com tantos detalhes que cansou um pouco. A vida pessoal da autora também é narrada com detalhes, mas essa parte já me interessou mais, torci muito também pela felicidade de Vicki, que passou por muitos percalços durante sua vida. 

Eu não sei porque não li antes, que livro lindo!! Eu adorei e indico muito, leiam!! 

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