Viagem Literária: The beauty of darkness

PEARSON, Mary E. The beauty of darkness. Rio de Janeiro: Editora Darkside Books, 2017. 576p. (Crônicas de amor e ódio, v.3). Título original: The beauty of darkness.

Cheguei ao final da trilogia Crônicas de amor e ódio da Mary E. Person! A trilogia foi bem criticada na rede, muita gente não curtiu tanto os livros. Eu gostei dos dois primeiros e estava ansiosa para saber como terminava a história. Confiram o que achei de The Beauty of darkness.

Em The Kiss of deception conhecemos Lia, Primeira Filha da Casa de Morrighan, que está destinada a se casar com apenas 17 anos. Um casamento arranjado com o Príncipe herdeiro do Reino de Dalbreck, uma aliança muito esperada pelo reino; mas ela nunca nem conheceu o noivo. Revoltada com a situação, Lia foge no dia da cerimônia. Dois jovens partem em seu encalço. Um é o Príncipe com quem ela deveria se casar. O outro é um assassino, enviado pelo líder de Venda, para matá-la.

A partir daqui contém spoilers se você não leu os livros anteriores!

Lia sobreviveu aos ferimentos que sofreu enquanto fugia de Venda ao lado de Rafe, e enquanto se recupera, eles fogem. O destino é Dalbreck, eles precisam voltar para casa e se organizar para a guerra que virá, afinal, Lia não foi a única sobrevivente. O Komizar está vivo e deseja vingança. Ele quer conquistar Morrighan, e se o reino cair, todos os outros irão em seguida.

Lia deseja voltar para casa, porém, Rafe quer que ela siga com ele para Dalbreck. Afinal, as mentiras dos traidores do reino, colocaram Lia como assassina do irmão, e um preço pela sua cabeça. Lia não tem dúvidas sobre os seus deveres, com Venda e com Morrighan, e pretende voltar e assumir seu papel como Primeira Filha, como uma verdadeira guerreira – e líder.

Ao lado de Lia está Kaden, que abandonou seu reino e seu líder, para ajudar Lia a lutar por um mundo melhor. O coração de Lia está dividido, ela ama Rafe, mas precisa tentar salvar seu reino. Kaden está apaixonado por Lia, mas sabe que o coração dela pertence a outro.

Eles vão precisar sacrificar tudo para sobreviver. Traidores serão caçados e eles precisão lutar pelo futuro dos reinos.

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Terminar séries e trilogias é sempre muito bom, são tantas séries e tantos livros que fico com aquela sensação de dever cumprido rs. Nesta trilogia, eu estava curiosa para saber o que aconteceria, já que existe um triângulo interessante desde o primeiro livro (não do tipo ruim, mas por estarem o príncipe e o assassino atrás de Lia, e nós não sabemos quem é quem). Agora no terceiro já sabemos de tudo, e eu sempre torci por Rafe. Eu gostava de Kaden, mas não ia rolar o assassino de Venda terminar com a herdeira do trono, não fazia muito sentido. Enfim, finalmente acabei e fica aquele sentimento... de decepção! É isso mesmo minha gente, depois de três livros, posso dizer com propriedade: Infelizmente o melhor da trilogia são as capas!

A narrativa é lenta, bem lenta. Isso acontece desde o primeiro livro, e particularmente não me incomoda (vi muitas reclamações sobre isso por aí). Mas depois de tanta lentidão, de tanta ambientação e descrição, o que nós esperamos? Um final decente gente, e isso não rolou.

Falando sobre os protagonistas, eu gosto muito dos três. Lia amadureceu muito ao longo dos livros, foi lindo vê-la abraçando seu dom (uma espécie de sexto sentido apurado que é como uma premonição) e fazendo de tudo para salvar seus dois reinos do coração, Venda e Morrighan. Ela é determinada, acredita em seu caminho e não se arrepende de suas escolhas. Ela faz o possível e o necessário, mesmo com o coração partido depois que seu caminho e o de Rafe, seguem destinos separados por um momento. Rafe é o herdeiro e futuro rei de Dalbreck, ele fará isso com honra, mas fará os sacrifícios necessários, sendo Lia, um deles. Kaden está confuso, depois que abandonou o Kozimar ele se arrepende de muitas mortes que cometeu a mando dele, e não sabe o que fazer em seguida. Ele segue Lia, mas sabe que eles não estão destinados a ficarem juntos. Temos também algumas histórias interessantes com os coadjuvantes, como Pauline, que vira uma narradora importante nesse volume.

A guerra em si foi interessante e tudo o que levou até lá. O conflito em si se resolveu rápido, mas foi legal acompanhar todas as negociações e artimanhas até chegar ao confronto real. Tem também a resolução do mistério que envolve a mãe de Lia, gostei muito de tudo relacionado a isso.

E aí voltamos a bosta do final, não tenho outra palavra para descrever isso! Depois de três livros ENORMES, fica a decepção de um final sem final. [Não tem como explicar isso sem spoilers, se não quiser saber, pule o restante do parágrafo]. Rafe se tornou rei de Dalbreck, solteiro. Lia foi para Venda como rainha, solteira. Os dois estão ah sei lá, uma semana de cavalgada? Não tem como eles casarem ou ficarem juntos. Ai no final Rafe aparece em Venda, os dois dão um selinho e FIM! E FIM! Eles podem se casar? Não, porque não tem como casar a distância, ele precisa de um herdeiro. Ele pode abandonar o reino? Não ele é rei. Ela pode? É rainha, até poderia se a autora tivesse feito isso, mas não fez nada. Fim, acabou! #ódiodefine. Até procurei saber se teria uma bendita continuação, mas não temos nada! E como esse foi lançado no 2016, acredito que não vai ter mais nada.

Enfim, ainda acho as capas maravilhosas rs, mas para quem não começou ainda, enfrentar três livros para esse final... foi um balde de água fria. Quem leu me conte se curtiu! Eu gostei da narrativa da autora, da premissa e dos personagens, não odiei o livro viu gente? Indico com moderação! :P

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Trilogia Crônicas de amor e ódio da Mary E. Pearson: