Com sangue - Stephen King

>>  quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

KING, Stephen. Com sangue. Rio de Janeiro: Editora Suma, 2020. Título original: If it bleeds.


Mais um livro do mestre do terror chega às livrarias e aos sites de e-commerce para nos presentear com quatro contos.

Não tenho muito hábito de ler contos, mas há alguns autores que me fazem querer ler até a lista de compras de supermercado que escrevem. E, sendo King um desses autores, fiquei muito curiosa com este livro e morta de vontade de ler os contos. A capa foi a cereja do bolo, já que não resisto a um gato preto (ou seria um rato? ou um gato que é rato?), rs. Agora vamos conhecer um pouco sobre cada um dos contos de Com sangue? Vem comigo.


O telefone do Senhor Harrigan conta a história de Craig, um garoto que mora em um vilarejo com cerca de 600 moradores. Harrigan, um senhor milionário que se muda misteriosamente para a casa mais bonita da cidade, contrata Craig para ler para ele e regar as plantas de seu jardim, ainda que ele tenha funcionários suficientes para fazer isso. Eles acabam se tornando amigos e, graças a um presente que Craig dá ao senhor Harrigam, a amizade deles vai acompanhá-los muito além da vida.

A vida de Chuck, por sua vez, é um conto sobre um cara que vive na casa de seus avós. Ele tem uma vida tranquila e liberdade para ir aonde quiser, exceto ao sótão da casa. Seu avô afirma que lá habitam fantasmas que, quando vistos, mudam a vida da pessoa para sempre. Chuck vive muito bem até o dia em que entra no sótão. O que ele encontra no sótão? Leia e descubra! (Ou não, rs).

Com sangue, conto que dá título ao livro, é o maior dos quatro contos e traz o retorno de Holly Gibney, conhecida pela trilogia Bill Hodges (Mr. Mercedes, Achados e Perdidos e Último turno). Neste conto, há um atentado terrorista a uma escola, e Holly parece ser a única a desconfiar que determinada pessoa é a responsável pela explosão. Até que um dia ela descobre que não é a única a saber: um senhor a procura e afirma que está há décadas atrás de uma pessoa que, segundo sua teoria, se alimentaria da dor, do terror e da tristeza das pessoas. Para a surpresa de Holly, trata-se justamente da mesma pessoa que, segundo ela desconfia, explodiu a escola.

Rato, o último conto do livro, conta a história de Drew Larson, um escritor que sonha em escrever um romance, mas que só havia conseguido lançar alguns contos e abandonou tantas outras histórias pelo caminho. Sua última tentativa de escrever um romance resultou em um surto nervoso e uma casa quase incendiada. Agora ele tem uma nova ideia para um romance e acredita que não terá mais surto algum. A ideia está ali, limpa, pronta para ser posta no papel. Ele então decide ir para a velha cabana de seu pai no meio do nada para que possa escrever com tranquilidade sua história. Ele deixa a mulher e os filhos em casa e parte para sua jornada de escrita de um novo livro. Tudo corre muito bem e o livro está indo de vento em popa. Até que tudo começa a dar errado. Mas Drew não está disposto a abrir mão de seu livro desta vez. Ainda que isso o leve à loucura, ele fará qualquer coisa para terminá-lo.


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Sempre gostei de ler contos aos poucos para saborear a leitura e poder absorver melhor aquelas poucas, mas, em geral, arrebatadoras páginas. Com este livro não foi diferente. Cada conto mais impactante que o outro! Mas, é claro, sempre tem uma ordem de preferência, né?! Para não contaminar seu julgamento na hora da leitura, digo apenas que meu favorito foi o que dá nome ao livro, mas meu personagem favorito não está neste conto, e sim no primeiro, rs.

Sim, este ano estou pensando em criar uma nova categoria de premiação ao final do ano: Prêmio Camaradagem Literária, de tantos vovôs fofinhos e engraçados que ganharam meu coração. Então, o prêmio de personagem favorito neste livro vai para o Senhor Harrigan.
Na maioria das vezes, eu não sinto medo ao ler um conto ou um livro de terror. Sinto muito nojo, asco, arrepio, mas medo mesmo, muito pouco ou nenhum. Não considero isso um ponto negativo. Acho que a história pode nos proporcionar tantas sensações, que nem sinto falta do medo (até prefiro não sentir, rs). 

Com este livro também foi assim. Fiquei numa angústia danada em alguns casos, desesperada em outros, morrendo de nojo aqui e ali. Não importa como, fato é que King nos faz entrar nas histórias de uma forma que não tem como ficar insensível, ainda que não se sinta medo propriamente dito. O que acho mais legal dos contos dele é que, ao contrário de tantos que leio por aí, a história tem início, meio e fim. É uma história tão completa e somos levados com tanta força para a história, que quando termina parece que lemos um livro de 300 páginas. Mas com isso eu não quero dizer que é moroso ou difícil de ler, e sim que é completo. 

Acho interessante também que em alguns contos ele repete algumas referências de outros e alguns objetos e ditados. Não vou entrar em detalhes para não estragar a graça de procurar por eles ao longo do livro, rs. Algumas referências musicais eu curti bastante! Sempre que tem alguma, eu gosto de procurar para ouvir enquanto leio.

Achei ainda mais legal que, no final, tem uma "Nota do autor" em que King conta (tentando ser sincero, segundo ele) de onde tirou a ideia para cada conto. Achei muito bacana e divertida a nota, que fez os contos ficarem ainda mais interessantes.

Assim, indico para todo mundo que curte Stephen King. Para quem não leu nada do autor, eu não sei se é uma boa pedida ler o conto Com sangue, já que ele conta a história de um personagem de uma trilogia lançada anteriormente
você corre o risco de tomar um spoiler (que eu mesma tomei, já que quem leu e resenhou a trilogia foi a Nanda, rs). Tirando essa pequena ressalva, indico para todo mundo! Leiam! 


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