Escrevi isso pra você - Iain S. Thomas
>> sexta-feira, 19 de outubro de 2018
THOMAS, Iain S. Escrevi isso pra você. Rio de Janeiro: Sextante, 2018. Título
original: Wrote this for you.
“Não
gosto de poemas”. Sim, essa frase era minha. Dizia aos quatro ventos, a quem
quisesse ouvir. Um dia, despretensiosamente, solicitei “Escrevi isso pra você”
em e-book, sem, mais uma vez, ler nada da sinopse do livro. Que tolinha. Estava
bem na cara, digo, bem na capa. Eram poemas. Poemas que mudaram a minha vida.
Escrevi
isso pra você é uma coletânea de poemas contemporâneos sobre os diversos
momentos do amor: a paixão, o encantamento dos primeiros tempos, o lento
afastamento, a solidão a dois, a dor do fim e a esperança de novos começos.
Reunindo
mais de 200 textos divididos em quatro partes – Sol, Lua, Estrelas e Chuva –, o
poeta sul-africano Iain S. Thomas combina palavras profundas e intensas com
fotografias frias e impessoais. O resultado é um livro que provoca uma explosão
de sentimentos perturbadores e conflitantes, mas totalmente familiares a
qualquer pessoa que já tenha amado e sofrido pelo menos uma vez.
___________
Não
é possível resumir este livro. Em se tratando de poemas, o que nos resta é
propagar toda a beleza dos textos e seus significados.
Alguns
dos textos guardam relação com o título de cada uma das quatro partes em que o
livro é dividido, mas não são todos.
Além
disso, os poemas vêm acompanhados, cada um deles, de uma imagem. Em alguns
casos, fica evidente a conexão entre texto-imagem. Em outros casos, é preciso
olhar um pouco mais de perto, analisar.
Fiquei
chateada pelo fato de no Kindle as fotos aparecerem sem cor, mas se não tem
outro jeito...
De
qualquer modo, não tem como não se emocionar, não se pegar concordando, se
identificando, sorrindo para o texto, imaginando que o autor escreveu o poema
para você.
Em
alguns momentos, visualizei um romântico escrevendo um texto inspirado sobre a
pessoa que ama, mas confesso que em alguns poucos casos identifiquei algo de
divino no poema, no sentido literal da palavra.
Fiquei
tocada, arrebatada e chorei algumas vezes. Fiquei impressionada como textos tão
curtos podem chegar tão longe dentro da gente.
Adicionei
algumas notas em alguns textos que tenho vontade de reler e reler, até não
esquecer mais. Já me adianto e indico todos, claro, mas em especial: Os filhos
do tempo, a bibliografia dos fios, O aceno e a piscadinha, O dia em que você
leu isto.
É
uma ótima pedida para dar de presente, inclusive para aqueles que, assim como
eu, não sejam muito chegados em poemas. É o presente certo para você deixar de
interpretar o mundo como clichê, para passar a entendê-lo como poético. Leiam!
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