A rosa da meia-noite - Lucinda Riley

>>  segunda-feira, 13 de outubro de 2025

RILEY, Lucinda. A rosa da meia-noite. São Paulo: Editora Novo Conceito, 2014. 576p. Título original: The midnight rose.

"Completo cem anos de idade hoje. Não apenas consegui sobreviver por um século como vi nascer um novo milênio." p. 11

Esse é um dos livros mais antigos da Lucinda Riley, e ficou parado muitos anos aqui na estante. Eu adoro seus romances históricos, mas não curto tanto assim os contemporâneos, então é sempre uma dúvida se vou gostar. Confiram o que achei de A rosa da meia-noite!

Jaipur, Índia, 1911
Anahita Chavan perdeu o pai muito cedo, e embora sua família fizesse parte da nobreza, ela e a mãe ficaram muito pobres. Aos 11 anos ela é convidada para se mudar para o Palácio de Cooch Behar para fazer companhia para a Princesa Indira, a filha mais nova do marajá. Elas se tornam melhores amigas e vão passar juntas por todo o tipo de aventura (e desventuras). 

Alguns anos depois, quando Indira, apesar dos seus protestos, é enviada para estudar em um colégio interno na Inglaterra, Anni vai com ela. Inteligente, ela ama a escola e adora aprender, é uma oportunidade que nunca teria em sua vida.

Durante a Primeira Guerra Mundial, para sair de Londres, elas viajam para o interior e ficam hospedadas em uma casa que pertence à nobreza. Ashbury Hall era o lar da família Astbury. A viúva Maud Astbury vivia na casa com os filhos, Lady Selina e o herdeiro Lord Donald Astbury. A casa era linda e gigantesca. Cabia a Donald escolher uma esposa rica para dar continuidade ao legado do pai.  Enquanto aos poucos, Anni se apaixona por ele, Indira está prometida a um marajá idoso desde que nasceu, e obviamente, tem outros planos e pretende se casar apenas por amor. 

Londres, 2011
A atriz americana Rebecca Bradley, chega às locações do seu próximo filme. A imponente Astbury Hall é o cenário para o filme de época que irão fazer, ela também ficará hospedada no local. Na casa vive o solitário Lord Anthony Astbury, que logo se interessa pela bela Rebecca.

A viagem repentina para outro país veio em um bom momento, seu namorado, o famoso ator Jack Heyward pediu sua mão em casamento, mas o comportamento dúbio de Jack, suas bebedeiras e uso constante de drogas fez com que ela não aceitasse o pedido e pedisse um tempo para pensar. Mas no dia seguinte, o noivado é anunciado em todos os tabloides, ela viaja sem dar nenhuma declaração e tem evitado Jack e seu agente.

Passado e presente se encontram, quando Ari Malik chega à propriedade. Neto de Anahita Chavan, ele está investigando a história de vida da avó, um pedido que ela lhe fez antes de morrer. Anahita afirma que seu filho, dado como morto na infância, viveu ainda por muitos anos sem que ela nunca tenha descoberto o que aconteceu. Ari então mergulha na história de vida da avó e pretende descobrir a verdade. 

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Aconteceu o que SEMPRE acontece quando leio livros da autora que alternam presente e passado... Eu amo a história do passado, os personagens, a ambientação, o romance; e acho a história do presente sem sal, sem química e corrida hehe.  

Amei Anni, Indira e todos os personagens da história do passado. Amei ler um romance ambientado na Índia do século XX, toda a riqueza dos marajás e a cultura tão diferente. Uma das coisas engraçadas, é que na história um dos personagens acha super normal ser apenas amante de uma pessoa (afinal na Índia um homem não tinha muitas esposas? hehe). A história é linda, trágica, prende do início ao fim.

Já no presente, eu gostei de Rebecca e gostei da conexão criada entre as duas histórias. Porém achei o romance completamente forçado, corrido e sem química alguma. Achei também o final corrido ao que se refere ao Lord Anthony e tudo o que aconteceu depois. Faltou algo e eu lia o presente doida para a narrativa voltar para Anni e sua história, que protagonista incrível. 

[ALERTA DE SPOILERS] No passado, Anni e Donald se apaixonam. Ele lutou na guerra e ela trabalhou como enfermeira, eles se correspondiam bem antes de se envolver. Mas, claro, a mãe dele arma para que ele se case com uma herdeira americana. E Anni, sem saber que estava grávida dele, viaja para a Índia para ajudar Indira. Quando ela volta, após se recuperar de uma longa doença, descobre que ele já está casado. Ele a encontra e leva ela e o filhinho deles para viver em um chalé próximo da mansão. Anni fica vivendo ali como amante dele, e mesmo sem querer, acaba amiga da esposa dele. Só que a moça morre no parto, e a bruxa da mãe dele e o médico colocam a culpa em Anni. Ela é presa, e depois, é informada de que Donald e seu filho também morreram. Desconsolada, ela volta para a índia, onde descobre que estava de novo grávida. Ela nunca acreditou que o filho morreu, mas viveu até os 100 anos sem ter ideia do que aconteceu com ele. [ FIM DOS SPOILERS]

Então eu curti a leitura, mas esperava mais. Para mim os livros da Lucinda podiam ser todos só romances históricos. Até a série, As sete irmãs, que todo mundo ama, eu gostei bem mais da parte histórica em todos os livros.

Quem leu me conte se curtiu!! 

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Avaliação (1 a 5): 3.5

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