Liberta-me - Tahereh Mafi

>>  sexta-feira, 22 de novembro de 2013

MAFI, Tahereh. Liberta-me. São Paulo: Editora Novo Conceito, 2013. 444p. (Estilhaça-me, v.2). Título original: Unravel me.

“Eu caio para trás, aninhando meu punho direito em meu peito e tentando me lembrar de que não sou um monstro, não preciso ser um monstro, não quero machucar as pessoas não quero machucar as pessoas não quero machucar as pessoas
E não está funcionando.
Porque é tudo mentira.
Porque essa era eu tentando ajudar.
Olho ao redor.
Para o chão.
Para o que eu fiz.
E entendo, pela primeira vez, que tenho o poder de destruir tudo.” p.65

Eu adorei o primeiro livro da trilogia, Estilhaça-mee não via a hora de ler a continuação. Sou fã de distopias e achei aqui tudo muito diferente, os poderes de alguns personagens, a situação delicada e enlouquecedora da protagonista. Hoje vou contar como continua a série com Liberta-me da Tahereh Mafi.

Em Estilhaça-me conhecemos Juliette, uma moça de 17 anos que está trancafiada a quase um ano sem ver nem falar com ninguém. E muito antes disso, ela já tinha deixado de saber o que era o toque de um abraço, um carinho, ter amigos. A menina nasceu com um dom que nunca conseguiu explicar nem controlar, seu toque é mortal e faz com que seus próprios pais a entreguem para o governo. No seu desespero Juliette fica assustada e encantada quando ganha um colega de cela, o lindo Adam. Ela também conhece Warner, um dos membros do governo, do Restabelecimento. Ele quer controlá-la, ela precisa lutar por Adam e por sua liberdade.

A partir daqui contém spoilers se você não leu Estilhaça-me.

Juliette vive agora no Ponto Ômega, o quartel da Resistência, e ela precisa treinar para a guerra, precisa melhorar suas habilidades e lutar contra o poder do Restabelecimento. Adam está com ela, mas eles quase não se veem, ele fica o tempo todo treinando e em missões, e quando estão juntos o tempo é sempre muito curto. Juliette vê como todos olham para ela com medo, como continua tão sozinha e tão fraca e tão tão perdida. Ela tenta não pensar em Warner, na fascinação que sente ao se lembrar do toque dele, o toque. Ele pode tocá-la, e ela não conseguiu contar isso para Adam nem para ninguém. Ela deveria odiá-lo, odiar tudo que Warner representa, mas não consegue.

Juliette conhece muita gente nova no Ponto Ômega, mas mesmo com toda a insistência de Castle, ela se recusa a sair do quarto e participar das refeições com todos os outros. O único que consegue tirá-la de lá é Kenji, o queridinho de todos. Com seu jeito descolado e divertido, Kenji é uma das peças mais importantes da Resistência, seu dom de invisibilidade é muito útil na guerra.

Se Juliette não dominar seu grande poder, ela pode ser inútil no momento mais importante, a batalha se aproxima. Ela sabe que está prestes a reencontrar Warner, mas os desdobramentos deste encontro, ninguém foi capaz de prever.

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Começa muito mimimizento, tão chato que eu custei para conseguir mergulhar na historia. No primeiro livro eu entendi todo o drama, a solidão e a confusão de Juliette. Ela tinha motivo para ser insegura, para se sentir perdida, para ter todos os sentimentos a flor da pele. Aqui eu esperava que ela estivesse feliz, ela conseguiu fugir do Restabelecimento, estava com Adam, com um monte de gente tentando ajudar e ensinando a menina a lutar. Falando com ela, ei, não é só você que é assim, aqui tem um monte de gente que sofreu também por ter poderes estranhos. E ela lá, ahh como eu sou infeliz, como eu sou um monstro e etc e tal. Fiquei com tanta preguiça. Depois do início chato melhora muito, quando a ação realmente começa e outros personagens ganham destaque.

O triangulo amoroso se consolida. Agora está tudo bem claro e o triangulo aqui é forte, capaz de dividir a opinião dos leitores. Adam é um fofo, no primeiro livro eu estava balançada por ele, mas eu virei a casaca completamente hehe. Warner rouba a cena e é o melhor personagem do livro, perto dele Adam vira o... Stefan perto do Damon sabem? rs. Desde o conto, Destrua-me, eu já sabia que Warner viria com tudo na luta pelo coração de Juliette. E ela quer odiá-lo, por Adam, sabe que deve temê-lo, mas não consegue ficar muito tempo longe. E quem conseguiria?

A distopia ganha mais visibilidade. Não tanto quanto deveria, mas aqui conhecemos o temido Anderson, pai de Warner, e vemos um pouco mais do cenário do Restabelecimento. Ainda é tudo muito nebuloso e a trama é realmente concentrada nas pessoas e nos sentimentos.

Eu esperava mais do poder de Juliette, ela tem muito potencial, mas ainda não foi explorado. Warner rouba as cenas, tanto por ser o personagem mais bem construído, quanto pelo que se revela no final. Não gostei tanto como do primeiro livro, mas continuo empolgada com a trilogia.

Se você é fã de distopia, poderes sobrenaturais e muito romance, leia!

Trilogia Shatter me  de Taheref Mafi
  1. Estilhaça-me (Shatter me)
  2. Liberta-me (Unravel me)
  3. Incendeia-me (Ignite me)
Contos:
1.5 Destrua-me - exclusivo em e-book (Destroy me)
2.5 Fragmenta-me - exclusivo em e-book (Fracture me)


Avaliação (1 a 5):

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