True - Erin McCarthy

>>  quarta-feira, 4 de março de 2015

MCCARTHY, Erin. True. São Paulo: Editora Verus, 2015. 260p. (True Believers, v.1). Título original: True.

“Foi aí que eu percebi que seria muito fácil me apaixonar por Tyler Mann.
E que, se eu não quisesse que o meu coração fosse partido em um milhão de pedaços, eu precisava ser muito, muito cuidadosa para não fazer isso.” p.121

Erin McCarthy tem vários livros publicados nos EUA, mas com exceção de alguns romances de banca, este é seu primeiro livro de livraria lançado no Brasil. A série independente True Believers vai contar a história de quatro amigas que estão na faculdade. Hoje conto para vocês o que achei do primeiro volume, True.

Rory Macintosh, 20 anos, estuda medicina e divide o quarto com duas amigas, Jessica Kylie. Ela era a menina certinha, a estudiosa, tímida, que ficava na sua, enquanto as amigas estavam sempre cheias de caras ao redor e curtindo muitas festas. Arrastada por elas, Rory acaba indo ao apartamento de alguns caras. E depois de tomar várias cervejas conta para as amigas que era virgem. Rory nunca tinha namorado, deu alguns beijos, mas se achava sem graça, não era o tipo de menina que chamava atenção. As amigas, claro, logo pensaram em uma forma de “resolver esse problema”.

Elas contratam um de seus amigos e “P.A.” (me recuso a explicar a sigla rs) de Kyley para “fazer o serviço” sem o conhecimento de Rory. Tyler Mann, 22 anos, é o bad boy tatuado e cheio de problemas. Ele sabe que não é bom o suficiente para Rory, ela é brilhante e tem uma ótima carreira pela frente. Enquanto Tyler estuda para ser paramédico, pois é um curso mais rápido que lhe garantirá um emprego; que ajude a tirar os dois irmãos mais novos da guarda da mãe drogada. Mas ele acaba aceitando a proposta, como uma forma de se aproximar de Rory.

Rory nunca sentiu por ninguém o que sente por Tyler, mas sabe que se envolver com ele é um risco. Um cara como ele, não iria querer nada com alguém sem graça como ela. Os dois estão dispostos a jogar com as possibilidades, mas quando tudo fica complicado, eles precisam decidir quais riscos podem realmente correr.


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Um livro que começa com a frase “Ficar bêbada não estava nos meus planos para a noite de sexta. Nem admitir para minhas colegas de quarto, Jessica e Kylie, que eu era virgem”, precisa ser muito bom para superar o clichê intragável, jogado goela abaixo sem nem uma preliminar rs. E este foi, apenas, legal.

Olhando pelo lado positivo, pelo menos não tem um triangulo amoroso nem nenhuma ex peguete vaca dando em cima do cara, ou uma melhor amiga do mal. As meninas são legais, os dois protagonistas não estão na pista pegando mais ninguém. Agora, as autoras desse estilo costumam seguir duas vertentes: garota linda que todo mundo quer X garota virgem que ninguém quer. :P

A virgem que ninguém quer. Eu sei que eu fiz um Viaje comigo inteiro falando sobre ser paciente com as protagonistas e entender seus problemas. Mas a Rory está na categoria “jeito Bella de ser”. Gente, não tem justificativa... tá, a mãe dela morreu de câncer quando ela era criança e o pai é meio introspectivo. Ok, no início dá para entender. Mas a menina é super inteligente, estudante de medicina, tem duas amigas populares e se acha o cocô do cavalo do bandido. Ela fica o livro TODO tentando descobrir o que Tyler viu em alguém como ela, que ele podia ter qualquer menina que quisesse.

O cara que podia ter qualquer menina que quisesse. Ele é o clichê masculino, bad boy, lindoo, gostosooo... e ferrado. Muito ferrado. Ele não é louco como o Travis, traumatizado como o Lucas ou revoltado como o Noah, mas bem que poderia ser. Ele tem um irmão mais velho que trabalha com construção civil, para ajudar a pagar sua faculdade e futuramente cuidar melhor da família. Tem dois irmãos mais novos, um com síndrome de down e uma mãe completamente drogada, que agride os meninos, bate nele, gasta todo o dinheiro da pensão em drogas. Ele tem uma casa caindo aos pedaços, dívidas, responsabilidades. Tyler é ótimo, mesmo. Seus irmãos mais novos são uma graça. Eu gostei muito do personagem, ele é maduro, focado, fofo com a Rory... mas daí ela achar que ele é muita areia para o caminhãozinho dela?!

Voltando a Rory, apesar disso ela ganhou pontos comigo por ser mais decidida e não ficar de enrolação. Responde na lata tudo que ele pergunta, não faz jogos, não tenta sair correndo, ela conversa e tenta resolver. Sabe o que quer e corre atrás, não desiste, mas quando precisa se afastar segue em frente, não fica implorando atenção.

O enredo é bom, a escrita da autora é ok, não gostei tanto quanto outros do estilo, mas a narrativa flui de forma agradável. Algumas coisas foram muito mal desenvolvidas, tem uma cena tensa de uma tentativa de estupro e na continuidade todos tratam isso com muito pouca importância. Outra coisa legal é que a parte sexual não é muito cansativa, não achei exagerada como em alguns do estilo. Já o final foi bem seco, realista, mas faltou um ápice mais romântico, algo que deixasse o leitor curioso para ler o próximo livro, que vai contar a historia da Jessica.  

Resumindo o papo, eu gostei da leitura, me diverti e indico para quem é fã de New Adult. Gostei especialmente dos irmãos de Tyler, muito fofos. Mas para quem não vai ler todos que estão saindo do estilo, têm outros livros melhores. Quem leu me conte o que achou?

Adicione este livro ao seu Skoob!

Série True Believers da Erin McCarthy
  1. True (True) – Rory e Tyler
  2. Sweet (os demais ainda não lançados no Brasil)
  3. Believe
  4. Shatter.

Avaliação (1 a 5):

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