Stalker - Lars Kepler

>>  segunda-feira, 16 de dezembro de 2019


KEPLER, Lars. Stalker. Rio de Janeiro: Editora Alfaguara, 2019. 560p. (Joona Linna, v.5). Título original: Stalker.

“Um Stalker sempre desenvolve em sua imaginação um relacionamento com sua vítima, um relacionamento que eles se convencem de que é real e recíproco. ” p.475

Lars Kepler é o pseudônimo de um casal sueco que escreve essa série intrigante. A série de ficção policial Joona Linna, teve seus dois primeiros livros lançados aqui pela Editora Intrínseca: O hipnotista e O pesadelo. Infelizmente o terceiro livro não foi lançado (continuo na torcida), depois saiu o quarto livro, O homem de areia, pela Editora Alfaguara. Confiram o que eu achei de Stalker!

O hipnotista e O pesadelo eram livros razoavelmente independentes. Porém O homem de areia termina com uma reviravolta chocante e esse livro é diretamente ligado a ele. Além disso, um dos protagonistas de O hipnotista está de volta neste livro. Portanto, pode conter spoilers dos livros anteriores.

Margot Silverman é detetive no Departamento Nacional de Investigação Criminal de Estocolmo. Grávida mais uma vez, e perto de ter o bebê, ela segue trabalhando e se dedicando a desvendar mais um crime. Depois que Joona Linna, o detetive mais famoso do departamento, desapareceu e foi dado como morto, ela é a nova especialista em assassinos em séries, assassinos-relâmpago e stalkers. E agora, assume seu primeiro caso, e tem certeza que está diante de um serial killer.

Tudo começa quando eles recebem o link de um vídeo, onde alguém parece filmar escondido uma mulher em seu quarto, vestido uma meia-calça. Ela não percebe que está sendo vigiada e a polícia não sabe quem é a mulher. Até Maria Carlsson aparecer brutalmente assassinada em sua casa.

Quando um segundo vídeo é enviado para a polícia, eles começam a se desesperar. Nada no vídeo mostra quem é a mulher desconhecida, eles têm pouquíssimo tempo para identificar e salvar a mulher, uma tarefa impossível. Após o segundo assassino, o marido da vítima precisa ser hospitalizado. E Margot precisa de ajuda para que ele consiga dar seu testemunho. Erik Maria Bark é psicólogo e um famoso hipnotista, ele é chamado para ajudar com o marido da vítima. O caso vai ficando mais complexo e violento, a polícia não consegue avançar na investigação.

A policial Saga Bauer é a única que acredita que Joona Linna ainda está vivo, e para trazê-lo de volta ela precisa provar que matou Jurek Walter, o assassino que perseguia a família de Joona há anos. Será que ele está vivo? E será que esse enigma pode ser resolvido sem ele?

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Essa série só foi melhorando com o passar dos livros, O homem de areia ainda é meu favorito, mas terminou de forma chocante, com o protagonista dado como morto. Então eu já comecei a leitura curiosa e torcendo para eles estar vivo (afinal, quem mata o protagonista da série? Rs). E o começo foi angustiante, com o livro sendo narrado por Margot e sem nem citar o Joona, a não ser como “o falecido Joona Linna”, quase morri de angústia!

Esse então começa bem diferente, outros personagens, uma narrativa no presente que se alterna entre vários deles. Temos Margot, a nova detetive; Adam, o parceiro dela que enfrenta problemas no casamento; Saga que tenta achar Joona e Erik, que está de volta. Erik foi um dos personagens principais de O hipnotista e depois não apareceu mais. O personagem é complexo, nunca gostei muito dele. Gostei de reencontrá-lo aqui, mais humano e mais confiável, apesar do seu vício com medicamentos controlados. Ele tem uma personalidade meio dúbia, eu nunca confiei muito nele, embora não achasse que fosse o assassino. Saga não tem muito destaque nesse volume, uma pena, gosto muito dela. 

A narrativa é boa, flui bem. Mas acho que os autores são falham um pouco na construção da trama. Todo mundo narra algum parágrafo, todo mundo! Os policiais, as vítimas, Erik, os coadjuvantes todos, enche o saco essa troca de narrativa o tempo todo. É uma forma simplista de desvendar os mistérios todos. Achei que Adam foi esquecido no churrasco, acontece algo terrível com ele e depois nem falam mais nisso, espero que ele volte no próximo livro. Margot também recebeu bem menos destaque do que merecia, a personagem tinha gabarito para ser protagonista.

Sofri horrores por Joona; foram páginas e páginas sem saber o que tinha acontecido com ele, fiquei feliz quando finalmente isso ficou resolvido, apesar de ter sofrido com os desdobramentos, coitado! Mas não vou contar tudo aqui rs.

A capa não representa o conteúdo do livro, a capa original é bem mais interessante. 

Durante o livro fui tentando desvendar os mistérios e descobrir o assassino, logo ficou claro que tinha haver com Erik, mas eu não sabia quem podia ser. Desconfiei de uma pessoa, e errei feio. Porém, nisso, o final do livro não me ganhou. O melhor de um bom policial é quando se revela o assassino e você pensa que aquilo faz sentido! Você lembra de pistas ao longo do livro que você não percebeu, aí sim é algo fenomenal. Aqui não, eles pegam alguém que não demonstrou em hora nenhuma nada de errado, alguém completamente tranquilo e racional, a não ser por um leve interesse no Erik, e de repente essa pessoa é um psicopata louco e desequilibrado. Não me convenceu, só por isso eu não amei.

Mais uma vez o final foi angustiante e eu vou ficar sofrendo pelos personagens até o próximo livro, espero que lancem por aqui!!

Apesar dessa parte do “quem matou” não ter me convencido, eu adorei a leitura! Adoro ficção policial e estou sempre atrás de novos livros do gênero. Quem leu me conte se gostou, leiam!!

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Série Joona Linna de Lars Kepler
  1. O hipnotista (The hypnotist)
  2. O pesadelo (The nightmare)
  3. The fire witness (ainda não lançado no Brasil)
  4. O homem de areia (The Sandman)
  5. Stalker (Stalker)
  6. The rabbit hunter (os demais ainda não lançados no Brasil)
  7. Lazarus.
Avaliação (1 a 5): 4.5

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