Amor verdadeiro na livraria dos corações solitários - Annie Darling

>>  quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

DARLING, Annie. Amor verdadeiro na livraria dos corações solitários. São Paulo: Editora Verus, 2018. 336p. (A livraria dos corações solitários, v.2). Título original: The true love at the lonely hearts bookshop.

“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, em posse de uma boa fortuna, deve estar em busca de uma esposa. ” (Orgulho e Preconceito)

A pequena livraria dos corações solitários foi o primeiro livro dessa série de chick-lit da Annie Darling. Livros leves, divertidos, com romance e muitos livros envolvidos. O segundo livro segue a mesma linha, confiram o que achei de Amor verdadeiro na livraria dos corações solitários.

Verity Love, 27 anos, é uma das funcionárias da Felizes para sempre, a livraria de Posy (protagonista do livro anterior), especializada em ficção romântica. Desde que foi reinaugurada a livraria vai de vento em poupa, o que significa muito mais trabalho para todos, principalmente para Verity. Ela que cuidava de toda a parte financeira e administrativa do negócio, vivia tendo que colocar limites em Posy e controlar os gastos. Mas embora fosse ótima para isso, era péssima em todo o resto do negócio. Ela odiava todas aquelas pessoas e preferia morrer a ter que atender um cliente.

Ela era vista como tímida ou solitária, mas não era isso, Verity era uma pessoa que gostava de paz e sossego, e odiava multidões. Ela precisava de seu tempo de descanso do mundo, achava tudo barulhento demais. E estava muito feliz solteira, morando com seu gato, e dividindo o apartamento em cima da livraria com Nina, a outra funcionária da livraria. O problema é que suas amigas e suas quatro irmãs, insistiam em achar homens para ela. E para se livrar de todo esse infortúnio de encontros arranjados, ela inventou o namorado perfeito.

Sendo filha de um vigário em uma cidade pequena, e tendo quatro irmãs em uma casa que vivia lotada de gente, ela apreciava a quietude e a organização de sua vida. Quando suas amigas pressionam para conhecer Peter Hardy, o oceanógrafo que só existia em sua imaginação, ela acaba tendo que apresentar um desconhecido como seu namorado! E aí sua vida se torna muito complicada...

“São muito poucos os que têm coragem o bastante para se apaixonar de verdade sem um incentivo. ”

Johnny True é um arquiteto lindo, solteiro e bem-sucedido. Mas ele tem um amor secreto e afirma que vai amar para sempre essa mulher, mesmo o relacionamento sendo impossível. E, claro, todos os seus amigos querem arrumar boas moças para ele. Ou seja, para os dois, ter um namorado falso viria bem a calhar. Eles começam então a sair e ir em vários eventos juntos, tendo apenas uma certeza, eles não irão se apaixonar.

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Leitura leve e divertida, li bem rápido e adorei a confusão toda dessa turma. Uma livraria só de romance, muitos livros e uma protagonista fã de Orgulho e preconceito. O cenário é uma delícia e me diverti muito lendo. Porém é um livro despretensioso, as vezes um pouco raso e poderia ser melhor desenvolvido.  Os livros são praticamente independentes, mas o casal anterior aparece bastante nele. É daqueles onde cada livro contará a história de um deles, mas onde todos estão bem ligados.

Eu gostei bem mais do casal, Verity e Johnny, do que do casal do livro anterior. Verity é uma fofa, tentando ficar na sua, ao mesmo tempo que não quer decepcionar as pessoas que gosta. Da uma pena dela toda desajeitada socialmente, achando que é melhor ficar sozinha depois de um relacionamento no passado que não deu certo. Adorei o gato gordo e fominha dela, e sua família maluca. São quatro irmãs, a mais velha, Con, prestes a se casar e uma loucura total. Johnny é aquele estereótipo de homem perfeito; lindo, bem-sucedido, solteiro. Porém, ele ama loucamente uma mulher com quem não pode ficar, e está de coração partido há dez anos.

Apesar de tudo isso garantir cenas fofas e muito divertidas, a parte relativa a Johnny foi bem forçada. Ele amava a ex-namorada, que o largou e casou com seu melhor amigo há dez anos, e a mulher era um porre! Ela usava Johnny e seu sentimento para encher o seu ego, mas sem jamais cogitar em deixar o marido. Era meio que um amor platônico que dura uma década, meio difícil de engolir. Com as mulheres praticamente se jogando em cima dele? Bem inacreditável que ele seria tonto e lerdo desse jeito por tantos anos. Se você acha que já fez papel de trouxa na vida, é que não conheceu Johnny rs.

Como no livro anterior, o que perdeu pontos comigo foi o romance não acontecer realmente até as últimas páginas. E o final ser muito corrido. O desenvolvimento dos personagens poderia ser melhor, Verity, por exemplo, que tem uma fobia social, passa o livro todo indo a trocentas festas e eventos, para depois sair correndo e se trancar em algum lugar sozinha para se recuperar. É assim no começo e no final do livro também, várias outras coisas poderiam ser melhor exploradas. 

Adorei as várias frases de Orgulho e Preconceito e de outros romances de época sendo citados o tempo todo. Não é a melhor leitura do ano, mas é uma trilogia fofa e divertida, para quem gosta de romances leves e despretensiosos. Leiam!

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Série A livraria dos corações solitários da Annie Darling:
  1. A pequena livraria dos corações solitários (The little bookshop of lonely hearts)
  2. Amor verdadeiro na livraria dos corações solitários (True love at the lonely hearts bookshop)
  3. Loucamente apaixonada na livraria dos corações solitários (Crazy in love at the lonely hearts bookshop)
  4. A winter kiss on Rochester Mews (ainda não lançado no Brasil).

Avaliação (1 a 5): 3.5

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