Todo mundo que vale a pena conhecer - Lauren Weisberger

WEISBERGER, Lauren. Todo mundo que vale a pena conhecer. 5ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010. 496p. Título original: Everyone worth knowing.

“Apesar de saber que deveria estar mais em pânico, o último mês na realidade tinha sido bastante bom. Eu pretendia contar a todo mundo sobre a demissão, mas quando chegou a hora de realmente dar os telefonemas, fui tomada por uma combinação avassaladora de tédio, preguiça e inércia. Não era como se eu não pudesse contar às pessoas que tinha pedido demissão — era só uma questão de discar e anunciar —, mas o esforço de explicar meus motivos para ir embora (nenhum) e discutir meus planos (inexistentes) parecia opressivo demais cada vez que eu pegava o telefone.” p.54

Lauren Weisberger ficou conhecida com o  "O Diabo Veste Prada", ainda mais depois do sucesso da adaptação cinematográfica, um dos filmes que a gente nunca cansa de assistir. A autora não tem publicado nos últimos anos, mas este era um dos livros antigos parados na estante. Confiram o que achei de Todo mundo que vale a pena conhecer!

Bette Robinson tem 27 anos e uma vida extremamente estressante e monótona. Seu namoro acabou faz algum tempo, e ela trabalha exaustivamente em um banco de investimentos, cumprindo uma carga horária média de 80 horas semanais! Além disso, tem que aturar um chefe horrível e não pode nem almoçar em paz. Até que em um momento de raiva, ela pede demissão! 

Sem nenhum plano e sem se preocupar muito, apesar do seu dinheiro estar acabando rapidamente já que viver em NY é caríssimo, ela passa dias à toa, vendo TV, e passeando com sua cachorrinha. Até que seu tio, Will, um colunista famoso e conhecido por todo mundo, a indica para uma vaga trabalhando como relações públicas. Ele sabe que a sobrinha tem potencial, e só precisa achar seu caminho. Will mora com o companheiro, Simon, e é o grande apoio de Bette, já que seus pais moram no interior. 

E é assim que Bette muda totalmente sua carreira e começa a trabalhar com Kelly na empresa de RP mais conhecida de NY. Bom, na prática ela continua trabalhando em horários loucos, mas agora ela precisa ver e ser vista, conhecer realmente "quem importa" na cidade. E precisa rapidamente mudar seu guarda-roupa, composto basicamente por terninhos feios de trabalhar.

Ela cai de paraquedas em boates badaladas, festas exclusivas e eventos que viram a noite. Conhece muitos famosos, entre eles, Philip Weston, um advogado e herdeiro inglês lindíssimo e um dos solteiros mais desejados da cidade. O problema é que depois de uma balada, Bette acaba dormindo na casa dele, e mesmo sem ter acontecido nada, isso aparece em um tabloide e, de repente, todos acham que eles estão namorando. E sua nova chefe, ama a publicidade, então ela acaba deixando rolar. Mesmo achando o cara um babaca, que na verdade, parece ter muito pouco interesse nela se não estiver sendo fotografado. 

Sua melhor amiga, Penelope, estranha bastante seus novos amigos e o comportamento da amiga. Mas com seu noivado recente com Avery (que Bette odeia e acha um canalha, mas não pode falar nada), sobra muito pouco tempo para as duas se encontrarem. Pen continua trabalhando no mesmo banco em que Bette trabalhava. Já o outro melhor amigo das duas, Michael, trabalha demais e também acaba mais afastado. 

Bette logo se destaca na agência, o que não deixa todos seus colegas tão felizes, e começa a organizar eventos exclusivos para clientes famosos. Mas será que esse novo mundo, tão fútil e vazio, é realmente para ela? Uma garota do interior que ama romances de banca e espera seu príncipe encantado? 

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O estilo é bem parecido com "O diabo Veste Prada", com a protagonista entrando no mundo dos ricos e famosos, sem saber nada do que está fazendo, sem pertencer, ou se interessar, por tal mundo. E apesar do enredo ser legal e eu gostar da "fórmula" da autora, achei o livro fraco. 

Bette é uma protagonista sem sal e o início é bem lento, não consegui me apegar a ela ou torcer para que tudo desse certo, amar a mocinha e tal. Mas eu me diverti com todas suas aventuras, e desventuras. Os demais personagens são todos apresentados bem superficialmente, só Penelope tem um pouco mais de destaque. E com isso, tudo fica muito raso. Eu queria mais de Phillip, de Sammy, do seu amigo Michael e dos colegas do trabalho em geral. Tudo muito solto, principalmente para um livro razoavelmente grande. 

O enredo é legal, essa vida louca e tão superficial acaba tendo suas partes interessantes. Eu me diverti com as confusões das organizações das festas, as boates, e os famosos sem noção. Os preços absurdos de roupas e acessórios, todas essas coisas que são bem diferentes da vida do cidadão comum: eu hehe. 

Os diálogos mal feitos e o final corrido, mataram o livro para mim. Nada é resolvido, ninguém conversa sobre nada. Ela e o Phillip não têm um diálogo coerente! Ela e o Sammy, um outro interesse romântico e um personagem bem legal, também mal conversam no final. O final foi esperado, mas totalmente largado, nada se resolve realmente.  

Eu esperava mais, achei até a leitura divertida, mas no geral, achei o livro fraco. Se você leu, me conte se curtiu!

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O diabo ataca em Wimbledon - Lauren Weisberger

WEISBERGER, Lauren. O diabo ataca em Wimbledon. Rio de Janeiro: Editora Record, 2017. 392 p. Título original: The singles game.

“Nem tudo são morangos com creme de leite.” p.7

Esse pode não ter sido o melhor livro da Lauren Weisberger, também conhecida como “ a autora de O diabo veste Prada”, o seu maior sucesso. Mas com certeza foi o livro com os títulos mais legais por capítulo, como esse acima. Eu curto o estilo da autora e fui conhecer mais um lançamento, confiram o que achei de O diabo ataca em Wimbledon.

Charlie Silver sempre foi apaixonada por tênis, e não foi atoa que largou a faculdade e se profissionalizou no esporte. Seu sonho era vencer algum torneio importante antes dos 30 anos, e realizar seu sonho. Seu pai dedicou a vida ao esporte, trabalhou muito tempo como treinador, e agora acompanhava a filha e torcia por ela. Seu irmão era seu empresário, e sua mãe, se não tivesse falecido tão precocemente de câncer, com certeza estaria com eles. Mas sua treinadora Marcy, que a acompanha desde a adolescência, era meio que uma mãe para ela. As duas treinavam, se divertiam, e tiravam o melhor do esporte. Até que Charlie perde uma grande chance de vitória por causa de um erro bobo, e decide mudar tudo.

Depois de se recuperar de uma lesão que poderia tê-la tirado das quadras para sempre, Charlie resolve demitir Marcy e contratar uma lenda, Todd Feltner. Mas ele também é um treinador implacável. Logo Charlie está em uma difícil rotina com longas horas de treino, muita academia, uma dieta complicada e muitas outras regras. Ela é jogada em um mundo de estilistas famosos, festas chiquérrimas e patrocínios milionários. A boazinha e educada Charlie foi varrida das quadras, no lugar dela, Todd exige que ela seja a “Princesa Guerreira”. Ela tem um romance de uma noite só com um astro de Hollywood, um caso com o tenista Marco Vallejo, o galã do tênis, e muitas novas aventuras.

Porém, quanto mais ela melhora nas competições, mais difícil fica sua vida fora das quadras. Ser a Princesa Guerreira começa a não parecer tão legal, e muito menos, uma coisa correta. E Charlie começa a questionar se realmente está disposta a vencer a qualquer custo.

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É, podia ser bem melhor. O enredo é bom e os personagens são bem legais, mas duas coisas me incomodaram. A primeira foi culpa da Editora, vejam, a capa e título originais remetem a um certo glamour no tênis e ao jogo da paquera, dos solteiros com dificuldade de compromisso. A capa e título nacionais, mais uma vez quiseram usar o sucesso de O diabo veste Prada e erraram a mão. Nada contra aos clássicos sapatos das capas da autora, mas o título… ele remete a algo ruim nas quadras, a algum inimigo da Charlie que a prejudicaria ou algo assim, e não tem nada a ver com a história (até poderia ser o Todd, mas é forçar demais a barra)! Eu fiquei o livro todo esperando alguém do mal, e não era o foco do livro. O foco era a escolha da protagonista, entre vencer de qualquer maneira, ou ter limites e uma vida pessoal e familiar. A segunda coisa que não curti foi escolha da autora. Ela tinha um livro bem legal nas mãos com um final emocionante, e depois de tudo o que Charlie passou eu queria vê-la dando a volta por cima. A autora escolhe o politicamente correto, vencer não é tão importante, vamos valorizar o que é certo e blablabla. Ficou um final com vibe auto ajuda que eu sinceramente não gostei. Depois daquilo tudo queria sim ver ela arrasando, afinal o livro INTEIRO é uma competição. Para no final falar, ah vencer não é tão importante… aff.

Deixando as reclamações de lado, eu curto muito o estilo da Lauren Weisberger. Seus diálogos são interessantes, seu humor é sarcástico e aguçado, sua narrativa como um todo é excelente. Personagens bem desenvolvidos, muito falhos e reais. Impossível não morrer de pena de Charlie com o acidente logo no início. E não adorar o pai dela, o irmão gay que se apaixona por um quarteback e está disposto a encarar os preconceitos por amor… e tem a galera não tão legal, com o idiota do Marco e a inimiga dela, Natalya. Essa Natalya é uma que eu fiquei esperando o livro todo para ver a Charlie acabar com ela e no final ela pede arrego. Que raiva! E tem o fofo do Dan, que merecia mais destaque no início. O romance foi fofo, mas poderia ter sido muitoooo mais legal.

Enfim, não é dos melhores da autora. Mas também não foi uma leitura ruim. Quem leu me conte o que achou. ^^ Leiam!

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A vingança veste Prada - Lauren Weisberger

WEISBERGER, Lauren. A vingança veste Prada. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2013. 446 p. Título original: Revenge wears Prada: The devil returns.

“Não aconteceu do dia para a noite, mas aquilo que parecia mais improvável no mundo de Andy se tornara realidade: Emily Charlton, sua arqui-inimiga, era agora sua amiga. E não só uma amiga qualquer, mas sua melhor amiga, a primeira pessoa para quem ela ligava em qualquer situação boa ou ruim.” p. 117

Lançado originalmente em 2003, O diabo veste Prada conquistou inúmeros fãs e se tornou o livro mais famoso da autora. Adaptado para o cinema com um enorme sucesso, o livro conta a historia de Andrea Sachs, jornalista e nova assistente da temível Miranda Priesley e uma famosa revista de moda. Dez anos se passaram quando a autora decide lançar uma continuação, onde os personagens também estão 10 anos mais velhos. E hoje conto para vocês o que achei sobre A vingança veste Prada da Lauren Weisberger.

A resenha contém spoilers para quem não leu O diabo veste Prada.

Andrea Sachs, 33 anos, tem uma vida que todos considerariam adorável e bem sucedida. Depois de se livrar de seu emprego em regime de escravidão na Runway, sua vida mudou muito. Ela perdeu Alex, seu namorado e melhor amigo por 6 anos; sua melhor amiga, Lily,  se mudou para o outro lado do país e ela começou a trabalhar em um blog sobre casamentos. Sua vida muda novamente quando ela reencontra Emily Charlton, inexplicavelmente elas ficam amigas e juntas fundam uma revista, The Plunge.

A revista é um sucesso, Andy consegue cobrir o casamento de várias celebridades e a qualidade da revista começa a chamar a atenção da concorrência. Sua vida pessoal também está ótima, Andy está prestes a se casar com Max Harrison, 37 anos, presidente e CEO da Harrison Media Holdings, uma gigante de comunicação americana. Já a mãe de Max, Barbara Harrison, não parece lá muito contente com a nova nora. Max é também o maior investidor da revista, eles são ótimos juntos e vivem felizes.

Porém, pouco antes do casamento, sua bolha de alegria ameaça estourar. Uma carta põe em dúvida sua confiança em Max e o seu tão sonhado “felizes para sempre”. E para piorar, um fantasma de seu passado está de volta, Miranda Priesley é agora responsável por todo o grupo Elias-Clark e parece bem interessada na compra da Plunge. O que deixa Emily em polvorosa e é o maior pesadelo de Andrea.

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Eu estava com medo da leitura, confesso. O diabo veste Prada é um sucesso mundial, muita gente leu, releu e ficou fã da malévola Miranda e com pena do sofrimento de Andy. E meu maior medo, era a média de nota da continuação. No Skoob são 394 leitores e média de 3.1. No Goodreads mais de 11.000 leitores e média de 2.71. Média muito baixa, o livro foi rejeitado por vários fãs que foram ávidos para as livrarias no momento em que foi lançado. Resta saber o porquê.

O final de O diabo veste Prada deixa em aberto o relacionamento de Andy com Alex, mas logo no início da leitura ficamos sabendo que eles terminaram pouco tempo depois de sua demissão. Isso já era esperado, o que mais estranhei no início foi o livro ser narrado em terceira pessoa, não gostei muito da mudança.  O livro alterna passado e presente da vida de Andrea, para entendermos como ela chegou até aqui e ao mesmo tempo mostrar o hiato entre os livros. As marcações entre presente e passado não são bem definidas na edição, ficaram confusas em alguns momentos.   

Sobre os personagens, nem todos parecem as mesmas pessoas. Andy está muito diferente, quase apática, sempre chorosa e em dúvida sobre o que fazer. Com medo, dizendo que ama Max e pensando em Alex (10 anos depois e quase sem contato!!), adiando as decisões e evitando confronto. Emily continua faladeira e atrás de glamour, achei estranho elas se tornarem melhores amigas. Lily quase não aparece, mas achei que a personagem amadureceu, gostei mais dela. Max é legal, mas não é o tipo de personagem masculino que me arranca suspiros.

Estas mudanças são interessantes, outro livro que li há pouco tempo e teve um hiato de dez anos foi Bridget Jones: Louca pelo garoto, que foi bem mais coerente nesse sentido. Vi gente reclamando que Bridget não amadureceu nada e tal, mas pelo menos o leitor sente que já conhece a personagem, aqui tudo ficou bem diferente.

Para mim o ponto mais baixo foi a pouca participação da Miranda, a melhor personagem entre as vilãs desse estilo. Ela aparece tão pouco e Andy fica tão assustada que me irritou. E também não entendo o título, não tem vingança alguma aqui, não fez sentido. Notei também alguns erros de digitação e pior, de continuidade. Alguns bem toscos, como quando Andy tem um almoço de negócios e um jantar bem próximos e logo em seguida cada um é contado em um capítulo, com um intervalo entre eles.

Bom, tirando as comparações hehe, eu gostei da leitura. Não achei horrível como muita gente disse, curti a leitura. A trama se desenvolve bem, existe um mistério em torno do futuro de Andy e de Max, da sinceridade ou não dele. A relação dela e Emily é divertida, a parte dos casamentos para a revista é bem interessante. O final foi aquém do esperado e me decepcionou, achei bem clichê e um personagem praticamente caiu de paraquedas para fechar a trama.

Se você leu o primeiro livro, acredito que irá ficar curioso e deva ler esse para saber o que acontece. A vingança veste Prada: O retorno do Diabo está previsto para 2015 nos cinemas. Desta vez eu espero que o roteirista consiga alterar o livro criando um cenário mais interessante. Imagino que ficará melhor do que se seguirem fielmente a historia do livro rs. E aí, já leram? Quem vai ler? ^^

Duologia O diabo veste Prada da Lauren Weisberger

In: http://www.laurenweisberger.com

1. O diabo veste Prada (The devil wears Prada)
2. A vingança veste Prada (Revenge Wears Prada)

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O diabo veste Prada - Lauren Weisberger

WEISBERGER, Lauren. O diabo veste Prada. 20 ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. 412 p. Título original: The devil wears Prada.

“- Não me chame de Em, Andy. Deixa eu terminar. Sei que Miranda é difícil. Sei que, às vezes, ela parece louca. Sei o que é nunca dormir e estar sempre com medo de ela ligar e nenhum dos seus amigos entenderem. Sei tudo isso! Mas se você odeia tanto tudo isso, se não consegue fazer outra coisa a não ser se queixar do trabalho e dela, e de todo mundo, o tempo todo, então, por que não vai embora? Porque a sua atitude é realmente um problema. E dizer que Miranda é maluca, bem, acho que tem muita, mas muita gente que acha que ela é talentosa e linda, e que acharia que a maluca é você por não fazer tudo que pode para ajudar alguém tão surpreendente. Porque ela é surpreendente, Andy... ela realmente é!” p.238

O livro que deu origem ao filme homônimo continua sendo - após vários anos da publicação original em 2003-, o trabalho mais famoso da americana Lauren Weisberger. A historia foi inspirada em sua própria carreira; Lauren foi assistente de Anna Wintour, lendária editora da Vogue americana, até que pediu demissão e lançou seu primeiro romance. Eu o li pela primeira vez faz muitos anos, antes até de ver o famoso filme e agora resolvi reler para resenhar no blog. Principalmente por causa da continuação, escrita dez anos depois e que acaba de ser lançada no Brasil. Saibam tudo sobre O diabo veste Prada.

Andrea Sachs, 23 anos, loira e alta, acaba de se mudar para Nova York após terminar a faculdade. Sonha em escrever para um jornal de prestígio como 0 The New Yorker, mas para isso precisa começar em algum lugar. Dormindo no sofá da melhor amiga, Lily, ela sabe que precisa conseguir logo um emprego e alugar seu próprio apartamento.

A oportunidade aparece onde ela menos espera, a revista Runway está contratando uma assistente para sua famosa editora, Miranda Priesley. Andrea não entende nada de moda, mas sabe que se ficar um ano trabalhando para Miranda muitas portas irão se abrir, afinal, milhões de garotas matariam por este emprego. Seu namorado há três anos, Alex, é professor e não está muito convicto de que a posição tenha tanto prestígio, mas isso porque ele não conhece o mundo das celebridades.

Um mundo habitado por mulheres estilosas, lindas e absolutamente magras. Por homens com roupas perfeitas, que devem passar muitas e muitas horas na academia. E, claro, a lendária Miranda, que irradia poder em cada olhar. A editora é exigente, intratável e faz da vida de seus subordinados um verdadeiro inferno.

Andrea fica perdida no início, não consegue entender como um acessório pode custar tanto dinheiro, ou como irá aprender algo buscando até sete cafés por dia no Starbucks. Ela desdenha da moda e de todo aquele universo, mas a assistente sênior, Emily, está lá para lembrá-la da importância de todas as suas pequenas tarefas.

Depois de alguns meses ela pega o jeito, mas está trabalhando mais de 14 horas por dia, não come direito – e ainda é considerada a gorda do escritório com seus 58kg e mais de um 1.80 de altura -, não dorme quase nunca, e atende sua chefe 24 horas se necessário. Entre missões malucas como conseguir o ultimo lançamento do Harry Potter e enviá-los de jatinho para a França e conseguir achar uma crítica sobre um novo restaurante asiático que pode ter sido publicado em qualquer jornal naquela semana, ela dedica tudo a sua carreira. Tanto que seu namorado, seus amigos e sua família estão sendo deixado de lado. E quando tudo a sua volta parece desabar, ela precisa decidir o que realmente importa.

"- Apenas prometa que se a Miranda me matar por dizer a coisa errada, queimará este vestido e me enterrará com meu moletom Brown. Prometa!" p. 299

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Ah eu adoro este livro! Não foi nenhum sacrifício relê-lo, só a minha fila de espera que só cresce e me deixa meio pirada. Enfim, quem já leu algo da Lauren, sabe que ela foge completamente do estereótipo dos chick-lits que vemos no mercado (ver também À caça de Harry Winston e Uma noite no Chateau Marmont). Suas protagonistas são jovens, inteligentes, magras e bem resolvidas que batalham por um lugar ao sol. Os romances são sempre renegados  a segundo plano e ela constrói muito bem seus cenários e personagens.

Andrea é uma  mulher inteligente que fará de tudo para conseguir uma colocação como escritora, e quando descobre que trabalhar 1 ano para Miranda pode lhe abrir milhões de portas, dedica-se ao trabalho com todas as suas forças. O que não será suficiente, sua chefe é uma louca tirana que faz as exigências mais inimagináveis e não aceita não como resposta. Miranda é das melhores personagens da literatura, e foi brilhantemente interpretada no cinema, adoro a personagem. Andrea é bem porre tem hora, preguiça de como ela só reclama e reclama, deixa o namorado e tudo o mais de lado e reclama mais um pouco. Você torce por ela mesmo assim, afinal precisa de força para sobreviver a tudo aquilo.

O cenário é sempre em alto estilo, são pessoas famosas, marcas e roupas e acessórios o tempo todo. Eu gosto do assunto e me divirto muito lendo sobre isso. Já imaginaram um vestido de 40.000 dólares? É algo que a Miranda usaria em uma noite, em 2003 quando foi lançado rs.

Falando das diferenças, sei que estão curiosos para saber sobre o livro X filme. Bom, só pela primeira parte devem ter percebido que têm detalhes bem diferentes. Andrea é loira e divide o apartamento com 2 indianas; Alex (Nate no filme) é professor e mora sozinho; Lily é estudante, completamente doida e está sempre bêbada e dormindo com caras diferentes, e vive falando para Andrea não ficar tão ligada ao namorado ainda tão nova. Miranda é casada e têm as gêmeas como no filme; Nigel é um cara de mais de 2 metros de altura, musculoso e de olhos verdes que quase não aparece no livro; Emily é igual ao filme, melhor caracterização; Christopher é bem mais bonito como imagino ele pelo livro. Tem outros assessores e personagens que não aparecem no filme e senti falta de alguns.  Os desdobramentos são mais diferentes ainda, o final, o envolvimento dela com o escritor, a relação dela com o namorado, tudo é bem diferente.  Eu prefiro as escolhas do livro, mas entendo como quiseram enfeitar e dar um up no final do filme.  E não entendo porque cortaram o acidente grave da Lily no filme, preferindo explorar o papel do Christopher.

A adaptação, para os poucos que ainda não conhecem, The devil Wears Prada, filme americano de 2005, dirigido por David Frankel e conta com a diva Meryl Streep (Miranda) e Anne Hathaway (Andrea) no elenco.

Estou ansiosa para ler a continuação, mesmo muita gente já tendo lido e reclamado por aí,  espero gostar. ^^ Sei que quem viu o filme primeiro pode estranhar, mas eu adoro a narrativa, a confusão de informações e o foco diferenciado, o romance é um tópico secundário e tem pouco destaque. Sabendo de tudo isso, aproveitem, é uma ótima leitura e eu adorei lê-lo mais uma vez. Leiam! ^^

Duologia O diabo veste Prada da Lauren Weisberger

In: http://www.laurenweisberger.com

1. O diabo veste Prada (The devil wears Prada)
2. A vingança veste Prada (Revenge Wears Prada)

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Uma noite no Chateau Marmont - Lauren Weisberger

WEISBERGER, Lauren. Uma noite no Chateau Marmont. Rio de Janeiro: Record, 2011. 494 p. Título original: Last night at Chateau Marmont.

“- Brooke, se você não ouvir nada mais do que eu disser esta noite, por favor, ouça ao menos isto: acho que vale a pena lutar. – Julian esticou o braço para o outro lado do sofá e pegou a mão dela. – Eu vou lutar pelo nosso casamento.”

Esta é uma das poucas autoras de chick-lit que tem um estilo totalmente próprio, nada de protagonistas solteironas, acima do peso, desempregadas (= desesperadas por um marido) e o humor não é uma característica tão marcante. Lauren prefere as moças bonitas, fortes e batalhando por uma carreira, os mocinhos claro são importantes, mas não são o x da questão. Da autora que ficou conhecida pelo seu maior sucesso O diabo veste Prada, conheçam Uma noite no Chateau Marmont de Lauren Weisberger.

Brooke havia acabado de se formar em nutrição e tentava conciliar seu novo emprego com sua pós graduação, enquanto sua melhor amiga Nola insistia para que ela saísse mais de casa e aproveitasse a noite de Nova York. Enquanto Brooke é ruiva, cheia de sardas e não se preocupa muito com sua aparência (peso + roupas de moda) sua amiga é o oposto; Nola é uma loira fenomenal que chama atenção aonde quer que vá, a amiga tem muitas conquistas, mas nenhum grande amor.

Em uma destas saídas Brooke, que nunca se interessara muito por música, fica apaixonada pelo cara que começa a cantar no bar... lindo, de um jeito desleixado e descabelado, Julian Alter tem uma voz incrível, que emociona e consegue deixar o bar barulhento em um silêncio educado. Depois daquele dia ela sempre vai vê-lo tocar, sem nunca falar com ele. Até que um encontro as escuras, acaba mudando esta historia.

Agora eles estão casados há 5 anos, Brooke continua apaixonada por seu marido e os dois tem uma relação linda de cumplicidade, paixão e amizade. Durante todo este tempo Brooke apoiou a carreira do marido, trabalhava dobrado para que ele pudesse investir em sua música. Ela sustentava o casal, trabalhava de dia como nutricionista da obstetrícia em um hospital e a noite na Huntley - uma escola chique que estava preocupada com as dietas exageradas de suas alunas.

Nola nunca concordou com a atitude da amiga, sabia o quanto ela se sacrificava para que Julian pudesse entrar em um estúdio e tocar, a chance de ele ser descoberto apesar de seu talento eram sempre muito pequenas. Mas, agora seu cd está em fase de produção, um contrato com a Sony e um empresário agressivo pode mudar tudo.

E realmente muda, da noite para o dia Julian Alter é um sucesso nacional -  programas de TV, lançamento do CD e shows pelo país. Quando Brooke menos espera seu marido está participando da turnê do Marron 5, seu disco é o 4° mais vendido nas paradas e ele está se preparando para tocar no Grammy. Em uma noite no famoso Chateau Marmont ela começa ter uma ideia do que a espera, principalmente depois de jantar e conversar com o Jon Bon Jovi.

Agora Brooke precisa aprender a conviver com a fama, com seu marido sempre ausente e usa impossibilidade de conciliar sua própria carreira com as apresentações e viagens de Julian. A fama muda drasticamente a vida do casal, ela fica semanas sem vê-lo e ainda tem que conviver com os paparazzi. Tudo piora quando uma foto escandalosa aparece em uma revista de celebridades. Resta saber se o casamento de Brooke irá sobreviver aos acontecimentos de uma noite no Chateau Marmont.

Eu já li dois outros livros da autora lançados no Brasil, o famoso O diabo veste Prada e À caça de Harry Winston. Juntamente com Uma noite no Chateau Marmont todos são caracterizados pelo famoso salto alto na capa (significando o glamour que a autora adora trabalhar) e pelo título do mesmo naipe: Prada – marca famosa, Harry Winston – a famosa joalheria de diamantes e o Chateau Marmont – famoso por hospedar gente famosa entre estrelas do rock e atores, localizado na Califórnia, no West Hollywood. Em cada um deles ela brinca com a moda, a riqueza e a fama.

Brooke e Julian são um casal apaixonante, não tem como não se encantar pelos dois e torcer para que eles fiquem juntos. Ela é forte e batalhadora, não joga na cara do marido sua escolha de trabalhar tanto para ajudá-lo, nem quando tudo parece desmoronar. Ela fez de tudo para apoiá-lo, ele que não teve nenhum apoio dos pais ricos, encontra na esposa sua força para lutar por seu sonho. Nola é uma melhor amiga ótima, garante momentos divertidos no livro.

Eu sofri horrores pelo casal, torcia e ficava angustiada para que tudo se resolvesse logo, nenhum dos dois sabe lidar com aquela fama repentina e acaba desgastando a relação. Eu me irritei com Julian, com seus rompantes onde só sua carreira tinha importância e onde Brooke deveria largar tudo para acompanhá-lo. A força da protagonista me encantou, apesar de não está feliz com sua aparência, no mais ela é decidida, honesta e inteligente.

Sempre acho o final deste tipo de livro muito corrido, mas mesmo assim foi bem fofo. Eu adoro a escrita de Lauren e indico para quem gosta de chick-lits e procura algo diferente. Se você for fã apenas da fórmula Marian Keyes/Meg Cabot pode não gostar muito deste, como eu disse no início as características são bem diferentes. Leiam!

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À caça de Harry Winston

WEISBERGER, Lauren. À caça de Harry Winston. Rio de Janeiro: Record, 2009. 432 p.

À caça de Harry Winston de Lauren Weisberger é uma história leve e divertida, fala de amor, de sonhos e principalmente de amizade. O novo livro da autora do aclamado O diabo veste Prada, conta a história de três amigas que resolvem mudar radicalmente as suas vidas.

Sinopse: Emmy estava a dois passos do casamento perfeito quando seu namorado a trocou pela personal trainer. Leigh é considerada o novo talento da editora onde trabalha, mais sua vida amorosa não anda tão bem quanto pensava. A brasileira Adriana odeia a palavra compromisso. Para ela, quanto mais homens melhor. As três amigas decidem fazer um grande pacto: mudar radicalmente suas vidas em um ano. Será que elas vão conseguir?

Emmy

Está solteira, e não por opção. Depois de cinco anos de namoro está pronta para o casamento e sonhando em ter muitos filhos quando seu namorado a troca por uma personal trainer de 23 anos. Suas amigas insistem que uma aventura pelo mundo cheia de sexo irá resolver os seus problemas.

Leight

Tem um lindo apartamento, está prestes a conquistar o emprego dos sonhos como editora sênior e casar com o cara perfeito. Para todos sua vida parece perfeita, mais quando conhece o autor Jesse Chapman começa ver falhas nesta vida perfeita.

Adriana

É a deslumbrante filha de uma top model brasileira. Ainda é sustentada pelos pais ricos e é expert em conquistar os homens, quando percebe que está próxima a completar 30 anos e nem perto de arrumar um namorado sério. Sabe que a beleza não dura eternamente e que se não pode ficar escolhendo um marido para sempre. Afinal sempre há alguém mais jovem e bonita na próxima esquina.

Emmy, Leight e Adriana são muito diferentes, se conhecem a mais de uma década e sabem que a amizade delas durará para sempre. Quando tudo parece estar desmoronando elas fazem um trato: a certinha e monogâmica Emmy deverá parar de namorar sério todos os caras que conhece e fazer sexo só por diversão em vez de se preocupar tanto em casar e ter filhos; a linda brasileira Adriana que coleciona conquistas diariamente terá que arrumar um namorado sério e conseguir uma aliança de noivado; Leigth tem uma vida aparentemente perfeita, mais enquanto suas amigas acham que ela não precisa mudar nada, ela se sente infeliz e apavorada com o futuro. Três mulheres a procura de uma aliança, três mulheres em busca da felicidade.

Achei a personagem da Adriana exageradamente estereotipada com aquela idéia das brasileiras fáceis e fúteis à procura de um homem rico. O começo é um pouco cansativo e em algumas partes a autora corta a narração, muda de assunto, e depois volta com a personagem contando o que já tinha acontecido o que achei um pouco chato e forçado.

Não entrará na minha lista de favoritos no estilo chick-lit mais é uma leitura leve e divertida, além das confusões das três amigas, eu me diverti muito com o papagaio Otis que tinha um sério problema de auto-estima até conhecer Adriana. A inocência de Emmy, as dicas de conquistas de Adriana e a bonita história de amizade entre elas são o melhor do livro.

“Ele estava claramente hipnotizado por si mesmo – um bom sinal -, conforme as penas de suas asas inchavam um pouco e seu bico se abria muito ligeiramente. Parecia estar satisfeito com o que via, apesar de, é claro, não haver maneira de saber.

Vamos lá, Adriana estimulou mentalmente, você consegue! E aí, como previsto, com a cabeça erguida e os olhos brilhando, Otis gralhou: - Garota bonita!

Adriana quase desmaiou de emoção.”

Para entender o título do livro:

Harry Winston é uma joalheria de diamantes que revolucionou o design, criou invenções de conjuntos de platina flexíveis e artesanais que conseguiram uma leveza, dimensão e brilho inimagináveis.

In: http://www.harrywinston.com

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_Winston

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