Viagem Literária: Os dois duques de Wyndham

QUINN, Julia. Os dois duques de Wyndham: O aristocrata. São Paulo: Editora Arqueiro, 2022. 272p. (Os dois duques de Wyndham, v.2). Título original: Mr. Cavendish, I Presume.

"- Eu acho que, se demonstrava um desejo por mais conhecimentos, deveria ter podido adquiri-los - respondeu ele em um tom de voz suave e determinado.

E foi naquele momento. Ela não percebeu de imediato. Na verdade, ela não perceberia - ou melhor, ela não se permitiria perceber - por muitas semanas ainda. Mas foi naquele momento que ela se apaixonou por ele." p. 132

A duologia Os dois duques de Wyndham foi lançada em volume único, edição vira-vira, pela Editora Arqueiro. Depois de O fora da lei, confiram o que achei do segundo livro com Os dois duques de Wyndham: O aristocrata da Julia Quinn.

Thomas Cavendish é o duque de Wyndham desde que nasceu, ou assim acreditava. Até que fica sabendo pela sua desagradável avó, que o título pertence a outra pessoa. Jack Audley, reconhecido pela avó enquanto a assaltava... é a cara do pai, John, o filho do meio da duquesa viúva. Se ficar provado que Jack, nasceu de um casamento válido, ele é o herdeiro de direito. E Thomas perde tudo. E não é só o título, é tudo o que vem com ele, tudo o que ele foi criado para fazer desde criança. São todas as responsabilidades ducais com seus arrendatários e na câmera dos lordes, todas as terras e propriedades, o dinheiro, mas principalmente, tudo o que ele é. O que Thomas vai ser se não for o duque? O quem a oferecer? Ele não sabe.

Amelia Willoughby é filha de um conde, tem 21 anos, e é a noiva prometida do Duque de Wyndham desde que nasceu. Ela não pediu por isso, não teve escolha, seu pai e o pai de Thomas, assinaram o contrato quando ela era um bebê e ele uma criança. Amelia está conformada com seu destino, mesmo com o duque adiando o casamento e ficando perto dela o mínimo possível.

Com tudo o que está acontecendo, eles acabam começando a se aproximar. E Thomas fica encantado com a bela noiva, que ele nem sabe mais se é sua por direito. Se ele não for o duque, Amelia teria direito de se casar com Jack, certo? Sem saber de nada, ela descobre o quanto o seu duque pode ser interessante e sedutor. E começa a se apaixonar.

Eles agora precisam viajar para a Irlanda e descobrir a verdade. O futuro de todos pode mudar. Quem é o verdadeiro duque? E qual o destino de Thomas se ele perder seu título? Lady Amelia ficaria solteira ou teria um novo noivo? Nenhum deles está preparado para a resposta a tal drama familiar.

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Eu adorei o primeiro volume, o enredo é ótimo, o mistério sobre quem será o verdadeiro duque é muito interessante e os personagens são ótimos. Porém, o que eu mais temia quando a autora optou por uma duologia, aconteceu. O segundo livro começa na mesma linha temporal do primeiro e evolui junto, ou seja, é o mesmo enredo, só que narrado por personagens diferentes.

E embora eu tenha gostado muito mais de Thomas e Amelia neste volume, o livro não tem surpresas para o leitor. É como ler algo cheio de spoilers, e eu odeio isso. Amelia é inteligente, fofa e está caidinha por Thomas. Ele é um homem acima de tudo honrado, e disposto a fazer tudo o que for preciso pelo que é certo, inclusive perder tudo.

Se a história fosse a frente da anterior, resolveria o problema, mas não. Termina no mesmo ponto! Fiquei o livro todo esperando uma conversa entre os dois primos no final, e nada! Temos o mesmo final do um, uns dois capítulos com a resolução do romance e é isso. Depois tem um epílogo de alguns anos depois com o casal e só. Para piorar a autora ainda resolveu resolver o problema do tal título no final, achei bem desnecessário.

Eu não achei ruim, até porque gostei muito do primeiro, então não importo de "reler" tudo de outro ângulo, mas um pouco desnecessário. Achei a escolha da autora preguiçosa... ou ela escreveria o começo parecido e depois iria a frente na linha temporal no segundo livro, dando mais detalhes e informações. Ou então ela escreveria um livro só com dois casais, alternando as narrativas. Forçou demais para mim kk.

Bom, é isso. Eu indico muito livro 1, e acho esse desnecessário. Quem leu me conte se curtiu!

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Duologia Os dois duques de Wyndham:

Os dois duques de Wyndham: O fora da lei (The Lost Duke of Wyndham)
Os dois duques de Wyndham: O aristocrata (Mr. Cavendish, I Presume)

Avaliação (1 a 5):

QUINN, Julia. Os dois duques de Wyndham: O fora da lei. São Paulo: Editora Arqueiro, 2022. 286p. (Os dois duques de Wyndham, v.1). Título original: The Lost Duke of Wyndham.

"A noite tinha começado tão agradável! E como Grace se encontrava agora? Apontaram ma arma para ela, fora beijada por um homem que tinha um encontro marcado com a forca e a viúva queria que ela arrancasse da parede da galeria um quadro em tamanho natural." p.25

Para começar esta é uma resenha comemorativa, porque este é meu 30º livro da Julia Quinn resenhado no blog, uau! Não é para qualquer autora! Metas atualizadas, vamos falar dessa duologia (lançada em uma edição vira-vira em volume único!) que me conquistou de forma inesperada. Confiram o que achei de Os dois duques de Wyndham com o primeiro volume, O fora da lei!

Grace Eversleigh pertencera de forma modesta à aristocracia local. Filha única de um baronete, ela cresceu como uma dama. Até que os pais faleceram de forma súbita e ela ficou sozinha no mundo. Um primo odioso herdou a propriedade e sua recusa em se casar com ele, fez com que ela fosse expulsa de casa sem ter para onde ir. Ela é acolhida pela duquesa viúva de Wyndham. E longe de ser um ato de caridade, a duquesa a contrata como dama de companhia. O problema é que a duquesa é uma senhora odiosa e exigente, que torna a vida de Grace um inferno. Mas pelo menos ela se livrou do primo, tem casa e roupas decentes, um "bom" emprego e continua perto da casa da família, podendo conviver com os antigos amigos.

Em uma bela noite após um agradável encontro social, Grace está voltando para casa de carruagem com a duquesa, quando são assaltadas! Só que o vigarista, Jack Audley, que consegue ser sedutor mesmo com uma máscara no rosto e uma arma apontada para ela, é reconhecido imediatamente pela duquesa. O rapaz tem uma semelhança incrível com o pai, John Cavendish, filho falecido da duquesa há muitos anos.

"Era engraçado que houvesse desejado uma mudança, algo que rompesse a monotonia de seus dias dedicados só à viúva. A vida era zombeteira, não era? E o amor...

O amor era o mais cruel de todos os gracejos." p. 149

Qual não é sua surpresa quando Jack, sem saber o que fazer, sem querer nada disso, se vê em um castelo enorme e com a sombra de um título em seus ombros. Jack sabia o nome do pai, que faleceu quando ele era ainda um bebê junto com sua mãe, na travessia de navio da Irlanda para a Inglaterra. Ele foi criado como filho pela tia, teve ótimos irmãos adotivos e pais amorosos. Ele sabia que o pai era um inglês de boa família, mas jamais imaginou que fosse filho de um duque! Já adulto, Jack primeiro se alista no exército e vai lutar na França. Mas algo traumático acontece, ele nunca mais volta para casa, e resolve virar salteador nas estradas inglesas. Tudo o que ele quer é tirar dos ricos que têm muito, e doar a quem precisa, claro que tirando parte dos lucros para suas necessidades.

O problema, que a duquesa acha irrelevante, é que Wyndham já tem um duque! Thomas Cavendish é filho do falecido filho mais novo da duquesa, e o duque atual. E, claro, se ficar provado que Jack é realmente filho de John, o irmão do meio, e que seus pais tenham se casado antes do seu nascimento, ele é o herdeiro de direito!

Agora Thomas pode perder tudo o que ele acreditou ser, Jack pode herdar um título que nunca quis e nem não faz ideia de como administraria, a duquesa continua infeliz e rabugenta... e Grace... está muito atraída por alguém que, bandido ou duque, é inacessível para ela.

"Nada. Absolutamente Nada. Um cavalo chamado Lucy e uma avó que era da linhagem de Satã, como ele ficava cada vez mais convencido. Não tinha habilidades - era difícil imaginar como empregaria os talentos de salteador em um trabalho honesto." p. 200

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Bom, não sei se vocês acompanharam as últimas resenhas da Julia por aqui, mas eu tenho achado os últimos livros bem mais fracos, todos mais do mesmo. E este foi um sopro de ar fresco! A trama é mais ágil, divertida, o enredo é interessante e os personagens são muito bons, eu adorei!

Começando pelo enredo, a história dos dois duques e imaginar qual dos dois é o legítimo dono do título foi muito interessante. De um lado temos Thomas que foi criado para ser um duque, e mesmo vivendo em pé de guerra com a avó, executava com maestria seu papel de administrador das vastas terras e propriedades. E do outro, temos Jack. De bandido ele não tem nada, a gente percebe em uma página... ele tem muita pegada, um sorriso que desmancha o coração da mocinha (e dos leitores) e olhos verdes divertidos. Mas ele também não recebeu instrução nem treinamento para fazer parte da aristocracia, muito menos para assumir um ducado riquíssimo. E ele tem zero interesse nisso. Um pouco por todas as obrigações e dificuldades, como por exemplo o fato dele nunca ter aprendido a ler (ele é disléxico, algo ainda não diagnosticável na época), um pouco pelo seu interesse pela mocinha.

Acontece que Grace, nossa gata borralheira, encantadora e de bom coração desde o início, é apenas uma dama de companhia, totalmente "inadequada" para um duque. E ele obviamente, muito interessado por ela, prefere Grace do que qualquer título (só isso já ganhou meu coração). E Grace come o pão que o diabo amassou na mão da viúva, uma senhora insuportável (mas que eu não consegui odiar, todo mundo dava tantas tiradas nela, que garantiu foi o humor do livro). Óbvio que Grace e Jack são perfeitos um para o outro, mesmo sendo um relacionamento com pouca chance de sucesso... Se ele for o duque, ela não poderá se casar com ele. Se ele não for, o que tem para oferecer? Segundo Jack, ele era só um ladrão de carruagens.

E para deixar o enredo ainda mais irresistível e novelesco, temos Amélia, a moça que foi comprometida em casamento com o duque desde que era bebê! Isso porque o pai de Amélia, um conde, assinou um contrato de casamento com o pai do duque quando eles nasceram. Ela é noiva de Thomas há vários anos e ele nada de se casar com ela. E agora, se o título não for ele? O contrato fala que ela deve se casar com o DUQUE, então ela seria noiva de Jack? Nenhum dos três está feliz com a ideia.

Gente, essa história é muito boa! Devorei a leitura em um dia. O único porém, é saber se o livro 2 irá segurar no que diz respeito ao enredo. A Editora Arqueiro lançou os dois livros em apenas 1 edição, uma espécie de vira-vira. Mas são 2 livros, tanto que eu resolvi ler e resenhar separadamente. A questão é que as duas histórias ocorrem em paralelo, então já sabemos muito do que está acontecendo com Thomas e Amélia, o segundo casal. E já sabemos até o final da polêmica sobre o ducado. Meu medo é a segunda história ficar sem graça e repetitiva, espero que não. Conto para vocês em breve.

Bom, eu adorei, indico, e para mim é uma das melhores histórias da autora, leiam!

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Duologia Os dois duques de Wyndham: