Viagem Literária: Um duque à paisana

JEFFRIES, Sabrina. Um duque à paisana. São Paulo: Editora Arqueiro, 2022. 272p. (Dinastia dos duques, v.4). Título original: Undercover duke.

"Desde o momento da sua primeira dança com Sheridan, o Santo - nunca se acostumaria de chamá-lo de Armitage -, o maldito a relegara ao papel de irmãzinha chata... Vanessa tinha percebido que não queria ser a irmãzinha chata. Queria ser a esposa. Aquilo era muito irritante." p.20

Hoje vamos de romance de época! Cheguei ao último volume de Dinastia dos duques com Um duque à paisana da Sabrina Jeffries. Confiram o que achei!

Sheridan Wolfe, o Duque de Armitage, foi quem desconfiou primeiro da morte suspeita dos três duques, casados com sua mãe, e está determinado a encontrar o assassino. Depois de provarem que o pai de Grey foi realmente assassinado (ver Quem quer se casar com um duque?) agora todos acreditam na conspiração. Mas não sabem quem poderia ser o culpado.

A missão de Sheridan agora é interrogar Cora, a insuportável tia de Grey e mãe de Vanessa Pryde. O problema é que Sheridan sempre se sentiu atraído por ela, mas faz questão de evitá-la. Ele perdeu um amor no passado e não deseja passar por este sofrimento novamente. Pretende continuar solteiro, por mais que a mãe faça pressão para ele se casar.

Vanessa se sente atraída por Sheridan desde que o conheceu, mas acha que ele não sente o mesmo. Para evitar que Grey descobrisse de quem ela gostava (o plano de sua mãe sempre foi casar os dois, mas eles foram criados como irmãos), inventou estar apaixonada por um poeta meio canastrão, Konrad Juncker. A mãe, claro, odeia a ideia e agora que Grey já se casou, pretende casar Vanessa com um marquês idoso e mulherengo, mas rico. Um duque falido como Sheridan, também não seria um bom partido.

Agora que ele precisa se aproximar da família para descobrir informações sobre o passado da mãe da moça, ele inventa de cortejá-la apenas para chamar a atenção de Juncker. E ela, finge que realmente gosta do poeta. Os dois se envolvem sob falsos pretextos, mas estão cada vez mais atraídos.

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Como comentei nas resenhas anteriores, essa série no geral não me empolgou. Romances de época são leves, são divertidos e claro, são clichês. Eles possuem vários aspectos em comum e são daqueles livros chamados de comfort books, bom para distrair e relaxar sem pressão, com a certeza de um final feliz e um sorriso no rosto. Mas cada autor tem seu jeitinho, sua particularidade e as tramas normalmente exploram ângulos diferentes. Aqui, eu tive a sensação que era tudo mais do mesmo.

E esse livro não fugiu disso. Apesar de ser o último da série e finalmente contar o final do mistério que vem lá desde o livro 1, a morte de tantos duques da família, o resto é igual em todos. O mocinho não quer se casar e muito menos se apaixonar, as mocinhas gostam deles, mas fingem que não até o final... é isso. Gente, não muda nada! Os enredos são muito parecidos, enjoa.

E esse casal não me conquistou, eu não senti motivação para ficarem juntos além da atração física. Ela se sente atraída por ele, ele por ela... e é isso. Gostei dos dois individualmente, mas não senti os dois funcionando bem como um casal, tudo muito superficial. E o "drama" foi tão adolescente! Eu gosto dele, mas finjo que gosto de outro. Eu gosto dela, mas não quero gostar de ninguém e ela gosta de outro. Ai que mimimi, pareciam ter 15 anos!

O suspense tão esperado foi finalmente revelado, mas também achou que deixou a desejar. Este livro deixa claro quem foi o responsável, mas lá no final o grande confronto, foi corrido e pouco desenvolvido.

Eu achei legalzinho, mas a autora não entra nas minhas autoras favoritas do estilo. Quem leu me conte se curtiu.

Série Dinastia dos duques: