Viagem Literária: Pureza mortal

ROBB, J. D. Pureza mortal. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. 434p. (Mortal, v.15). Título original: Pureth in death.

“- Ele sofreu uma parada cardíaca dentro da ambulância. Eles tiveram de ressuscitá-lo. Durou só alguns segundos, mas eu pensei: O que vou fazer? O que vou fazer? Ele é um idiota. – Peabody disse isso e caiu em lágrimas.

- Cara. Deus. Roarke. – Eve suspirou.

- Uma sequência interessante e elogiosa – reagiu Roarke, diante do pedido de socorro de sua mulher, que saiu meio abafado. ” p.101

Opa! Cheguei ao 15º volume da minha série favorita, Mortal. Rapidinho alcanço os que já foram lançados aqui, oficialmente na metade hahaha. O melhor do romance policial você encontra aqui, surto com os livros. Enfim, confiram o que achei de Pureza mortal da J. D. Robb.

A resenha não contém spoilers sobre desdobramentos dos livros anteriores, mas fala sobre a vida pessoal dos personagens.

Nova York, julho de 2059. Apesar de todos os avanços para que o homem possa viver mais, a violência ainda é uma das maiores causas da morte. Seja por qual motivo for: vingança, ganância, violência, loucura... nunca vai faltar trabalho para a força policial...

A Tenente Eve Dallas tem apenas 31 anos, mas já viu todo o tipo de crime que se possa imaginar, o ser humano é sempre criativo na hora de matar. Seu novo caso é algo que ela nunca viu antes. Munida de toda a sua gana para pegar quem quer que seja o bandido, ela e sua inseparável auxiliar, Peabody, começam mais um caso. E dessa vez, as policiais não têm ideia de com o que estão lidando. Um terrível vírus de computador, potencialmente mortal, está atacando e matando pessoas.

Eve assume mais uma investigação, no início parece um crime comum. Louie Cogburn havia ficado dias confinado em seu apartamento, ouvindo música alta no calor infernal. Um vizinho bate na porta para reclamar. Em um acesso de raiva Louie ataca e mata o vizinho, e é morto no confronto com o policial que chega primeiro ao local. O problema é que o policial Troy Trueheart havia usado apenas sua pistola de atordoar em nível leve, não faz sentido o homem morrer assim. De estranho apenas uma mensagem que piscava na tela do computador: PUREZA ABSOLUTA ALCANÇADA.

Nada justifica o comportamento do morto, ele não era uma pessoa agressiva, e os exames físicos mostram que ele tinha alguma doença séria, seu cérebro estava próximo de pifar. Quando um segundo homem morre em circunstâncias parecidas, Eve começa a correr em busca de respostas. Ela está atrás de um grupo que quer se livrar da escória da sociedade, mas não se importa muito com as vítimas inocentes que surgem no caminho. Com a ajuda de seu marido, Roarke, ela e sua equipe partem em busca do impossível: encontrar um vírus de computador capaz de infectar um homem e assumir o controle de tudo, até o rápido, e sangrento, final.

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Ah como eu amo essa série, e esse livro está uma delicinha! Eve e Roake, nem tenho mais o que falar desse casal, melhor casal da literatura (tá, junto com Claire e Jamie de Outlander rs). É lindo como eles são tão diferente e se completam. Adoro a química e a parceria dos dois em tudo e toda a paixão que rola entre eles. O caso investigado nesse volume também foi muito interessante! Em um futuro não tão distante assim, um vírus de computador programado para invadir e dominar a mente humana, uau!

Voltando aos personagens, Eve e Roarke realmente arrasam juntos. Eles são independentes, mas se completam muito bem. Ele está sempre pronto para colocar todos os seus recursos para ajudar à polícia. Ainda mais quando envolve tecnologia, Roarke está de frente do caso, juntamente com Feeney e McNab. E ainda têm reforços dessa vez, Jamie está de volta. Adorei rever o menino de 16 anos, que apareceu em Cerimônia mortal e recebeu a ajuda dos dois. No quesito romance tivemos poucas cenas hot (eu curto assim, quando tem um monte me dá preguiça rs), mas Peabody e McNab foram quem roubaram todas as cenas. Cada dia mais fofo os dois juntos, ainda mais nesse livro que eles passam por poucas e boas, morri de agonia e pena do McNab. Mavis está grávida! Espero que isso ganhe espaço no próximo, curti a novidade.

A rede de amizade em torno de Eve só cresce, adoro isso. A protagonista que era totalmente fechada e isolada no primeiro livro, agora começa a demonstrar um pouco mais seus sentimentos e age como uma mãe em torno de todos que gosta. Muito legal ver esse desenvolvimento. A única coisa que ainda acho ruim é que não tem hiato nenhum entre um livro e outro, capaz do próximo acontecer um mês depois deste kkk. Fico esperando uma mudança maior na vida dos personagens e nada.

Nesse volume o caso é importante, então os chefões da polícia e da prefeitura estão todos envolvidos. Adoro o jeito brucutu de Eve, nem aí para quem está no poder e distribuindo patada para todo lado. Morro de rir quando ela detona alguém sem dó.

Ainda sobre o caso, poderiam ter maiores explicações sobre o vírus em si e como algo do computador conseguiu dominar a mente humana. Mas já imaginava que não seria o foco, temos é Eve achando os culpados e fazendo picadinho deles. Tem também uma discussão moral interessante sobre os assassinatos em si. Porque o grupo por trás do vírus atacava apenas criminosos inescrupulosos que conseguiram escapar ilesos depois de presos: pedófilos, traficantes... gente da pior escória. Eve acredita que ninguém tem poder de Deus, de decidir quem vive e quem morre. E só a justiça pode prender e julgar os bandidos. Já Roarke é mais liberal, e acha que eles “já foram tarde”.

Eu amei esse volume, tem tudo que eu mais gosto na série: muito romance, ação, perigos e uma investigação interessante. Com direito a final muito amor. Já terminei louca para ler o próximo. Leiam!!!

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Série Mortal

In: http://www.jdrobb.com