Viagem Literária: Retrato mortal

ROBB, J. D. Retrato mortal. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. 448p. (Mortal, v.16). Título original: Portrait in death.

“As mãos dele estavam sobre ela e sua boca insaciável lhe aquecia o corpo e lhe acelerava a circulação antes mesmo de ela acordar por completo.

De forma lânguida, Eve se moveu devagar por baixo dele, suspirando suavemente. Agora, seus sentidos estavam focados no seu companheiro – no seu cheiro, no saber da sua pele, no formato do seu corpo – e sentiu aumentar a necessidade de tê-lo enquanto sua mente vagava pelos limites imprecisos entre sono e vigília. ” p. 249

Eu amo a série Mortal e não é por causa da parte policial, é porque ela ainda “acelera minha circulação”, mesmo tantos livros depois. E cheguei ao décimo sexto volume com Retrato mortal da J. D. Robb.

A resenha não contém spoilers sobre desdobramentos dos livros anteriores, mas fala sobre a vida pessoal dos personagens.

Nova York, verão de 2059. Apesar de todos os avanços para que o homem possa viver mais, a violência ainda é uma das maiores causas da morte. Seja por qual motivo for: vingança, ganância, violência, loucura... nunca vai faltar trabalho para a força policial...

A Tenente Eve Dallas, 31, está em um dia imensamente feliz, quase dando pulinhos de alegria ao lado do marido, Roarke. E isso não é uma atitude normal para ela, não é mesmo. Mas é que Summerset finalmente vai tirar férias (e levar seu rabo magro e sua cara de desgosto com ele)! Sua alegria dura muito pouco... o mordomo cai da escada, quebra a perna e ao mesmo tempo Eve recebe uma ligação de Nadine, sua amiga e repórter, e assim começa mais uma investigação.

Enquanto finge que não se importa com Summerset, ela e Peabody chegam a cena do crime e se deparam com uma triste visão. Uma jovem de apenas 20 anos foi assassinada e teve seu corpo jogado em uma lixeira na cidade. O assassino havia enviado algumas fotos e um bilhete para Nadine, fotos da jovem, e fotos depois que ela foi morta. Segundo ele, ela agora terá vida eterna. Ele está retirando sua luz, antes que ela se apague, e assim ela pode viver para sempre.

Sua missão macabra é absorver a inocência, a beleza, a juventude e a vitalidade das vítimas, sugando-as para a câmera com o intuito de tirar um derradeiro e assustador... retrato mortal. Eve sabe que ele irá matar de novo em breve, e começa a correr contra o tempo.

Ao mesmo tempo, Roarke recebe informações que mudam tudo o que ele sabia sobre o seu passado e a sua família. Se afogando em mágoa e sofrimento, ele se fecha. Eve precisa descobrir o que se passa com o marido para ajudá-lo. E Roarke precisa decidir se quer mexer com o passado que deixou a muito tempo para trás.

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Eu tenho um amor incondicional por essa série, desde o primeiro livro. Nem todos eu amo de paixão, mas eu adoro todos os livros. Esse foi um dos que amei! O eterno romance entre os dois, o sofrimento de Roarke quando descobre algo que muda tudo o que ele sabia sobre sua mãe. E, claro, todos os coadjuvantes que vão ganhando destaque ao longo do livro e vão se tornando a família de Eve.

Esse casal aquece o coração! É lindo ver Eve e Roarke amadurecendo, se abrindo para esse relacionamento ainda tão recente (estamos no décimo sexto livro e só se passaram dois anos desde o primeiro). As cenas românticas ou sensuais entre eles são excelentes e o sofrimento todo que eles passaram até se encontrarem é sempre arrasador. Nesse livro Roarke ganha destaque com essa descoberta que muda tudo, e me fez chorar em uma parte da leitura.

Essa série enorme precisa ser lida na ordem gente, e podem ler sem medo. Cada livro tem um final redondinho, com o crime sendo desvendado. Mas a evolução entre o casal e todos os outros personagens só dá para entender lendo na ordem.

Como eu disse, adoro os coadjuvantes. Summerset e Eve que no fundo se amam mas seguem se provocando e se ofendendo como diversão. Peabody feliz namorando McNab e agora com a chance de se tornar detetive. Trueheart que ganha destaque neste livro, e passa por momentos tensos. Mavis grávida e continuando a personagem mais divertida da série. Uma fofura só!

O caso investigado é fraco rs. Eu matei logo a charada de quem matou e segui desconfiando dele até o final, fiquei feliz que acertei rs. Mesmo assim deu um pouco de pena do assassino, o sofrimento destruiu sua lucidez.

Termino sempre louca para ler o próximo e espero que vocês também embarquem nessa aventura! Leiam!!

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Série Mortal

In: http://www.jdrobb.com